quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Cientistas fazem afirmação extraordinária sobre a descoberta da América

 
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Durante séculos, a jornada de Cristóvão Colombo foi considerada o primeiro contato dos europeus com o continente, na descoberta da América.

Apesar de algumas evidências sugerirem um assentamento nórdico que dataria de 500 anos antes, debates sobre descobertas anteriores caíram na categoria de pseudociência.
 
Mas agora, uma equipe de cientistas afirma ter encontrado provas que podem “reescrever a história” da América. Segundo estes cientistas, a América foi descoberta pelos romanos. O novo estudo afirma que os antigos navegantes visitaram o novo mundo mais de 1.000 anos antes de Colombo pisar lá
 
f38e17d0f4aaa6eceb2916c890499029Os pesquisadores da Ancient Artifact Preservation Society dizem que uma espada romana foi descoberta em um navio naufragado em Oak Island, na costa sul da Nova Escócia, Canadá.
 
                                                                                                                 Acredita-se que a espada seja romana (SWNS)

A pesquisa revela que um apito de legionário romano, moedas de ouro de Cartago, parte de um escudo romano e um busto romano também foram encontrados na ilha.
 
O pesquisador Jovan Hutton Pulitzer insiste que há fortes evidências de que os romanos desembarcaram na América antes de Colombo.
 
“A espada cerimonial veio do navio naufragado. Está 100% confirmado que ela é romana”.
“Eu comecei a trabalhar nela com a ajuda de um analisador XRF, uma ferramenta arqueológica que analisa metais”.
“Através deste método, descobrimos que ela foi feita a partir de um minério retirado diretamente do chão”.
“A arma tem traços de chumbo e arsênico. Conseguimos comparar as concentrações de cada metal com outras armas e tivemos a confirmação.
“Alguns anos atrás, um homem e seu filho estavam pescando em Oak Island e colocaram um objeto parecido com um ancinho na traseira de seu barco”.
“Quando eles puxaram o objeto para fora da água, a espada estava presa a ele”.
“O pai guardou a arma por décadas. Quando morreu, ela ficou para sua esposa e depois para sua filha”.
“Quando ela também morreu, a espada passou para o marido. Foi ele que me procurou e falou sobre a espada e sobre onde ela foi encontrada”.
“Os destroços da embarcação ainda estão no mesmo lugar e não foram explorados”, ele disse.
 
Oak Island é uma ilha de 57 hectares de propriedade privada na costa sul da Nova Escócia, no Condado de Lunenburg. O local foi palco de uma das maiores caças ao tesouro da história, que começou em 1795 e se concentrou no infame Money Pit, um local onde supostamente havia artefatos valiosos. Desde 1795, seis caçadores de tesouros perderam suas vidas tentando explorar o lugar.
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                                       O tesouro, incluindo esta moeda, foi encontrado em Oak Island (SWNS)

Pulitzer acredita que teorias como esta não serão prontamente aceitas, pois confrontam com crenças religiosas e políticas tradicionalmente estabelecidas. Ele acrescentou: “Temos sido levados a acreditar que absolutamente nada aconteceu neste lado da costa antes de Cristóvão Colombo”.
“Este conceito é disseminado pela igreja. Todos os registros antigos que foram preservados deixavam bem claro que o mundo era redondo e navegável”.
“Mas quando a Igreja Católica e os romanos vieram, todos os registros foram destruídos. Sendo assim, tivemos que reaprender as coisas”.
A equipe pretende publicar o seu relatório completo no início do próximo ano.
 
FONTE:https://br.noticias.yahoo.com/cientistas-fazem-afirma%C3%A7%C3%A3o-extraordin%C3%A1ria-sobre-a-130835746.html?soc_src=social-sh

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

PEDONALIDADES DE ITAPIPOCA "CAFITA"

Prof: Ednardo Júnior

Nascido em 8 de maio de 1926, em Itapipoca, Manoel Alves de Freitas, "Cafita", ganhou este apelido ainda na infância. Dizia não saber bem o porquê. Filho de João Alves Ferreira Lima, seleiro, e de dona Maria Alves Freitas, rendeira.
De família pobre, conheceu as dificuldades da vida logo na infância. Aos nove anos viu seu  pai abandonar a mãe e seus oitos irmãos, que para sustentar os filhos, começou a fazer bolos, cocadas e puchadas, e os filhos vendiam nas ruas de Itapipoca no horário do contra turno escolar.
Por volta de 1957, após seu irmão mais velho, que era vendedor de passagens, passar em um concurso público,  isso por volta de 1957 proisso por volta de 1proCafita, deixou o oficio de vendedor de quitutes e passou a trabalhar na empresa que seu irmão prestava serviço, a Auto Viação Horizonte, companhia em que ele trabalhou até o fim de sua vida terrena.
Enquanto vendia passagem, virou dono do Cine Itapipoca, em 1962, instalou alto-falantes a cima do ponto comercial situado na frente da Praça Getulio Vargas (Praça dos Motoristas), no antigo Mercado da Carne. Inaugurando uma nova fase de sua história de vida, a partir deste momento a irradiadora passava a fazer parte do dia a dia da população de Itapipoca, tornando-se o comunicador mais popular de nossa cidade.
Na década de 1960, a cidade de Itapipoca era acordada com os seus alto-falantes, dirigindo o seu cordial bom dia, a fim de saudar os passageiros que chegavam e aqueles que partiam, no “avião da horizonte”, ressaltando também que não esquecia de parabenizar os aniversariantes do dia. Foi à voz da cidade. Não se pode dizer que competiu com as emissoras de rádio, porque atuou num nicho muito especial, o do afeto a memória.
Recebeu convites do senhor José Ivo Magalhães a fazer parte do quadro de locutores da Rádio Uirapuru de Itapipoca, emissora que se interiorizava, no entanto, Cafita preferia o microfone de sua irradiadora. Lá ele era o dono e trabalhava das 6:00 (seis) da manhã até às 20:00 (vinte) da noite.
Em sua irradiadora também prestava importantes serviços à comunidade, dentre eles, anúncio de perca de documentos e achados, pois quando alguém encontrava algo que não lhe pertencia deixava na agencia para ser divulgado  afim de ser encontrado o dono.
Segundo o relato de sua filha Jacksilene Freitas, em depoimento concedido aos colaboradores do Blog Museu Virtual de Itapipoca, as funções do senhor Cafita iriam muito além de simples anúncios, pois se utilizava desses momentos para pedir ajuda para os menos favorecidos, pedindo a doação de remédios e outras necessidade básicas para cidadãos que o procuravam, este espírito de caridade lhe rendeu um outro apelido “Pai dos pobres”.
Teve ainda participação intensa na vida sócio-cultural, esportiva e econômica de Itapipoca, chegando a ser rei momo e porta-bandeira da escola de samba tesoura, também como desportista, torcedor do Ceará do Itapipoca Futebol Clube.   
Casado com Dona Maria Rodrigues de Freitas, que nasceu em 1926, mesmo ano de nascimento do Cafita, juntos tiveram 14 (quatorze) filhos, em 2001 (dois mil e um) ficou viúvo.
Foi escolhido pelos seus conterrâneos como, “Itapipoquense do Século”, uma versão local de um concurso promovido nacionalmente pela Rede Globo, confirmando assim a sua popularidade e gratidão por parte da população de Itapipoca.
Faleceu no dia 06(seis) de novembro de 2006 (dois mil e seis).  Estima-se que pelo menos 10 (dez) mil pessoas participaram do velório, em respeito, o comercio do centro da cidade fechou as portas em homenagem a este ilustre filho de Itapipoca.   

