quinta-feira, 28 de julho de 2011

Realidade aumentada e outras novidades

Interação entre realidade física e virtual é aposta de cientistas para aprimorar o processo de ensino-aprendizagem

Quem viver verá: em um futuro próximo, batalhas, personagens e acontecimentos marcantes da história irão literalmente sair dos livros didáticos, misturando-se a realidade imediata dos estudantes e professores. Pelo menos é isso o que garante cientistas em ciência da computação. O que parece coisa de ficção científica nada mais é do que uma tecnologia que vem despertando o interessa na área educacional: a realidade aumentada (RA).

Em linhas gerais, a chamada realidade aumentada é uma tecnologia relativamente simples que integra objetos virtuais ao ambiente físico. Segundo o site www.realidadeaumentada.com.br, esta criação “aplica-se em todos os sentidos humanos e proporciona ao usuário uma interação segura, sem necessidade de treinamento, uma vez que ele pode trazer para o seu ambiente real objetos virtuais, incrementando e aumentando a visão que ele tem do mundo real. Isto é obtido por meio de técnicas de Visão Computacional e de Computação Gráfica/Realidade Virtual, o que resulta na sobreposição de objetos virtuais com o ambiente real. Considerando o sentido da visão, além de permitir que objetos virtuais possam ser introduzidos em ambientes reais, a Realidade Aumentada também proporciona ao usuário o manuseio desses objetos com as próprias mãos, possibilitando uma interação natural e atrativa com o ambiente".

A realidade aumentada ainda é uma tecnologia experimental. Está apenas em seu começo. No entanto, os especialistas em educação acreditam que em breve suas aplicações no ensino e na aprendizagem tornarão as aulas mais ricas, dinâmicas e lúdicas. Pensando nas aulas de história, a idéia é convidar o aluno a tomar parte em um mundo do qual ele nunca viveu, tocou ou experimentou. Isso é fundamental para uma área cujo objeto de estudo não existe concretamente. Além de ilustrar com propriedade conteúdos curriculares, a realidade aumentada pode criar novas técnicas para inclusão do aluno, para o seu envolvimento com as matérias estudadas, para a interação com outros colegas e professores.

Discutindo a realidade aumentada

Enquanto os cientistas trabalham para desenvolver a tecnologia da RA, as discussões filosóficas já começaram. No último dia 20 de julho, o tema foi discutido no evento “Oi Cabeça”, no Rio de Janeiro. Na ocasião, palestraram Daniel Gelder (Metaio) e Rogério da Costa (Laboratório de Estudos em Inteligência Coletiva e Biopolíticas – PUC-SP). Os dois discutiram as mudanças de concepção quando o muro que separa virtual e real desmorona, tornando-se apenas uma questão de gradação, como se aumenta ou diminui o volume de uma música.

Mas quem perdeu, não precisa se preocupar. Com curadoria de Heloisa Buarque de Hollanda e Cristiane Costa, professoras da Escola de Comunicação da UFRJ, O “Oi Cabeça” acontece todo mês, até o próximo mês de dezembro. E não fala apenas de realidade aumentada, mas também de outras novidades tecnológicas.

Ao longo dos próximos meses, o projeto abrirá um espaço importante no debate intelectual, trazendo para o Brasil outros grandes pensadores, como o filósofo Pierre Lévy, radicado no Canadá, e a pesquisadora americana Janet Murray. “O Oi Cabeça vai produzir um diálogo entre pensadores internacionais de ponta e criadores nacionais em busca de algumas respostas à pergunta: até onde pode ir a literatura antes de se tornar uma nova arte, baseada num novo suporte?”, explica Cristiane Costa em entrevista ao site do Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC), do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ.

Confira a programação:

25/08 – 19h30
“O poder da palavra na cibercultura”
Pierre Levy (Universidade de Ottawa Canadá) e Gilberto Gil

21/09 – 19h30
“Literatura expandida”
Janet Murray (Hamlet no Holodeck) e Cristiane Costa (Programa Avançado de Cultura Contemporânea – UFRJ)

19/10 – 19h30
“Os novos gêneros e-literários”
Robert Coover (ELO – Eletronic Literature Organization) e Giselle Beiguelman (O livro depois do livro)

16/11 – 19h30
“Personagens, estratégias narrativas e engajamento nos games”
Ian Bogost (MIT – Newsgames) e Arthur Protasio (Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV-RJ)

7/12 – 19h30
Labfest

O Oi Futuro fica na Rua Dois de Dezembro, 63 – Flamengo. A entrada é franca.


segunda-feira, 11 de julho de 2011

Simpósio Nacional de História 2011

São Paulo sedia o maior evento acadêmico de história do país e número de inscritos reflete o bom momento vivido pela história atualmente


