Quem viver verá: em um futuro próximo, batalhas, personagens e acontecimentos marcantes da história irão literalmente sair dos livros didáticos, misturando-se a realidade imediata dos estudantes e professores. Pelo menos é isso o que garante cientistas em ciência da computação. O que parece coisa de ficção científica nada mais é do que uma tecnologia que vem despertando o interessa na área educacional: a realidade aumentada (RA).
Em linhas gerais, a chamada realidade aumentada é uma tecnologia relativamente simples que integra objetos virtuais ao ambiente físico. Segundo o site www.realidadeaumentada.com.br, esta criação “aplica-se em todos os sentidos humanos e proporciona ao usuário uma interação segura, sem necessidade de treinamento, uma vez que ele pode trazer para o seu ambiente real objetos virtuais, incrementando e aumentando a visão que ele tem do mundo real. Isto é obtido por meio de técnicas de Visão Computacional e de Computação Gráfica/Realidade Virtual, o que resulta na sobreposição de objetos virtuais com o ambiente real. Considerando o sentido da visão, além de permitir que objetos virtuais possam ser introduzidos em ambientes reais, a Realidade Aumentada também proporciona ao usuário o manuseio desses objetos com as próprias mãos, possibilitando uma interação natural e atrativa com o ambiente".
A realidade aumentada ainda é uma tecnologia experimental. Está apenas em seu começo. No entanto, os especialistas em educação acreditam que em breve suas aplicações no ensino e na aprendizagem tornarão as aulas mais ricas, dinâmicas e lúdicas. Pensando nas aulas de história, a idéia é convidar o aluno a tomar parte em um mundo do qual ele nunca viveu, tocou ou experimentou. Isso é fundamental para uma área cujo objeto de estudo não existe concretamente. Além de ilustrar com propriedade conteúdos curriculares, a realidade aumentada pode criar novas técnicas para inclusão do aluno, para o seu envolvimento com as matérias estudadas, para a interação com outros colegas e professores.
Discutindo a realidade aumentada
Enquanto os cientistas trabalham para desenvolver a tecnologia da RA, as discussões filosóficas já começaram. No último dia 20 de julho, o tema foi discutido no evento “Oi Cabeça”, no Rio de Janeiro. Na ocasião, palestraram Daniel Gelder (Metaio) e Rogério da Costa (Laboratório de Estudos em Inteligência Coletiva e Biopolíticas – PUC-SP). Os dois discutiram as mudanças de concepção quando o muro que separa virtual e real desmorona, tornando-se apenas uma questão de gradação, como se aumenta ou diminui o volume de uma música.
Mas quem perdeu, não precisa se preocupar. Com curadoria de Heloisa Buarque de Hollanda e Cristiane Costa, professoras da Escola de Comunicação da UFRJ, O “Oi Cabeça” acontece todo mês, até o próximo mês de dezembro. E não fala apenas de realidade aumentada, mas também de outras novidades tecnológicas.
Ao longo dos próximos meses, o projeto abrirá um espaço importante no debate intelectual, trazendo para o Brasil outros grandes pensadores, como o filósofo Pierre Lévy, radicado no Canadá, e a pesquisadora americana Janet Murray. “O Oi Cabeça vai produzir um diálogo entre pensadores internacionais de ponta e criadores nacionais em busca de algumas respostas à pergunta: até onde pode ir a literatura antes de se tornar uma nova arte, baseada num novo suporte?”, explica Cristiane Costa em entrevista ao site do Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC), do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ.
Confira a programação:
25/08 – 19h30
“O poder da palavra na cibercultura”
Pierre Levy (Universidade de Ottawa Canadá) e Gilberto Gil
21/09 – 19h30
“Literatura expandida”
Janet Murray (Hamlet no Holodeck) e Cristiane Costa (Programa Avançado de Cultura Contemporânea – UFRJ)
19/10 – 19h30
“Os novos gêneros e-literários”
Robert Coover (ELO – Eletronic Literature Organization) e Giselle Beiguelman (O livro depois do livro)
16/11 – 19h30
“Personagens, estratégias narrativas e engajamento nos games”
Ian Bogost (MIT – Newsgames) e Arthur Protasio (Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV-RJ)
7/12 – 19h30
Labfest
O Oi Futuro fica na Rua Dois de Dezembro, 63 – Flamengo. A entrada é franca.