FONTE:
Jornal o regional – agosto/2015 – ano XV – nº 220 p.62
Jornal o Centenario – maio/2015 – ano I – nº 3 p.10

Jornal o povo – Gilmar de Carvalho

terça-feira, 22 de setembro de 2015

A Casa das Sete Mulheres

Sinopse

No sul do Brasil de 1835, ocorre a Revolução Farroupilha. É nesse cenário que a trama se desenvolve contemplando as perspectivas e vidas de sete mulheres da família do líder dos farrapos, Bento Gonçalves (Werner Schunemann).
Dona Caetana (Eliane Giardini) é a esposa de Bento Gonçalves. É uma mulher corajosa e inteligente, que passa a sofrer com os assédios e a obsessão de Bento Manuel (Luís Melo), que jurou conquistá-la, recorrendo as forças ocultas de Teiniaguá (Juliana Paes) para isso. A tensão e o relacionamento desse triângulo amoroso em muitos momentos definem o rumo da guerra no país.
Dona Ana Joaquina (Bete Mendes) e Dona María (Nívea Maria) são as irmãs de Bento Gonçalves. Dona Ana Joaquina é bondosa e é quem acolhe Bento Gonçalves e sua família na Instância. Já Dona María é rude, e fará suas três filhas sofrerem muito por conta de sua rigidez.
As filhas de Dona María são Manuela (Camila Morgado), Rosário (Mariana Ximenes) e Mariana (Samara Felippo), que junto com a filha mais velha de Dona Caetana e Bento Gonçalves, Perpétua (Daniela Escobar), formam um quarteto de amigas inseparáveis.
Rosário se apaixonará por Estevão (Thiago Fragoso), um soldado das tropas inimigas de seu tio Bento Gonçalves, despertando ciúmes no seu prometido, Afonso Corte Real(Murilo Rosa). Nem com a morte de Estevão, Rosário deixará de amá-lo.
Mariana (Samara Felippo), a filha caçula de Dona María, se apaixonará pelo índio João Gutiérrez (Heitor Martinez), tendo sua mãe como sua maior rival, pois essa fará de tudo para impedir que sua filha fique junto de João, por considerá-lo inferior.
A filha de Dona Caetana e Bento Gonçalves, Perpétua (Daniela Escobar) se apaixonará por Inácio (Marcello Novaes), um homem casado com uma mulher enferma, Teresa (Sabrina Greve) que esta a beira da morte. Perpétua terá o desafio de vencer o remorso para ser feliz.
Já Manuela, a filha mais velha de Dona María, se apaixonará por Giuseppe Garibaldi (Thiago Lacerda), um guerreiro revolucionário que luta contra a Tirania no mundo e é um dos principais aliados de Bento Gonçalves. Garibaldi pede a mão de Manuela em casamento, mas o pedido lhe é negado pela família da moça que estava prometida a Joaquim, filho de Bento Gonçalves. Convencido pela família de Manuela que isto era o melhor para ela, Garibaldi parte sozinho.
Vendo que sem Garibaldi seus dias são todos tristes e sem sentido, Manuela embarca em uma viagem rumo a Laguna para reencontrar seu grande amor, fazendo muito mais que uma simples viagem, mas uma jornada de auto-descoberta, amadurecendo e se tornando uma mulher independente.
Infelizmente a essa altura Garibaldi já havia encontrado conforto e o amor nos braços de outra mulher, Anita (Giovanna Antonelli), que é o oposto de Manuela, uma mulher revolucionária e guerreira, como ele. Manuela terá que lidar com a desilusão e a rejeição por toda uma vida.
As vidas de Manuela, Caetana, Rosário, Mariana, María, Perpétua e Ana Joaquina se entrelaçam na dor e no tempo que vivem. Cada uma dessas sete mulheres conheceu e viveu o amor e a dor de maneiras e formas distintas, possuindo em comum o fato de compartilharem da mesma fé e da mesma esperança de dias melhores e felizes a todos

FONTE:https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Casa_das_Sete_Mulheres


terça-feira, 15 de setembro de 2015

ANALISANDO LETRA: QUE PAÍS É ESSE? (ABORTO ELÉTRICO / LEGIÃO URBANA)



Aborto Eletrico, precursor de todo o rock de Brasília, a primeira banda de Renato Russo. O Aborto Elétrico surgiu em 1978 com proposta e influência do punk rock inglês dos Sex Pistols, The Clah, The Damned e The Adicts, dentre outros. 

