segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Dólar alto traz vantagens e problemas

Alexandre Gama

Se por um lado o dólar alto gera vantagens a alguns setores exportadores, por outro significa problemas a outros. A maior desvantagem é o repasse do custo da matéria-prima importada aos produtos manufaturados no Brasil. Esse repasse gera a inflação, e para controlá-la, o governo aumenta os juros, que causa a recessão. É exatamente esse cenário encontrado no País atualmente. “Sei de muitos exportadores de São Paulo que estão cancelando os pedidos, pois compraram matéria-prima com o dólar alto e agora não conseguem repassar ao produto final”, diz o despachante aduaneiro Paulo Narcizo Rodrigues, da Caribbean Express. Na opinião do economista Hipólito Martins Filho, o ideal seria que o Brasil não precisasse captar dólares no mercado externo. Nesse caso, os juros não estariam nas alturas. “Mas o governo não tem cacife para isso”, afirma.

Diante da economia brasileira, em que a taxa básica (Selic) está em 26% ao ano, existem três possibilidades para a derrubada dos juros. A primeira é quando o governo não tiver mais necessidade de captar dólar no mercado externo e poder se sustentar por conta própria. A segunda seria a liquidez do próprio mercado, que reduziria naturalmente os juros. A terceira hipótese é o pagamento, ou ao menos o abatimento, da dívida pública brasileira, que hoje gira em torno de R$ 840 bilhões. Um terço do valor da dívida pública é atrelada ao dólar. Quando ele sobe, a dívida acompanha o crescimento. Esse enorme valor da dívida obriga o governo a ir aos bancos vender títulos. E para isso, precisa jogar com juros altos para que as instituições se interessem por seus papéis e não optem pelo dólar.

Caso os investidores e instituições financeiras prefiram o dólar à moeda nacional, existe o risco de faltar o dinheiro norte-americano no mercado. Com a escassez, o valor sobe e a dívida cresce. Por isso, os juros tão altos. “Foi uma brincadeira o que o Copom (Comitê de Política Monetária) fez na quarta-feira, ao reduzir meio ponto da taxa”, critica o economista presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon-SP), Sinésyo Batista da Costa, para quem os juros deveriam ter ficado como estavam. “Isso (meio ponto) não influencia em nada. Esse pretexto de sinalizar alguma coisa não existe. Ninguém vive de sinais.”



Assalariado é quem mais sofre com o câmbio
Quem mais sofre com a alta do dólar é quem menos influencia nas decisões econômicas - o cidadão comum. É aquele trabalhador assalariado, que há anos não tem as perdas inflacionárias repostas e que luta para sobreviver. Vários serviços e produtos básicos que fazem parte do seu dia-a-dia são atrelados ao dólar. Entre os principais estão os combustíveis, energia elétrica, telefone, gás de cozinha, remédios, commodities e até o pãozinho, que sofreram - e ainda sofrem - fortes altas com a subida do dólar. O Brasil importa hoje mais de 80% do trigo consumido. Por isso, a cada disparada do dólar, o cidadão tem que arcar com o encarecimento do pão e tudo que é produzido a partir da farinha do produto, como macarrão e bolos.

Outro item de consumo essencial para as famílias brasileira são os remédios. Cerca de 90% da matéria-prima para a produção de remédios são importadas e sofrem impacto do dólar. Até mesmo produtos essencialmente brasileiros estão sujeitos à influência da moeda norte-americana, como cana-de-açúcar, café, soja e aço, todos cotados no mercado externo e em dólar. O aumento desses produtos é refletido em toda a cadeia produtiva. Até o pipoqueiro, por exemplo, é influenciado: ao comprar o óleo de soja para estourar o milho, e constata que o produto sofreu aumento e terá de repassá-lo. O consumidor vai pagar mais pelo mesmo saquinho de pipoca. Enquanto isso, os salários de grande parte dos trabalhadores brasileiros continuam quase congelados. O caso mais notório é o dos servidores públicos federais, que há mais de oito anos não foram beneficiados com um reajuste sequer.

