A humanização no tratamento estimula os idosos a adquirir ganhos psíquicos, físicos e comportamentais
Além de amigo fiel, o cão também pode ser um grande aliado no combate ao sedentarismo e aos quadros de depressão, principalmente na terceira idade. A poodle Aninha e a shih-tzu Lua não fogem à regra. São elas que ajudam as idosas atendidas pela Psicoterapia Assistida por Cães, projeto voluntário desenvolvido há cerca de dois anos na Casa de Nazaré.
A poodle Aninha faz a alegria das idosas assistidas na Casa de Nazaré FOTO: WALESKA SANTIAGO / AGÊNCIA DIÁRIO
As atividades vão muito além da diversão de brincar com os animais, pois promovem estímulos comportamentais, físicos e psíquicos que auxiliam as idosos durante as tarefas do cotidiano. É o que explica a psicóloga Ingrid Coelho, voluntária da instituição (localizada no bairro do Montese), que realiza ações no cuidado com idosos há 72 anos.
São alongamentos, danças e exercícios que envolvem psicomotricidade e coordenação motora, além de promover melhorias na autoestima e autonomia das cerca de 15 idosas que participam atualmente das atividades. "Os benefícios da interação homem e animal são expressivos. Cada atividade tem um objetivo específico".
Exercícios e interação
Durante a terapia, todo tipo de estímulo é válido, mas sempre alinhando exercícios de postura e alongamento. A princípio, poderia ser mais uma atividade monótona e cansativa, mas com o auxílio das cadelas Aninha e Lua, todas as posturas são realizadas de forma agradável e lúdica.
"As idosas gostam muito de se movimentar e isso faz bem. Se fosse apenas uma roda de conversa ou uma ginástica, talvez as idosas não tivessem tanto interesse e nós não atingiríamos nosso propósito. Com os animais, tudo se torna mais divertido", conta a psicóloga.
Vazio afetivo
A questão da afetividade é outro ponto importante dessa terapia. Narriman Borges, pedagoga, condutora e adestradora de cães terapeutas pelo Instituto Nacional de Ações e Terapias Assistidas por Animais (Inataa), lembra que a maioria das moradoras da Casa de Nazaré teve os vínculos familiares rompidos e que poucas recebem visitas.
Ao interagir com os cães, as idosas se sentem mais acolhidas e aliviam o vazio afetivo. "O vínculo que elas criaram com as cadelas é muito evidente. Elas brincam, abraçam e beijam. Por isso que o dia da terapia é tão esperado. É possível perceber que entre elas, Aninha e Lua, existe um amor incondicional", reconhece Narriman Borges que também é especialista em Terapia Assistida por Animais pela Universidade Santo Amaro (SP).
O projeto desenvolvido na Casa de Nazaré foi apresentado este ano em dois congressos, ambos em Fortaleza: o 8º Congresso Norte/Nordeste de Psicologia, em maio; e o VII Congresso Norte-Nordeste de Geriatria e Gerontologia: Desafios do envelhecimento: atividade, autonomia e qualidade de vida (realizado em junho).
Além de amigo fiel, o cão também pode ser um grande aliado no combate ao sedentarismo e aos quadros de depressão, principalmente na terceira idade. A poodle Aninha e a shih-tzu Lua não fogem à regra. São elas que ajudam as idosas atendidas pela Psicoterapia Assistida por Cães, projeto voluntário desenvolvido há cerca de dois anos na Casa de Nazaré.
A poodle Aninha faz a alegria das idosas assistidas na Casa de Nazaré FOTO: WALESKA SANTIAGO / AGÊNCIA DIÁRIO
As atividades vão muito além da diversão de brincar com os animais, pois promovem estímulos comportamentais, físicos e psíquicos que auxiliam as idosos durante as tarefas do cotidiano. É o que explica a psicóloga Ingrid Coelho, voluntária da instituição (localizada no bairro do Montese), que realiza ações no cuidado com idosos há 72 anos.
São alongamentos, danças e exercícios que envolvem psicomotricidade e coordenação motora, além de promover melhorias na autoestima e autonomia das cerca de 15 idosas que participam atualmente das atividades. "Os benefícios da interação homem e animal são expressivos. Cada atividade tem um objetivo específico".
Exercícios e interação
Durante a terapia, todo tipo de estímulo é válido, mas sempre alinhando exercícios de postura e alongamento. A princípio, poderia ser mais uma atividade monótona e cansativa, mas com o auxílio das cadelas Aninha e Lua, todas as posturas são realizadas de forma agradável e lúdica.
"As idosas gostam muito de se movimentar e isso faz bem. Se fosse apenas uma roda de conversa ou uma ginástica, talvez as idosas não tivessem tanto interesse e nós não atingiríamos nosso propósito. Com os animais, tudo se torna mais divertido", conta a psicóloga.
Vazio afetivo
A questão da afetividade é outro ponto importante dessa terapia. Narriman Borges, pedagoga, condutora e adestradora de cães terapeutas pelo Instituto Nacional de Ações e Terapias Assistidas por Animais (Inataa), lembra que a maioria das moradoras da Casa de Nazaré teve os vínculos familiares rompidos e que poucas recebem visitas.
Ao interagir com os cães, as idosas se sentem mais acolhidas e aliviam o vazio afetivo. "O vínculo que elas criaram com as cadelas é muito evidente. Elas brincam, abraçam e beijam. Por isso que o dia da terapia é tão esperado. É possível perceber que entre elas, Aninha e Lua, existe um amor incondicional", reconhece Narriman Borges que também é especialista em Terapia Assistida por Animais pela Universidade Santo Amaro (SP).
O projeto desenvolvido na Casa de Nazaré foi apresentado este ano em dois congressos, ambos em Fortaleza: o 8º Congresso Norte/Nordeste de Psicologia, em maio; e o VII Congresso Norte-Nordeste de Geriatria e Gerontologia: Desafios do envelhecimento: atividade, autonomia e qualidade de vida (realizado em junho).
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