Legião Urbana
“Que país é este”, da banda Legião Urbana, composta por Renato Manfredini Júnior (Renato Russo). O "Russo" que adotou como sobrenome artístico foi a forma que Renato encontrou de homenagear Jean-Jacques Rousseau eBertrand Russel, personalidades que admirava.

A relação dessa canção com Brasília é bastante intensa, assim como acontece com a maioria das canções do terceiro disco da banda, “Que país é este 1978-1987”. Isso ocorre porque a maioria das faixas provém da época em que Renato morava e produzia em Brasília. Em algumas declarações, Renato Russo procurou deixar clara essa ligação: “[...] A música que está tocando nas rádios, que está em primeiro lugar, fala de Planaltina, Taguatinga, fala de tudo. 'Que país é este' tem o prisma de Brasília”

“Que país é este” foi composta em 1978, quando Renato Russo ainda pertencia à banda punkAborto Elétrico, em Brasília. Mesmo depois da dissolução da banda, essa canção continuou sendo apresentada por Renato Russo, desta vez nos shows da Legião Urbana(formada em 1983), em diversas cidades do país. É importante ressaltar que, além de ter feito muito sucesso nos shows mesmo antes de ser gravada em disco (o que só viria a acontecer em 1987), “Que país é este”foi uma das primeiras canções importantes (senão a primeira) da chamada “linha politizada” do rock brasileiro. Renato Russo - que tinha forte influência do Punk rock – afirmou que não pretendia gravá-la (o que acabou fazendo por causa da pressão da gravadora em lançar um disco a cada ano) porque tinha a esperança de que o Brasil melhorasse e que a canção se desatualizasse, perdendo sua razão de ser. Entretanto, ela nos soa mais atual do que nunca.



Que país é esse?


Analisando letra:
Nas favelas, no Senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a Constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação
Logo na primeira estrofe, temos uma afirmação problemática: “ninguém respeita a Constituição”, desde o mais pobre (nas favelas), até queles que deveriam dar o exemplo (no Senado), não há quem respeite, e onde não há respeito não há ordem, há bagunça, sujeira (Sujeira pra todo lado). Todos acreditam que o país pode melhorar, mas ninguém que fazer sua parte, é um esperando pelo outro e todos de braços cruzados. Na época em que a canção foi composta (1978) e também quando o disco foi lançado (1987), a constituição em vigor era a de 1967, aprovada durante o regime militar. Temos aqui uma colocação supostamente contraditória: a constituição, mesmo de natureza autoritária, é evocada como um documento a ser respeitado, mas que não se respeita. Nesse caso, constituição pode ter sentidos diversos, talvez, no caso da letra, se reduza aos aspectos positivos de um conjunto imaginário de direitos e deveres de todos que vivem em sociedade.

Que país é esse (3x)


No Amazonas, no Araguaia, na Baixada Fluminense
Mato Grosso, nas Geraes e no Nordeste tudo em paz  
Neste trecho, temos a referência não apenas a diversas regiões violentas do Brasil, mas, sobretudo, a fatos históricos envolvendo repressão. Como exemplo, temos a referência à guerrilha do Araguaia, onde o regime militar, matou e deixou desaparecidas várias pessoas que protestavam contra o governo, e a Baixada Fluminense que até os dias de hoje apresenta elevados índices de violência, sobretudo em relação ao tráfico de drogas, que também está relacionado com a região do Amazonas. Esta última porém, é melhor trabalhada na canção “Conexão amazônica”, do mesmo disco. A ênfase vocal de Renato Russo no trecho “tudo em paz” constitui um deboche, que é ao mesmo tempo ironia e sarcasmo, pois nesse cenário de violência apresentado, como tudo poderia estar em paz?

Na morte eu descanso mas o sangue anda solto
Manchando os papéis, documentos fiéis
Ao descanso do patrão
Já a qui, o autor parece acreditar num possível descanso só após a morte, mas também, deixa claro que a mesma tem sido mecanismo dos poderosos para calar a muitos (sangue anda solto ), usando suas posições e influencias, alteram documentações, somem com provas e qualquer indicio que possam ligá-los ao sumiço de seus desafetos (Manchando os papéis, documentos fiéis ), é a tal queima de arquivo, que ainda nos dias de hoje ouvimos falar. E ainda nesse trecho ele nos deixa a ideia de que, aqueles que poderiam fazer alguma coisa, simplesmente ignoram, fazem vista grossa ( Ao descanso do patrão).

Que país é esse (4x)

Terceiro mundo se for
Piada no exterior
Mas o Brasil vai ficar rico
Vamos faturar um milhão
Quando vendermos todas as almas
Dos nossos índios em um leilão.
Nesta terceira e última estrofe, encontramos uma visão sarcástica do presente e do futuro logo nos três primeiros versos, o autor quer deixar claro o quão longe o país estava de se tornar uma grande nação e nos outros três que seguem o autor faz uma referência metafórica ao nosso passado histórico (“quando vendermos todas as almas/ dos nossos índios num leilão”). Nesse jogo de palavras, temos a afirmação debochada e sarcástica de que o Brasil conseguirá enriquecer e chegar ao nível dos países do primeiro mundo quando comercializar o seu último (e ao mesmo tempo, primeiro) elemento puro da terra: os índios. Nesses versos, temos a idealização do elemento indígena, como símbolo da nossa cultura, crença ( de uma certa forma, no verso "Mas o Brasil vai ficar rico " e nos outros que seguem, o deboche virou profecia, e nos dias atuais a profecia esta se cumprindo. O Brasil esta enriquecendo, mas a troco da falência cultural e social do nosso país, pois estamos emburrecendo e agregando a cultura gringa a nossa em troca de favores e de um nome bem visto la foranunca estivemos tão americanizados como nos dias atuais).