Revés
E ao contrário do que acontece quando o dólar sobe, o mesmo não acontece quando o dólar cai. Todos os setores da cadeia acima citados reajustam seus preços sob a alegação de que são indexados ao dólar, mas, quando a moeda norte-americana cai, os preços ficam como estão. Os empresários se defendem afirmando que durante muitos anos, desde o início do Plano Real, trabalharam com a margem de lucro represada. Assim, quando têm a possibilidade de um lucro maior, recusam-se a reduzi-lo.

Investimento de risco
“Quem comprar dólar vai quebrar a cara”. A afirmação é do presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon-SP) Synésio Batista da Costa. Na opinião do economista, é possível encontrar outros investimentos mais rentáveis e seguros no mercado do que o dólar. Bolsa de Valores e CDB a longo prazo são algumas das opções citadas por Costa. O primeiro dos motivos apontados para não investir em dólar é que a moeda deve continuar a cair ainda mais até agosto, quando vencem os compromisso firmados em dólar pelas grandes empresas e estatais brasileiras. Na previsão do economista, a moeda norte-americana deve fechar o ano em torno dos R$ 3,50. Apesar de ser bem acima do valor atual, que está na casa dos R$ 2,80, ele diz não se tratar de um investimento seguro. “E se acontecer algum fator incontrolável ao mercado e a moeda despencar? É o caso do Iraque. Se não der certo, os petrodólares devem cair muito e quem comprou vai se arrepender”, explica.

Mas, ao mesmo tempo que não recomenda o investimento em dólares, o economista diz que a casa dos R$ 3,50 é extremamente útil para o Brasil, pois funciona como uma barreira às importações e incentiva a exportação. “Neste ano, já batemos o recorde de exportação. E todos sabem que, historicamente, o melhor período exportador brasileiro é a partir de agosto. Então, acho que teremos uma agradável surpresa em 2003.” Como o Banco Central (BC) não controla o câmbio brasileiro, qualquer “espirro” faz com que a moeda dispare no mercado. E, segundo o economista, o mesmo não acontece quando o assunto é reduzir o valor do dólar. “Não há fator que garanta a redução.”

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Provas do Enem começam sábado (26); Entenda o cálculo das notas

Para entender o resultado, não basta contar as questões corretas. A nota do Enem é calculada mediante um modelo matemático de TRI.