Em linhas gerais, a chamada realidade aumentada é uma tecnologia relativamente simples que integra objetos virtuais ao ambiente físico. Segundo o site www.realidadeaumentada.com.br, esta criação “aplica-se em todos os sentidos humanos e proporciona ao usuário uma interação segura, sem necessidade de treinamento, uma vez que ele pode trazer para o seu ambiente real objetos virtuais, incrementando e aumentando a visão que ele tem do mundo real. Isto é obtido por meio de técnicas de Visão Computacional e de Computação Gráfica/Realidade Virtual, o que resulta na sobreposição de objetos virtuais com o ambiente real. Considerando o sentido da visão, além de permitir que objetos virtuais possam ser introduzidos em ambientes reais, a Realidade Aumentada também proporciona ao usuário o manuseio desses objetos com as próprias mãos, possibilitando uma interação natural e atrativa com o ambiente".
A realidade aumentada ainda é uma tecnologia experimental. Está apenas em seu começo. No entanto, os especialistas em educação acreditam que em breve suas aplicações no ensino e na aprendizagem tornarão as aulas mais ricas, dinâmicas e lúdicas. Pensando nas aulas de história, a idéia é convidar o aluno a tomar parte em um mundo do qual ele nunca viveu, tocou ou experimentou. Isso é fundamental para uma área cujo objeto de estudo não existe concretamente. Além de ilustrar com propriedade conteúdos curriculares, a realidade aumentada pode criar novas técnicas para inclusão do aluno, para o seu envolvimento com as matérias estudadas, para a interação com outros colegas e professores.
Discutindo a realidade aumentada
Enquanto os cientistas trabalham para desenvolver a tecnologia da RA, as discussões filosóficas já começaram. No último dia 20 de julho, o tema foi discutido no evento “Oi Cabeça”, no Rio de Janeiro. Na ocasião, palestraram Daniel Gelder (Metaio) e Rogério da Costa (Laboratório de Estudos em Inteligência Coletiva e Biopolíticas – PUC-SP). Os dois discutiram as mudanças de concepção quando o muro que separa virtual e real desmorona, tornando-se apenas uma questão de gradação, como se aumenta ou diminui o volume de uma música.
Mas quem perdeu, não precisa se preocupar. Com curadoria de Heloisa Buarque de Hollanda e Cristiane Costa, professoras da Escola de Comunicação da UFRJ, O “Oi Cabeça” acontece todo mês, até o próximo mês de dezembro. E não fala apenas de realidade aumentada, mas também de outras novidades tecnológicas.
Ao longo dos próximos meses, o projeto abrirá um espaço importante no debate intelectual, trazendo para o Brasil outros grandes pensadores, como o filósofo Pierre Lévy, radicado no Canadá, e a pesquisadora americana Janet Murray. “O Oi Cabeça vai produzir um diálogo entre pensadores internacionais de ponta e criadores nacionais em busca de algumas respostas à pergunta: até onde pode ir a literatura antes de se tornar uma nova arte, baseada num novo suporte?”, explica Cristiane Costa em entrevista ao site do Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC), do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ.
Confira a programação:
25/08 – 19h30
“O poder da palavra na cibercultura”
Pierre Levy (Universidade de Ottawa Canadá) e Gilberto Gil
21/09 – 19h30
“Literatura expandida”
Janet Murray (Hamlet no Holodeck) e Cristiane Costa (Programa Avançado de Cultura Contemporânea – UFRJ)
19/10 – 19h30
“Os novos gêneros e-literários”
Robert Coover (ELO – Eletronic Literature Organization) e Giselle Beiguelman (O livro depois do livro)
16/11 – 19h30
“Personagens, estratégias narrativas e engajamento nos games”
Ian Bogost (MIT – Newsgames) e Arthur Protasio (Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV-RJ)
7/12 – 19h30
Labfest
O Oi Futuro fica na Rua Dois de Dezembro, 63 – Flamengo. A entrada é franca.
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