FONTE:http://rebobinandomemoria.blogspot.com.br/2012/10/analisando-letra-que-pais-e-esse-aborto.html


sábado, 12 de setembro de 2015

2015 O ANO DO CENTENÁRIO DE ELEVAÇÃO DE ITAPIPOCA A CATEGORIA DE CIDADE

FATOS MARCANTES ACONTECIDOS DURANTE
O ANO DO CENTENÁRIO DE ELEVAÇÃO
DE ITAPIPOCA A CATEGORIA DE CIDADE

Antônio Sílvio Teixeira dos Santos
Coordenador do Núcleo de Patrimônio e Pesquisa
Museu da Pré-História de Itapipoca
antsiltei@hotmail.com

RESUMO
No dia 31 de agosto de 2015 a cidade de Itapipoca comemorou seu centenário de elevação à categoria de cidade, nessa data, há cem anos, todos os distrito sede de todos os municípios do estado do Ceará deixaram de ser chamados de “vila” e passaram a se chamar “cidade”. A população de Itapipoca, historicamente, vem confundindo a data oficial da emancipação política do município com a data de 31 de agosto. O presente artigo trata sobre o processo de tentativa de desmistificação e correção desse erro histórico, através da abordagem de fatos ligados ao movimento intelectual disperso, ocorrido durante a comemoração do Centenário, por meio de produções de iniciativas do poder público e de intelectuais liberais, que se utilizaram de diferentes maneiras para fazer com que a população do município de Itapipoca percebesse a confusão histórica entre as datas 17 de outubro de 1823, data oficial da emancipação política do município de Itapipoca, com nome original de Vila da Imperatriz, com a data de 31 de agosto de 1915 quando a Vila de Itapipoca passou a ser chamada Cidade de Itapipoca.

PALAVRAS CHAVE: Centenário, Itapipoca, Emancipação, Cultura, Pesquisa
INTRODUÇÃO
No ano de 2014 começou um intenso debate nas redes sociais, onde alguns historiadores e intelectuais começaram a questionar o já anunciado Centenário de “Emancipação” Política de Itapipoca. A intervenção surge a partir do erro histórico que há décadas vem se propagando no município de Itapipoca, onde o dia 31 de agosto de 1915 é tido como a data oficial de criação do município de Itapipoca, ou seja, um erro histórico de 92 anos, já que a data oficial de criação do município é 17 de outubro de 1823, criado o município com nome original de Vila da Imperatriz, através de um Decreto Imperial assinado por Dom Pedro I e desmembrando o município da Vila de Sobral.
Os principais interventores são: Paulo Maciel, ex-prefeito e historiador; Sílvio Teixeira, pesquisador do Museu da Pré-História de Itapipoca e Júlio César Magalhães, ex-secretário municipal de educação e historiador. Essas três pessoas começaram a questionar “O Centenário” interpretando que, historicamente, ele aconteceu no dia 17 de outubro do ano de 1923.
O movimento de restauração da data oficial de emancipação política do município de Itapipoca ganhou força através da adesão de professores da rede municipal de educação que, no início de 2015, começaram a questionar um livro didático que foi distribuído nas escolas do município, mas que trouxe em seu conteúdo algumas centenas de erros, dentre eles continuar afirmando que a data oficial da emancipação política do município de Itapipoca é o dia 31 de agosto do ano de 1915. No início de 2015, em uma tentativa de convencer o poder legislativo da importância de se corrigir esse erro histórico, Paulo Maciel e Sílvio Teixeira foram à Tribuna Livre da Câmara Municipal de Itapipoca, levando à sessão o primeiro Livros de Leis da Câmara da Vila da Imperatriz, que trás em seu conteúdo as decisões tomadas a partir de 17 de outubro de 1823 até o ano de 1852, ano em que o cartório da Vila da Imperatriz foi incendiado, tendo esse livro escapado daquele incêndio, e, uma década antes da sede da Vila da Imperatriz ser transferida do alto da serra para onde ela está hoje, correu o risco de se perder na mudança. A abordagem foi direta: enquanto o historiador Paulo Maciel narrava os fatos históricos que criaram o município, o pesquisador Sílvio Teixeira expunha o livro de atas aos vereadores, um a um. Alguns vereadores já concordavam com o erro histórico, outros passaram a entender, mas outros, disseram em seus pronunciamentos que iriam procurar os “historiadores” para confirmar se o livro e o tema abordado na Tribuna Livre eram reais, informações que fossem fidedignas, descartando por completo não apenas as provas materiais, mas também o empenho feito pelos estudiosos locais e o resgate material dos documentos oficiais.

CEM ANOS DE QUE?
Em uma reunião da coordenadoria de Cultura, no início do ano de 2015, foram tratados assuntos referentes às atividades do Centenário. Foi nesse momento que o pesquisador Sílvio Teixeira, frente ao corpo de funcionários da Coordenadoria de Cultura, levantou a seguinte pergunta: Itapipoca completará cem anos de que? Alguns personagens da reunião ficaram intrigados com a pergunta, já que tinham como certo os cem anos de emancipação política de Itapipoca, mas, a medida que o pesquisador argumentava e evidenciava os fatos históricos que desmentiam o centenário de emancipação política, foi que o Coordenador de Cultura Rinardo Mesquita considerou de extrema importância o resgate histórico e a correção desse erro, propondo como um compromisso da Coordenadoria de Cultura serem levadas às escolas públicas do município palestras interativas que esclarecessem definitivamente a estudantes e professores o real significado do Centenário.