Para sete milhões de estudantes e para as famílias deles, esse fim de semana vai ser o mais importante do ano. Eles vão fazer a prova do Enem, o Exame Nacional do Ensino Médio. Estão em jogo mais de 130 mil vagas. Agora é a reta final. As vagas são em mais de cem instituições públicas, que usam a nota do Enem para selecionar alunos. O difícil é entender essa nota, porque para os corretores do Enem, um mais um nem sempre é igual a dois. Para informações sobre o caderno de questões, documentos que devem ser levados e a redação de língua estrangeira, clique aqui.
Amanda, de 17 anos, vai fazer o Enem pela primeira vez. Ela está confiante. Há um ano dedica manhãs, tardes e noites ao estudo, mas falta resolver uma equação: o cálculo da nota do Enem.  “É bem confuso. Eu sinceramente não entendo bem, não”, afirma Amanda Bortolo, estudante. Uma pesquisa feita pelo Ibope pela internet mostra que essa é a principal dúvida dos estudantes: 86% deles dizem não entender como funciona a pontuação final do Enem. Outros vestibulares, como a Fuvest, somam o número de acertos. Vale a matemática simples. Já na pontuação do Enem, 1+1 não é igual a 2.
Cálculo das notas
O exame usa a chamada Teoria de Resposta ao Item. O método leva em conta o padrão de respostas do aluno. Por exemplo, se um estudante erra questões muito fáceis e acerta uma difícil, o sistema percebe que está fora do padrão e dá um peso menor a esse acerto.
“Em uma prova clássica, eu vou dar um acerto. Em uma prova de TRI eu vou falar: ‘é muito provável que ele chutou, e acertou por acaso’”, declara Reynaldo Fernandes, professor da USP. O contrário também vale. Quem acertar várias questões difíceis e errar uma fácil terá um desconto menor no Enem do que teria em outros vestibulares. Além de mudar a seleção dos candidatos, o Enem começa a modificar a forma de estudar para o vestibular. Em um cursinho de São Paulo, a aula preparatória não é de português, matemática ou física. É interdisciplinar. Tem dois professores em sala de aula, e discute temas como lixo, energia e chuva ácida. “O Enem vem exigindo cada vez mais que o aluno consiga estabelecer estas relações. Saiba relacionar os saberes”, diz Joel Arinaldo Pontin, professor do Cursinho Poli.
Michel sabia disso. Prestou o Enem ano passado e conseguiu mil pontos, nota máxima, na redação. “Você tem que estar preparado pra apresentar seu ponto de vista de determinado tema, do que eles vão esperar de você ou do que você tem que apresentar. Você tem que ter uma posição”, alerta Michel Carvalho Macedo, estudantes de Letras. Filho de pais que só chegaram ao ensino fundamental, Michel é o primeiro da família a cursar uma universidade pública.  Com a nota do Enem hoje, o estudante pode disputar vagas em 101 instituições públicas por meio do SISU, um sistema pioneiro que reúne mais de cem mil vagas disponíveis em todo o país e aponta, pela internet, as possibilidades para o candidato.
Na Universidade Federal de São Paulo, 52 cursos agora usam apenas a nota do Enem para selecionar alunos. Mas oito cursos, como medicina, mantêm o vestibular próprio. “Se o Enem melhorasse um pouco. Se ele conseguisse fazer uma prova que discriminasse um pouco mais, acho que a medicina ficaria atendida, porque a correlação seria mais alta nessa discriminação do conhecimento”, declara Maira Angélica Minhoto, pró-reitora de graduação da UNIFESP. Mesmo assim, a pró-reitora acredita que a maior vantagem do Enem é facilitar, com uma só prova, o ingresso em universidades do Brasil inteiro. Amanda, que é de São Paulo, espera conseguir uma vaga em arquitetura na federal de Santa Catarina. 
A prova começa neste sábado (26) às 13h. Atenção: no horário de Brasília. Os portões abrem ao meio-dia e é bom se programar para chegar cedo, porque atrasos não serão tolerados. Também é bom, como dizem os especialistas, deixar os livros um pouco de lado nesta sexta-feira (25) e procurar relaxar.
Horário das provas
E a pouco mais de 24 horas para a abertura dos portões, ainda tem muita gente com dúvidas. Uma delas é sobre o horário da prova. Os portões serão abertos ao meio dia e o exame começa às 13h, horário de Brasília. Mas, atenção por causa do horário de verão: em quatro estados da região Norte, os portões serão abertos às 10h e a prova começa às 11h. Para quem mora nos outros estados do Norte e no Nordeste, a abertura dos portões será às 11h e o início da prova ao meio-dia.
Senha e cartão de confirmação
Muitos alunos têm dúvidas sobre a senha. Ela não é necessária para fazer a prova. Só para acessar o resultado. Dúvidas também sobre o cartão de confirmação. Quem não recebeu, consegue outro na internet, mas ele também não é obrigatório para fazer a prova. O candidato só não pode deixar de levar um documento de identidade original com foto.

sábado, 19 de outubro de 2013

Sugestão de estudo de História para o Enem

O estudo de História para o Enem sempre necessitará de uma boa carga de leitura para dominar o conteúdo da disciplina e poder realizar uma boa interpretação dos textos.


Aliar estudo nos livros e interpretação de textos é a chave para os estudos de História do Enem

As provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) são caracterizadas pela interdisciplinaridade de seus temas e pela capacidade interpretativa que é exigida dos candidatos. No que se refere às questões deHistória, o candidato do Enem deve aliar os conteúdos que estudou durante o ensino médio com a interpretação dos textos que são utilizados como enunciados das questões.
Uma primeira forma de proceder durante a prova deve ser a leitura atenta dos enunciados das questões. Geralmente são apresentados textos de historiadores em que muitas vezes a linguagem é mais erudita, sendo necessária maior atenção do aluno. Uma dica para a prova, e que geralmente é utilizada no próprio estudo da história, é “questionar o texto”. No caso da prova do Enem, o candidato pode inicialmente ler a questão e com ela direcionar a leitura do texto que é apresentado. O próprio texto responde à questão, facilitando a escolha da alternativa.
As questões buscam ainda relacionar fatos do passado com acontecimentos recentes. Exemplo pode ser encontrado com o tema cidadania, principalmente no que se refere ao direito de voto. Muitas questões do Enem pretendem avaliar o conhecimento que os candidatos têm sobre a história do direito de voto no mundo, que surgiu com mais força após a Revolução Francesa de 1778 e, no Brasil, principalmente no Período Republicano. Nesse sentido, conhecimentos sobre o voto do cabresto e coronelismo na República Velha, além da campanha das Diretas Já na década de 1980 podem ser cobrados.
O conhecimento sobre o desenvolvimento do capitalismo e o surgimento das classes sociais e de seus movimentos políticos também é geralmente pedido. Na história brasileira abordada no Enem tem ganhado significativa importância a Era Vargas, por representar o principal impulso ao desenvolvimento do capitalismo no Brasil e também por surgir as primeiras medidas legislativas de direitos trabalhistas. No âmbito de história geral, é necessária uma especial atenção ao desenvolvimento das lutas da classe operária europeia no século XIX e as correntes políticas que surgiram no período, como o liberalismo, o socialismo, o comunismo e o anarquismo. É importante, nesse sentido, dominar o conteúdo sobre Revolução Russa e suas consequências no século XX.
A formação das identidades culturais é também tema recorrente nos conteúdos de História do Enem. É importante para o aluno estudar a escravidão no Brasil e refletir sobre suas consequências na formação da população brasileira, principalmente a existência de elementos de matriz africana na identidade nacional.
Por fim, em virtude das ações da Comissão da Verdade, pode ser pedido ao candidato que responda a questões sobre a memória nacional e como a tentativa de investigar os crimes da ditadura militar está relacionada a esse esforço, apresentada como meio de consolidar o processo democrático, afastando as possibilidades de um novo regime militar no país. Um caminho para se atualizar sobre esse debate pode ser encontrado nas reportagens sobre o depoimento do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra à Comissão da Verdade, ocorrido em maio de 2013.
Mas a principal sugestão é muita leitura. Não apenas para a prova do Enem, mas também para a própria vida do estudante.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

NOSSOS ALUNOS QUE TIVERAM TRABALHOS APROVADOS NO II ENCONTRO ACADÊMICO DE PESQUISA E EXTENSÃO DO IVA-2013

01. COMUNIDADE E ESCOLA NA CONSTRUÇÃO DA CONSCIÊNCIA AMBIENTAL
Maiara Oliveira Furtado
Maria Rosiane Gonçalves de Oliveira
Maria Verônica Sousa de Castro
Orientadora: Ilaneide Souto

02.ORIGENS DA DOUTRINA CRISTÃ: AS RELAÇÕES ENTRE O CRISTIANISMO, O
JUDAÍSMO E O MASDEÍSMO EM UM CONTEXTO HISTÓRICO.
Francisco José Muniz de Lima
Jaime Teixeira de Sousa Filho
João de Deus Muniz de Lima
Orientadora: Ilaneide Souto

03. A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DE HISTÓRIA NAS SÉRIES INICIAIS
Francisco Antônio de Araújo Costa
Márcia Gabriela Alexandre
Maria Eranir nascimento Amorim Alves
Orientadora: Ilaneide Souto

04. O ENSINO DA HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA
Francisca Teixeira Pires Lima
Gidalto Paixão de Oliveira
Vania Alves Cunha
Orientadora: Ilaneide Souto

05. SEMENTES CRIOULAS: PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE A SERVIÇO DA
COMUNIDADE DE RIACHO DO MEIO - TURURU-CE
Fábia Gomes Coelho
Maria Vanessa Alves de Oliveira
Orientador: Ednardo Sousa Bezerra Júnior

06. A CONTRIBUIÇÃO DA DIOCESE DE ITAPIPOCA NA CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA
LOCAL
Francisco Washington Vaz
Orientadora: Ilaneide Souto

