Profº Ednardo Sousa Bezerra Júnior
A
Maçonaria é uma instituição antiga, repleta de símbolos e tradições que
atravessaram séculos. Essa herança é o que lhe dá identidade, força e
permanência. Mas, ao mesmo tempo, é preciso reconhecer que o mundo mudou e
continua mudando em um ritmo acelerado. Diante disso, surge a pergunta: como a Maçonaria pode continuar viva e
relevante sem perder a sua essência?
Modernizar
não é romper com o passado, mas sim reinterpretá-lo
à luz dos novos tempos. Durante muito tempo, as mudanças dentro
da Ordem se limitaram a ajustes nos rituais ou na administração. Esse modelo
funcionou no passado, mas hoje já não basta. Vivemos em um mundo conectado,
diverso, tecnológico e repleto de novos desafios sociais e culturais. Se a
Maçonaria quiser continuar sendo um espaço de reflexão e crescimento humano,
precisa se abrir a essas transformações.
Isso
significa, por exemplo, usar
melhor a comunicação digital não para expor segredos, mas para mostrar à
sociedade a importância de valores como fraternidade, liberdade e
solidariedade. Significa também acolher
a diversidade, permitindo que pessoas de diferentes gerações,
culturas e trajetórias possam encontrar na Maçonaria um espaço de diálogo e
aprendizado.
Outro
caminho é reforçar a presença
social da Ordem. A Maçonaria sempre teve em sua essência o
compromisso de contribuir para uma sociedade mais justa. Hoje, isso pode se
traduzir em projetos comunitários, ações educativas e iniciativas de
solidariedade que mostrem, na prática, que os princípios defendidos em loja
também se realizam no mundo lá fora.
Modernizar,
portanto, não é abandonar os rituais, os símbolos ou as tradições. Pelo
contrário: é garantir que
eles continuem tendo sentido para as novas gerações. É dar vida
ao que já existe, adaptando a linguagem sem perder a mensagem.
Em
um mundo de tantas mudanças, a Maçonaria tem diante de si uma oportunidade
única: mostrar que seus valores, mesmo antigos, são atemporais e continuam
sendo faróis para a construção de um futuro mais humano e fraterno.
Para
refletir
Referências
“A
tradição não é adoração às cinzas, mas a preservação do fogo.” — Gustav Mahler
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