ELABORAÇÃO DAS PALESTRAS
Durante os meses de março a junho de 2015 aconteceram as pesquisas para a montagem de slides que possibilitariam ministrar palestras interativas, de forma que o espectador pudesse acompanhar todo o desenrolar da história do município de Itapipoca sem se cansar do longo diálogo. Os principais documentos utilizados para a pesquisa foram o Livro de Leis da Vila da Imperatriz 1824 e o livro de Paulo Maciel Itapipoca, 314 anos de sua História. Os demais documentos como livros de autores locais foram de grande importância, principalmente para a composição da biografia de algumas personalidades históricas de grande significado para o imaginário popular, o escritor Antônio Barroso Pontes, por exemplo, possibilitou um resgate confiável do momento da trágica morte de Anastácio Braga em seu livro Mundo dos Coronéis. Não quisemos cometer o equívoco de distanciar a classe popular do contexto histórico da construção da história do lugar, assim, foram pesquisadas e desenvolvidas biografias de pessoas não muito conhecidas, mas que tiveram papel relevante dentro do processo histórico de construção da cultura através da arte, do esporte e da educação no município.
O pesquisador Marcos Braga, que é responsável pelo Museu Itinerante, com caráter histórico, desenvolveu uma palestra baseada em objetos que passam a contar a história das famílias de destaque que construíram o município ao longo de mais de três séculos. Junto aos objetos estavam cartas e fotografias que tornaram ainda mais ricos o acervo da exposição itinerante e a abordagem histórica, tendo como forma interpretativa a linguagem de época e características como vestimentas, relação ente o lugar e a época, características que poderiam ser observadas através das fotografias.

SURGE O JORNAL O CENTENÁRIO
Modernamente Itapipoca desenvolveu uma impressa branca, que não dá notícia, mas vende anuncio de propaganda e espaço pago para a publicação de informes.
A cidade estava passando por um período de depressão na imprensa escrita, sem que nenhum jornal ganhasse destaque, até que, no mês de maio de 2015 surge o primeiro número do jornal O Centenário, assinado pelo jornalista Natalício Barroso. O jornal se propõe a contar a história de Itapipoca, fazendo um resgate histórico dos fatos ocorridos, no entanto, é perceptível na primeira edição, que, mesmo se tratando de um jornal, o periódico se atém a passar ao leitor lendas e informações que não checam com a realidade dos fatos, o que não tira do jornal sua contribuição histórica como fonte documental. A capa da primeira edição traz como principal notícia uma chamada para a matéria que conta o momento da morte de Anastácio Braga.
A partir do número um, o jornal O Centenário caiu no gosto popular, principalmente por não trazer em suas páginas as costumeiras propagandas comerciais e matérias pagas.
No segundo número, a capa questiona a falta de políticas de preservação do patrimônio arquitetônico da cidade de Itapipoca, que vem sendo destruído ao longo de sua história, sendo que a matéria aborda sobre o tombamento e o “destombamento” da Casa Branca, residência do ex-deputado federal Perilo Teixeira, em pleno ano do Centenário. Neste mesmo ano, a fachada do escritório de Perilo Teixeira foi demolida, o prédio já estava totalmente destruído para dar lugar a uma construção que se fez na surdina, silenciosa, para não despertar a atenção da população, até que, em uma madrugada, como por encanto, no lugar da fachada do escritório de Perilo Teixeira, surge a fachada moderna de uma nova loja no Centro de Itapipoca.
A terceira edição de O Centenário trás na capa a figura de Perilo Teixeira, maior ícone da política das décadas de 1950 a 1970. A matéria conta sua biografia, seus feitos políticos e algumas de suas histórias divertidas e controversas que ainda hoje tomam conta do imaginário popular e faz de Perilo Teixeira um personagem histórico de muito destaque no município.
A quarta edição do periódico traz na capa a Pedra Ferrada, monólito de pedra que é associado ao nome do município, segundo as tradições orais, essa enorme pedra de granito servia de marco de terras, e por ter uma enorme lasca, foi denominada de “Itapipoca” que significa “pedra lascada”. A matéria faz uma abordagem sobre o significado histórico do nome Itapipoca e ainda questiona o porquê de o lugar tido como histórico não ser explorado turisticamente.
Em todas as edições há uma coluna de Ito Liberato que é baseada em lendas locais e estórias criadas pelo escritor para tornar o jornal mais leve. Porém, algumas dessas estórias acabaram por confundir as pessoas que já não compreendem a diferença entre fato histórico e crença popular. Em momento algum desmerecemos o trabalho realizado por Natalício Barroso, o jornal O Centenário foi uma contribuição de grande importância para o resgate histórico do município de Itapipoca.

SURGE O MUSEU VIRTUAL DE ITAPIPOCA
Espaços museológicos são difíceis de serem montados, dependendo do acervo, e tem um custo elevado, principalmente por causa da mão de obra especializada. Itapipoca teve como primeira experiência museológica bem sucedida o Museu da Pré-História de Itapipoca criado no ano de 2005, surgindo em seguida o Museu Itinerante (ainda com caráter particular) alguns anos depois e por fim, em 2015, através de uma iniciativa do professor de história Ednardo Bezerra Júnior, e com o apoio do Instituto Vale do Acarau, ligado a Universidade Vale do Acarau, foi possível desenvolver uma página na Internet com o título Museu Virtual de Itapipoca. O museu se propõe a fazer um resgate histórico de textos e imagens e conservar o acervo de forma digital para servir como fonte de pesquisa documental. A página também publica matérias e artigos de interesse histórico produzidas por estudantes do curso de História da UVA.

PALESTRAS DE SÍLVIO TEIXEIRA: CEM ANOS DE ELEVAÇÃO DE ITAPIPOCA A CATEGORIA DE CIDADE
A proposta inicial partiu da Coordenadoria Municipal de Cultura, tendo a frente o Coordenador de Cultura Rinardo Mesquita, para que fossem ministradas cinquenta palestras nas escolas públicas municipais. O principal objetivo das palestras do pesquisador Sílvio Teixeira seria fazer com que estudantes e professores tivessem acesso a cronologia dos fatos históricos que construíram o município de Itapipoca em 332 anos de história, desde a chegada dos colonizadores no ano de 1683, passando pela povoação da serra e criação do município de Vila da Imperatriz no ano de 1823, seguindo pela transferência da sede da Vila da Imperatriz do alto da serra para o sopé da serra no ano de 1862 seguindo o curso da história, até encerrando na Itapipoca moderna.
As palestras contaram com duas apresentações de slides, um curta metragem intitulado Perfil de Itapipoca e uma exposição itinerante intitulada Relíquias da Colonização com artefatos arqueológicos que remetem ao período da colonização de Itapipoca.