07. A IMPORTÂNCIA DA METODOLOGIA UTILIZADA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Antonia Fabiana Pereira dos Santos
Darlânia Maria Gonçalves de Mesquita
Paulo Rochélio Alves Sousa
Orientadora: Ilaneide Souto

08. A (IN) DISCIPLINA NO AMBIENTE ESCOLAR: POR UMA NOVA ABORDAGEM
METODOLÓGICA
Francisco Rafael Mota de Sousa
Orientadora: Ilaneide Souto

09. DISLEXIA: UMA REFLEXÃO A CERCA DE SEU CONCEITO
Marcio Gleide Tomé Ferreira
Maria Marcineiva Tomé Ferreira
Valdecio da Costa Soares
Orientadora: Ilaneide Souto

10. MEDOS E FOBIAS NA INFÂNCIA
Isadora Maria Silveira Louzada
Maria Luane Rodrigues de Lima
Samara Bezerra Prado
Orientadora: Ilaneide Souto

11.UMA REFLEXÃO A CERCA DO BULLING
Jamilly Jennifer Ramos Silva
Orientadora: Ilaneide Souto
O Arqueólogo da Leopoldina
O Café História realizou uma entrevista exclusiva com o arqueólogo e historiador Claudio Prado de Mello, do Instituo de Pesquisa Histórica e Arqueológica do Rio de Janeiro, principal profissional responsável pelos trabalhos arqueológicos que estão sendo desenvolvidos na região da Leopoldina, no Rio de Janeiro. Em meados de setembro, diversos veículos de imprensa noticiaram a descoberta de um enorme sítio arqueológico durante as escavações das obras da Linha 4 do Metrô. São milhares de objetos que remetem a diversas períodos da história do Brasil. Entre os itens encontrados, uma escova de dentes que pode ter sido de D. Pedro II. Confira, abaixo, a nossa entrevista.
Café História: á alguns dias, a imprensa noticiou a descoberta de um “verdadeiro tesouro arqueológico” nas escavações de um terreno, no centro do Rio de Janeiro, nas obras do Metrô. Onde exatamente estas peças foram encontradas? Os arqueólogos já trabalhavam no local ou foram chamados por responsáveis pela obra? Como funciona esta “parceria” entre obras como esta, que trabalham diretamente com o subsolo da cidade, e o patrimônio histórico/arqueológico?
Claudio Prado: O local em questão é a Leopoldina. O terreno vai da Francisco Bicalho até a Rua Ceará e de outro lado a Preça da Bandeira ate a Rua Francisco Eugenio e os muros altos que contornam a Leopoldina ajudaram a preservar tesouros arqueológicos que somente agora estão sendo resgatados por uma equipe multidisciplinar envolvendo arqueólogos e historiadores que chegou ate 32 pessoas e envolve a equipe de Arqueologia do IPHARJ ( Instituto de Pesquisa Historica e Arqueologica do Rio de Janeiro e empresa Terra Brasilis Arqueologia.
Continue lendo aqui.



História Medieval

História Medieval - Anais
O Laboratório de Estudos Medievais  e o Núcleo UFMG acaba de lançar os Anais do “Colóquio de História Medieval”, realizado entre os dias 8 e 11 de setembro de 2012 na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FAFICH) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). São 25 textos que abrangem temáticas diversas do medievo. Quem se interessar pode fazer o download do material clicando aqui. Entre os temas contemplados estão Santo Agostinho, dízimo, direito canônico, heresias, a Idade Média nos livros didáticos, entre outros.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

10 terríveis trabalhos romanos

Trabalho não é algo fácil de encontrar nos dias de hoje, não importa a área. A situação fica ainda mais complicada com a exigência de trabalho especializado. Este problema, no entanto, não ocorria antigamente, pois alguns trabalhos eram tão repulsivos que ninguém os queria – exceto a escória da sociedade que realmente não tinha nada a perder. Esta lista mostra dez deles. Esta lista foi extraída e adaptada do Listverse.