PALESTRAS DE MARCOS BRAGA: HISTÓRIA COM CAFÉ
O pesquisador Marcos Braga também recebeu a proposta de ministrar cinquenta palestras que contassem o desenrolar da história do município de Itapipoca, com argumentação focada na evolução das famílias e dos hábitos sociais vivenciados nos períodos Imperial e Republicano.
Estudantes e professores tiveram a oportunidade de entrar na intimidade das famílias que construíram o município de Itapipoca através de objetos, documentos, fotografias e histórias contadas de geração em geração.

O PODER EXECUTIVO RECONHECE O SIGNIFICADO DO CENTENÁRIO
O momento histórico do Centenário de Elevação de Itapipoca a Categoria de Cidade foi decisivo para que se tentasse corrigir o erro histórico que tira do período de nossa emancipação política noventa e dois anos, pois, no presente, a população de Itapipoca confunde a data da emancipação política do município com a data em que a cidade perdeu o termo vila e aprovou sua primeira Lei Orgânica. Por isso se comemoraria no ano de 2015, supostamente, no imaginário popular, o centenário da emancipação política, e não o centenário de elevação a categoria de cidade, como deveria ser.
Como a Secretaria Municipal de Educação se propôs a levar às escolas a cronologia histórica da evolução política do município, para que esse erro fosse corrigido, o poder executivo, a partir do prefeito e de seus assessores de imprensa, tiveram a sensatez de, ao menos, evitar que fosse anunciado nos eventos oficiais da Prefeitura, o ano de 2015 como o do “centenário de emancipação política”. Algumas autoridades, por vício cultural, inevitavelmente, continuaram a associar o dia 31 de agosto com a emancipação política, mas se tornou perceptível que a mudança veio, pois nos eventos oficiais da Prefeitura, os mestres de cerimônia passaram a se referir ao ano como o do “centenário da cidade de Itapipoca”, pressionados inclusive por professores.
O prefeito Dagmauro Moreira acompanhou a mudança e, em seus pronunciamentos, evitou se colocar como o prefeito do “centenário da emancipação política” e assumiu o momento histórico como o sendo ele o prefeito do “centenário da cidade de Itapipoca”.
Cabe aqui fazer uma ressalva para afirmar que na verdade o “centenário da cidade de Itapipoca”, ou seja, quando a cidade completou cem anos, foi no ano de 1962, pois se não houvesse ocorrido a transferência da sede da Vila da Imperatriz no ano de 1862 a cidade de Itapipoca não seria a sede do município e nem mesmo seria a cidade que é nos dias de hoje. Por isso o termo correto para a data é: centenário de elevação de Itapipoca a categoria de cidade.

ITAPIPOQUENSES PUBLICAM NO CONGRESSO BRASILEIRO DE PALEONTOLOGIA
No ano de 2015 o XXIV Congresso Brasileiro de Paleontologia aconteceu na cidade de Crato, entre os dias 02 a 06 de agosto. No dia 04 de agosto foi apresentado na modalidade cartaz, um artigo assinado por Sílvio Teixeira, Adson Benevides e Celso Ximenes, pesquisadores do Museu da Pré-História de Itapipoca. O artigo resumido levou o título: INSETOS NECRÓFAGOS: SUAS MARCAS E RELAÇÕES PALEOAMBIENTAIS PROPOSTAS A PARTIR DO ESTUDO DE CÂMARAS PUPARES EM FÓSSEIS DE MEGAFAUNA PLEISTOCÊNICA RESGATADOS DO TANQUE JIRAU 01 NO MUNICÍPIO DE ITAPIPOCA, CE.
Exatamente dez anos após a criação do MUPHI cidadãos itapipoquenses, com material coletado e pesquisado em Itapipoca, conseguem representar a nível nacional o museu criado em Itapipoca, ficando assim firmado um divisor de águas, fato histórico que evidencia o desenvolvimento científico no município e a representatividade do acervo do museu frente a comunidade paleontológica brasileira.
Na ocasião foi doada ao MUPHI pelo DNPM Crato uma coleção de 34 peças fósseis, contando com peixes, insetos e plantas. A doação recebeu o nome de Coleção Artur Andrade: Uma Lembrança do XXIV Congresso Brasileiro de Paleontologia. De imediato a coleção gerou uma exposição temporária e em seguida uma exposição itinerante, algumas peças foram incorporadas à exposição permanente.
No início do mês de setembro a revista digital Tarairiu nº 10 públicou o artigo completo com fotos e desenhos.

I FEIRA LITERÁRIA
Aconteceu na praça Perilo Teixeira entre os dias 10 a 14 de agosto. A Feira Literária foi uma iniciativa da Secretaria Municipal de Educação e Cultura e teve como objetivo aproximar a população da literatura. Durante uma semana de intensas atividades como apresentações teatrais, musicais e shows infantis, a literatura tomou conta do Centro da cidade de forma a expressar fisicamente aquilo que normalmente está impresso no papel. Estandes foram preparados para apresentar ao público centenas de títulos para os mais variados públicos, uma forma de gerar uma atividade comercial onde os preços populares atraíram compradores, fazendo com que a proposta da Feira Literária se efetivasse. No dia 12 os escritores locais foram reunidos em uma solenidade para a apresentação de obras literárias e a entrega de certificados de participação na Feira Literária. Vários escritores que já haviam feito publicações tiveram a oportunidade de trazer à tona suas obras novamente, e escritores que ainda estavam com suas obras por apresentar ao público, aproveitaram a oportunidade para divulgar seus trabalhos, todos os escritores também negociaram suas obras a preços populares, aproximando mais os escritores locais do público local.