1- Nomenclator

Desenho de romanos conversando
nomenclator realizou um trabalho de vital importância. Ele era uma espécie de homem-agenda-calendário, que servia para lembrar nomes e eventos importantes. Hoje em dia, temos Iphones e Blackberries, entre outros dispositivos digitais, para armazenar os contatos que fazemos. No entanto, acho que todos já tiveram a experiência de conhecer alguém, anotar em papel o telefone, prometer contato mas, no dia seguinte, esquecer onde colocou o papel. Os romanos tinham um jeito muito melhor de lidar com isso. Eles arrastavam seus escravos para as festas, e forçavam eles a lembrar dos nomes e números.

2- Traficante de Escravos

Pintura de antigos traficantes de escravos
Traficante de escravos era alguém que vendia escravos – por negócios ou lazer. Geralmente, viajava atrás dos exércitos, com o objetivo de capturar os perdedores e vendê-los como escravos a gregos e romanos ricos. Ele, inclusive, comprava os filhos “indesejados” das famílias, com o objetivo de castrá-los e vendê-los como amantes a gregos e romanos ricos. Desta forma, fornecia uma alternativa de adoção aos pais que não queriam seus filhos. O lado ruim deste emprego (ironia) era que, geralmente, os traficantes de escravos eram assassinados por aqueles que não aprovavam a mercadoria.

3- Ornador

Pintura de um antigo ornador de cabelos
O trabalho de um cabeleireiro (ornador) é muitas vezes desprezado nos dias de hoje. E, antigamente, não era muito diferente. Mas, honestamente, um cabelereiro hoje deve apreciar seu trabalho, pois é muito melhor do que era há muitos séculos atrás. Imagine a cena: sua rainha imperial é loira, mas a moda é cabelos escuros e brilhantes. Se fosse hoje, a melhor solução seria colocar uma peruca decorativa. No entanto, não existia esta opção para o antigo ornador. Para dar ao cabelo da rainha o tom negro-abrilhantado, o ornador deveria usar uma mistura de bílis, sanguessugas podres e tintas de lula. Mas fica pior. Se a tal rainha fosse morena e quisesse uma tonalidade dourada para os cabelos, a mistura passava a ser cocô de pombo, cinzas e até xixi.

4- Virgem Vestal

Pintura de uma virgem vestal romana
“Procura-se fêmea, adolescente e virgem, para trinta anos de serviço. Deve ser romana, sem mutilações e não pode ser filha de escravos”. Aí está a descrição de uma virgem vestal. Estas atraentes e perfeitas garotas passavam trinta anos servindo Vesta, a deusa romana do fogo sagrado, da pira doméstica e da cidade. No templo, elas tinham que manter acesa a chama vestal e estavam em posição de grande honra – eram as únicas sacerdotisas da Roma Antiga. Agora, se alguma delas esquecesse, por distração, de alimentar a chama, seria flagelada (tipo de açoite) até sangrar. Se, neste intervalo de trinta anos, perdesse a virgindade, era enterrada viva. Pior ainda, se alguma virgem vestal preguiçosa deixasse, porventura, o fogo se apagar, não era apenas flagelada: deixar o fogo apagar tinha o significado simbólico de perder a virgindade. Assim, a pobre virgem, além de ser açoitada, era também enterrada viva!

5- Dentista

Antigo aparelho de dentista para arrancar dentes
Hoje, a odontologia é uma profissão respeitada e muito concorrida em vestibulares. Equipamentos modernos permitem cirurgias dentárias com alta precisão e o paciente pode manter uma higiene bucal relativamente decente, com a quantidade de produtos disponíveis no mercado. Agora, imagine a boca dos nossos ancestrais – que não tinham o hábito de escovar os dentes e comiam toda a sorte de alimentos estragados. Agora, imagine um deles com um grande abcesso, baita dor de dente, e ser o dentista que vai tratá-lo. Quem é fã de vinhos iria gostar, pois era usado como anestésico natural. Porém, quando a coisa piorava, eram necessárias medidas drásticas, como colocar ferro em brasa na gengiva e rechear o buraco carbonizado com peixe podre. É difícil dizer quem sofria mais: o dentista ou o paciente!

6- Fabricante de Vinhos

Tigela de fabricante de vinhos
Que trabalho poderia ser melhor do que fabricar vinhos – a colheita da uva nas primeiras horas, enquanto o orvalho ainda escorre das videiras, pisar a fruta com os pés, enquanto entoa lindas canções épicas, e, finalmente, após a fermentação, beber o delicioso néctar? Seria um ótimo trabalho, não fosse o fato do vinho ser, geralmente, contaminado com chumbo. Infelizmente, os romanos não sabiam dos riscos do chumbo, e geralmente adoçavam o vinho com esta substância química extremamente tóxica. Para piorar, ainda serviam o vinho em copos de chumbo.

7- Pregustador

Antigo bárbaro trabalhando como pregustador
pregustador era, em outras palavras, um provador de alimentos e vinhos. Ora, quem não desejaria ser pago para não fazer nada além de degustar os mais refinados quitutes das mesas imperiais? E a lista era vasta: pães temperados, patês, saladas exóticas e toda a sorte de carnes. Mas antes que a boca começe a salivar, há uma ressalva. Boa parte dos imperadores eram odiados, e muita gente queria vê-los mortos. E, naquela época, a melhor maneira de matar alguém sutilmente era através do envenenamento. Assim, é possível que os imperadores se deparassem com delícias envenenadas ao menos duas vezes durante seus reinados. Aí entrava em cena o pregustador, que abocanhava cada alimento antes do rei. E, se alguém no palácio iria morrer, provavelmente seria o pregustador.

8- Remador

Grupo de remadores romanos
A maioria de nós já passou pela experiência de frequentar uma academia para perder uns quilinhos. E, quem a frequenta regularmente, provavelmente já sentiu a dor que queima os músculos dos ombros e braços ao final de um treino puxado. No entanto, como pagamos a mensalidade, temos a opção de parar quando quisermos. O mesmo não ocorria com os pobres remadores das galés romanas. Primeiramente, porque eram escravos e forçados a remar. Segundo, porque a pausa para descanso não era uma opção inteligente, uma vez que implicava em açoite.

9- Depilador de Axilas

Pintura de um depilador de axilas romano
A questão aqui não é discutir se a depilação dos pêlos do suvaco causavam ou não dor ao depilado. A questão é falar de alguém que ganhava a vida fazendo este trabalho. Os antigos romanos adoravam esportes e os atletas treinavam dia após dia sob o sol, atentos à grande capacidade de seus pêlos reterem odores desagradáveis. Dessa forma, os homens – velhos ou novos – se submetiam à rotina de terem seus pêlos do suvaco cortados diariamente por um depilador de axilas. E nem precisa dizer que estes pobres depiladores lidavam com axilas extremamente cabeludas e mau cheirosas.

10- Delator

Judas fazendo o papel de delator de Cristo
Delator era o indivíduo que ganhava a vida dedurando outras pessoas. Por incrível que pareça, tinha gente que enriquecia desta forma, apesar de não ser considerado um “trabalho” oficial. Cada pequeno ou grande delito era dedurado. Se havia um pária social, odiado acima de tudo, era o delator. Alguns delatores eram extremamente criativos, pois eles eram pagos, independente da verdade por trás das acusações. O mais famoso deles foi, certamente, Judas Iscariotes.

BÔNUS: Gladiador

Gladiador romano na arena
Gladiadores eram lutadores escravos treinados na Roma Antiga. Eles se enfrentavam para entreter o público, e o duelo só terminava quando um deles morria, ficava desarmado ou ferido sem poder combater. Geralmente, lutavam para conquistar a liberdade, que só vinha depois de muitas lutas e dependia do bom humor do imperador. Havia certa glória em ser gladiador, e muitos desfrutavam de muita popularidade. Mas, sinceramente, qual era a probabilidade de sair vivo para contar esta história depois?

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Fotos impressionantes mostram crianças arriscando a vida pra ir pra escola

Fotos impressionantes mostram crianças arriscando a vida pra ir pra escola

E vc aí com preguiça de ir para a escola, né???