PAINEL DE LUCIANO CACAU
O artista plástico Luciano Cacau se tornou conhecido em Itapipoca por realizar trabalhos de reprodução de imagens com aerógrafo. Suas obras impressionam pela perfeição de detalhes e pela grandeza dos painéis. Vários estabelecimentos públicos e privados contrataram os serviços de Luciano Cacau, que prima por deixar em seus trabalhos uma qualidade artística e um acabamento de qualidade.
Durante o mês de agosto o artista plástico, por iniciativa própria e com a autorização da direção da escola Anastácio Braga, no fundo da escola, na Av. Anastácio Braga, realizou a pintura em aerógrafo de sete personagens históricos de Itapipoca, criando assim um gigantesco painel com: Anastácio Braga, Perilo Teixeira, José Montenegro de Lima, Geraldo Azevedo, Maestro Frota Neto, João Pretinho e Cafita. Todos figuras muito populares no imaginário local. O painel de vinte metros de comprimento por três metros de altura foi feito com tinta automotiva. Todo a pesquisa, o material e a mão de obra ficaram por conta do artista, um presente histórico em forma de obra de arte.

RESGATE DE DOCUMENTOS HISTÓRICOS
A passagem do Centenário trouxe muitos questionamentos, a partir desses questionamentos novos documentos foram garimpados e encontrados. Durante os primeiros meses de 2015 também foi feito um resgate de imagens, com a reaparição pública de fotografias que há muito estavam esquecidas em arquivos públicos ou nas gavetas dos armários das famílias tradicionais de Itapipoca, mantidas como relíquias preciosas, escondidas do tempo e dos apreciadores. Uma dessas imagens que foi resgatada pelo jornal O Centenário, merece destaque: é uma fotografia do prédio dos cartórios quando ele ainda tinha o muro completo, quando o prédio ainda tinha a função de cadeia pública. É uma foto intrigante que prova a constante destruição do patrimônio arquitetônico do município ao longo de sua história.
Cartas e bilhetes também foram resgatados, principalmente pelo pesquisador Marcos Braga que não mediu esforços no assédio às famílias mais tradicionais para que abrissem seus “baús” e permitissem não só a cópia dos documentos, mas também que pudessem ser levados temporariamente para exposições itinerantes.
Outros documentos de relevância que vieram à público foram: o Livro de Leis da Vila da Imperatriz, datado de 1824 e atualmente depositado no MUPHI. O livro de Sares Bulcão Vila da Imperatriz, escrito no ano de 1939, teve uma cópia generosamente doada ao MUPHI pelo Professor Wagner Braga (o livro original encontra-se em poder de sua tia Vera Braga que, com muita relutância, permitiu que o original fosse copiado). Outro achado de livro importante no momento do Centenário foi: A História do Círculo Operário, descrevendo a instituição e suas ações entre os anos de 1940 a 1960, e que conta uma história belíssima sobre uma instituição de cunho social, religioso e político que foi tida como a joia dos círculos operários do estado do Ceará. Este documento está incompleto, mas conserva mais de 40 páginas, foi encontrado por Sílvio Teixeira durante um resgate arqueológico na comunidade de Olho D’água, distrito de Assunção, o livro estava em poder do Sr. Raimundo Firmino e foi doado para o acervo do MUPHI juntamente com algumas dezenas de artefatos arqueológicos pré-históricos.
Outros livros foram apresentados ao público, mas de qualquer forma se mantiveram pouco divulgados durante o processo do Centenário.

RÉPLICAS DE PREGUIÇA GIGANE E DINOSSAURO SÃO EXPOSTAS NO PARQUE DE EXPOSIÇÕES AGROPECUÁRIA
Pela primeira vez as réplicas pertencentes ao acervo do MUPHI foram utilizadas em uma exposição itinerante. A oportunidade foi gerada pela realização da XXI Exposição Agropecuária de Itapipoca.
Inicialmente, apenas a réplica do crânio da preguiça gigante foi exposto, no segundo dia a réplica do dinossauro Angaturama Limai foi levada para o parque e, no terceiro dia, foi articulada a réplica do esqueleto completo da preguiça Eremotherium laurillardi.
As réplicas chamaram a atenção de pessoas de todas as idades, pela grandiosidade dos esqueletos, ambos chegam a seis metros de comprimento e também pela inovação da exposição desse tipo de material dentro das atividades da feira.
Pela primeira vez peças da coleção do MUPHI repercutiram nas redes sociais através de milhares de fotos e comentários no final do mês de agosto durante as festividades do Centenário.

A MISSA DO HORTO DO CRUZEIRO
A tradicional missa do Horto do Cruzeiro, realizada sempre na manhã do dia 31 de agosto, é uma demonstração da tradição católica na cidade de Itapipoca. No ano de 2015 a missa contou com a participação de personalidades políticas local, deputados estaduais, deputados federais, autoridades religiosas, artistas e uma multidão que veio prestigiar a missa do centenário.
Foi um ato ecumênico muito bonito, bem organizado, com abertura feita pela Banda Municipal de Música, queima de fogos e ao final, um café da manhã comunitário com um grande bolo em comemoração ao Centenário.

O PREFEITO DO CENTENÁRIO
Dagmauro de Sousa Moreira venceu a eleição municipal no ano de 2012 com uma votação acima de quarenta e um mil votos e se tornou o primeiro prefeito eleito em Itapipoca por um partido de esquerda.
Até o ano de 2015 o Prefeito de Itapipoca procurou desenvolver ações de caráter popular, mas também encampou ações antipopulares como foi a retirada dos caminhões paus de arara que ficavam estacionados o dia todo nas principais ruas e avenidas do Centro da cidade. Agora está construindo uma nova praça Getúlio Vargas (praça do Cafita) bem no coração da cidade, e ele promete, em seguida, iniciar a reforma do mercado de cereais, onde funcionou a Agência O Cafita. Ainda na sede, o prefeito Dagmauro Moreira fez a reforma e ampliação de várias ruas, com pavimentação em pedra tosca e prima por limpeza pública, dando constante manutenção nas ruas de todos os bairros. O governo de Dagmauro Moreira também está sendo marcado por proporcionar melhorias nas estradas vicinais que cortam o município, garantindo comodidade no transporte escolar, no transporte coletivo, no escoamento da produção, na circulação turística e no dia a dia das comunidades interioranas.
Na área da saúde o Prefeito Dagmauro Moreira tem como principal bandeira a construção e instalação de PSF’s por todo o município, deixando em ativa uma equipe médica de assistência básica a cada novo PSF inaugurado.

RESULTADOS
Ainda é cedo para avaliar com clareza os benefícios gerados na cultura do município de Itapipoca a partir dos eventos ocorridos durante a preparação para a comemoração do centenário de elevação de Itapipoca à categoria de cidade, mesmo assim, é possível perceber que nasce uma possibilidade de se quebrar tradições e de se corrigir a comemoração do centenário como sendo o de emancipação política. Também foi perceptível o envolvimento de intelectuais e artista no sentido de recontar a história do município de forma clara e agradável.
Muitos documentos escritos e imagens foram resgatados e construídos em função do Centenário, o que é um ganho no patrimônio imaterial, e o que pode gerar um renascimento na cultura e na forma de fazer cultura dentro do município e principalmente na cidade de Itapipoca.
Estruturalmente muitas obras e benfeitorias foram implantadas para dar mais qualidade de vida ao itapipoquense do século XXI.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

HISTÓRIA DA HUMANIDADE

Homo naledi pode ajudar a reescrever a história humana

Fósseis foram encontrados em uma área arqueológica conhecida como "Berço da Humanidade"

Homo naledi pode ajudar a reescrever a história humana MARK THIESSEN/ NATIONAL GEOGRAPHIC/AFP
Um grupo de pesquisadores apresentou nesta quinta-feira (10) na África do Sul os remanescentes fósseis de um primata que podem ser de uma espécie do gênero humano desconhecida até agora.
A criatura foi encontrada na caverna conhecida como Rising Star (estrela ascendente), 50 km a nordeste de Johanesburgo, onde foram exumados os ossos de 15 hominídeos. O primata foi batizado de Homo naledi. Em língua sotho, "naledi" significa estrela, e Homo é o mesmo gênero ao qual pertencem os humanos modernos.
Os fósseis foram encontrados em uma área profunda e de difícil acesso da caverna, na área arqueológica conhecida como "Berço da Humanidade", considerada patrimônio mundial pela Unesco. Por se situar num depósito sedimentar onde as camadas geológicas se misturam de maneira complexa, os cientistas ainda não conseguiram datar o primata descoberto, que poderia ter qualquer coisa entre 100 mil e 4 milhões de anos.
"Estou feliz de apresentar uma nova espécie do ancestral humano", declarou Lee Berger, pesquisador da Universidade Witwatersrand de Johannesburgo, numa entrevista coletiva em Moropeng, onde fica o "Berço da Humanidade".
O professor Lee Berger segura a réplica de um crânio do ‘Homo naledi’, nova espécie de hominídeo descoberta na África do Sul  (Foto: Siphiwe Sibeko/Reuters)
O professor Lee Berger segura a réplica de um crânio do ‘Homo naledi’, nova espécie de hominídeodescoberta na África do Sul (Foto: Siphiwe Sibeko/Reuters)

"Alguns aspectos do Homo naledi, como suas mãos, seus punhos e seus pés, estão muito próximos aos do homem moderno. Ao mesmo tempo, seu pequeno cérebro e a forma da parte superior de seu corpo são mais próximos aos de um grupo pré-humano chamado australopithecus"
Chris Stringer,
Museu de História Natural de Londres
Em 2013 e 2014, os cientistas encontraram mais de 1.550 ossos que pertenceram a, pelo menos, 15 indivíduos, incluindo bebês, adultos jovens e pessoas mais velhas. Todos apresentavam uma morfologia homogênea e pertenciam a uma "nova espécie do gênero humano que era desconhecida até então".
O Museu de História Natural de Londres classificou a descoberta como extraordinária.
"Alguns aspectos do Homo naledi, como suas mãos, seus punhos e seus pés, estão muito próximos aos do homem moderno. Ao mesmo tempo, seu pequeno cérebro e a forma da parte superior de seu corpo são mais próximos aos de um grupo pré-humano chamado australopithecus", disse Chris Stringer, pesquisador do Museu de História Natural de Londres, autor de um artigo sobre o tema que acompanhou o estudo de Berger, publicado no periódico científico e Life.
A descoberta pode permitir uma compreensão melhor sobre a transição, há milhões de anos, entre o australopiteco primitivo e o primata do gênero homo, nosso ancestral direto.
Se for muito antiga, com mais de 3 milhões de anos, a espécie teria convivido com os australopitecos, anteriores ao gênero homo. Se for mais recente, com menos de 1 milhão de anos, é possível que tenha coexistido com os neandertais -- primos mais próximos do Homo sapiens -- ou até mesmo com humanos modernos.
Os trabalhos que levaram à descoberta foram patrocinados pela National Geographic Society, dos EUA, e pela Fundação Nacional de Pesquisa da África do Sul.
Foto da revista National Geographic mostra ossos recolhidos por pesquisadores na África do Sul que foram identificados como sendo de uma nova espécie do gênero humano (Foto: Robert Clark/National Geographic, Lee Berger/University of the Witwatersrand via AP)
Foto da revista National Geographic mostra ossos recolhidos por pesquisadores na África do Sul que foram identificados como sendo de uma nova espécie do gênero humano (Foto: Robert Clark/National Geographic, Lee Berger/University of the Witwatersrand via AP)

Berço da humanidade
  • Caverna fica no norte da África do Sul
FONTE: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/09/antiga-especie-do-genero-humano-e-descoberta-na-africa-do-sul.html

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