Enquanto enfrentamos o trânsito para nos locomover, crianças de várias partes do mundo 
arriscam suas vidas todos os dias para chegarem nas escolas.
No extremo do perigo e com longas distâncias percorridas, 
estas imagens mostram a necessidade junto à vontade de alunos 
e professores de quererem uma educação menos precária.

Todos os dias esses jovens andam por um caminho precário
em meio às encostas traiçoeiras com a dificuldade de passarem 
por lugares perto de penhascos que não passam de meio metro de largura. 
Em filas indianas, o caminho é longo podendo durar até 2 horas.
 
Em Sumatra, na Indonésia, há dois anos havia uma ponte segura para o deslocamento,
mas desde que a estrutura desabou, as pessoas são forçadas a atravessarem
a corda bamba que fica cerca de 10 metros do rio com forte correnteza.
E com as chuvas e tempestades, várias outras pontes foram danificadas.





















Em Sanghiang, outra aldeia da Indonésia, o caso se repete: uma ponte destruída
e 30 minutos de travessia arriscada. Neste caso, uma boa notícia: um dos maiores
produtores de aço do país, decidiram, junto à ONG´s, construir uma nova ponte.
Só não se sabe, ainda, o prazo de entrega.































Continuando na Indonésia, outro grupo de crianças optou fazer a travessia 
por aquedutos como um atalho. Mesmo que não tenha sido feito para caminhar,
elas preferiram mudar o trajeto do que percorrer 6 quilômetros
para ir à escola e mais 6 para voltar.





















No Nepal, as tirolesas são improvisadas com tábuas, cordas e polias.
Sem cintos de segurança, esta travessia já causou inúmeros acidentes durante décadas.
Mais uma vez há a promessa de ONG´s para a construção de pontes.






















Nas Filipinas, alunos do ensino fundamental usam uma câmara de pneu para atravessar um rio
e chegarem à uma escola remota, na província de Rizal – leste da capital Manila.
Os alunos tem que caminhar por cerca de uma hora e quando chove muito são obrigados
a passar a noite na casa de parentes e amigos.
A comunidade vem tentando convencer o governo local para construir uma ponte segura.
Enquanto isso, estudantes vietnamitas da 1ª à 5ª série tem que mergulhar no rio
para chegar às salas de aula de Trong Hoa – município de Minh Hoa.
A fim de manterem suas roupas e livros secos, os alunos colocam seus pertences
dentro de sacolas de plástico.
O rio tem cerca de 15 metros de largura e uns 20 de profundidade.










Children risking_20

Na Colômbia, crianças que vivem nas florestas também utilizam a tirolesa.
Única opção para o percurso. Os cabos de aço tem 800 metros de comprimento
e estão há 400 metros acima do Rio Negro.
Com uma velocidade de 50 quilômetros por hora o fotógrafo Christoph Otto
captou a imagem de Daisy Mora e seu irmão de 5 anos
– que é carregado dentro de um saco para fazer a travessia.






















Voltando à China, cerca de 80 crianças embarcam em uma jornada perigosíssima:
há mais de 200 quilômetros de altura na região de Xinjiang, elas arriscam as vidas passando,
também, por rios congelados e pontes altíssimas.
Como a viagem dura cerca de dois dias, as crianças acabam alojando-se perto da escola.























E, finalmente, uma imagem impressionante captada pelo fotógrafo Reuter Ammar,
em 2010. Durante confronto entre israelenses e palestinos,
uma garotinha é vista caminhando em direção à sua escola ‘despreocupada’
com a violência ao redor.
Essas perspectivas fazem-nos pensar e refletir quando nossas crianças 
lamentam-se de terem que ir para a escola. 
Nas situações apresentadas acima, não é só uma livre vontade de estudar, 
mas sim, uma necessidade de conhecimento, troca, convivência e aprendizado. 
Uma ânsia sem limites de aprender a escola da vida.

SOLIDARIEDADE NA MAÇONARIA

  SOLIDARIEDADE NA MAÇONARIA Ednardo Sousa Bezerra Júnior.´. “É fácil amar os que estão longe. Mas nem sempre é fácil amar os que vivem ao n...