Entre os dias 17 e 21 de julho de 2011, acontece na cidade de São Paulo, o aguardado XXVI Simpósio Nacional de História. O evento será realizado nas dependências do campus da Universidade de São Paulo (USP), uma das universidades mais importantes da América Latina, e marcará as comemorações dos 50 anos de existência da entidade promotora do evento, criada em 1961 na cidade de Marília sob o nome de Associação Nacional dos Professores de História (ANPUH). Transformada atualmente em Associação Nacional de História, a ANPUH se tornou uma referência para os profissionais da área de história, inclusive para aqueles que atuam no ensino fundamental e médio, e nas instituições voltadas ao patrimônio histórico. Os preparativos e os números que envolvem o Simpósio Nacional de História de 2011 dão a dimensão do tamanho que a entidade adquiriu nos dias atuais


No total, serão realizados 130 simpósios temáticos, nos quais serão apresentados centenas de trabalhos de pesquisa de graduandos, mestrandos e doutorandos. Cada simpósio temático gira em torno de um eixo temático e temporal. Educação, História do Tempo Presente, Império Português, América Espanhola e Memória são alguns dos mais de cem simpósios que aceitaram inscrições no primeiro semestre. 

O evento da ANPUH, no entanto, conta com outros espaços de discussão. É o caso dos mini-cursos, das mesas-redondas e das conferências, além de lançamento de livros e fóruns de pós-graduação. Dentre os vários especialistas confirmados para o evento deste ano, estão nomes como o de Sidnwy Chalhoub (UNICAMP), Carlos Fico (UFRJ), Jorge Nóvoa (UFBA), Luiz Felipe de Alencastri (Pairs IV, Sorbone), François Hartog (EHESS-Paris), Edgar Salvadori de Decca (UNICAMP), james Green (Brown University), Danise Rollenberg (UFF) e Maria Lima (UFMS).

O tamanho do evento organizado pela Associação Nacional de História é tão grandioso que nos últimos anos chegou até mesmo a receber algumas críticas. Essas críticas em sua maioria apontam para o excesso de mesas e discussões acontecendo ao mesmo tempo, o número exagerado de simpósios temáticos, o custo para participação no evento e, sobretudo, a pulverização do público diante das múltiplas possibilidades. 

As críticas, entretanto, não diminuíram o prestígio que o evento. A edição de 2011 pode receber mais de duas mil pessoas, entre ouvintes e apresentadores de trabalhos. A procura foi tanta que na última semana para envio de artigos completos o servidor de toda a ANPUH caiu, o que exigiu uma reprogramação por parte dos organizadores. Em última instância, esta intensa procura mostra o interesse que a história vem despertando nos últimos anos no Brasil, ao lado de uma série de outros sinais, como a multiplicação de revistas especializadas, o aumento do número de curso de graduação e pós-graduação, filmes, peças de teatro e outros produtos culturais que colocam a história no centro das atenções. 

E você, participará desta edição da ANPUH nacional, em São Paulo? Participe do fórum que abrimos no Café História. Nele, você pode dizer quais são as suas expectativas e o título de seu trabalho. 

Veja a programação completa e outras informações sobre o Simpósio, clicando aqui.



sexta-feira, 1 de julho de 2011

Governo lança Plano Nacional e promete banda larga a R$ 35 por mês

Os padrões mínimos de qualidade ainda não foram definidos, mas a Agência Nacional de Telecomunicações prometeu criar metas e regras para que o serviço funcione direito.

 O governo lançou o Plano Nacional de Banda Larga. É promessa de acesso mais barato na internet para quase 12 milhões de brasileiros. Banda larga a R$ 35 por mês. Segundo o governo, metade do que é cobrado hoje.
Tem uma tarefa da faculdade que o estudante Jonathas de Morais não consegue fazer em casa: pesquisa. Ele até tem computador, mas não internet. “Eu não tenho em casa por ser uma questão muito cara, mas ela faz muita falta no meu dia a dia, principalmente para conversar com meus amigos e questões também de trabalho de escola”, conta o estudante.
Pelo mesmo motivo, o preço, só 27% das famílias brasileiras estão conectadas. Mas vai ficar mais barato ter um plano de internet. O custo será de R$ 35 por mês. Pelas contas do governo, é metade do peço atual. “Caindo o preço dá para a gente ter uma internet em casa agora”, comemora a dona de casa Maria Aparecida.
Esse valor é para internet com 1 megabit de velocidade por segundo. Não é muito rápida, mas dá para assistir a vídeos e baixar arquivos. As empresas pediram um prazo para oferecer o plano: três meses. O garçom Davi Gonçalves tem uma preocupação: a qualidade do serviço. Ele tem internet em casa, mas diz que a conexão cai o tempo todo.
“Aqui no Brasil a gente sempre teve que pagar muito caro para ter alguma coisa boa, já que o governo tem essa proposta de às vezes oferecer uma coisa mais barata que venha pelo menos com um serviço decente”, diz Davi.
O governo ainda não definiu padrões mínimos de qualidade, mas a Agência Nacional de Telecomunicações prometeu criar metas e regras para que o serviço funcione direito. “Com o regulamento de qualidade, a Anatel vai fiscalizar e vai inclusive punir quem não cumprir os mínimos de qualidade que forem definidos”, garantiu o ministro das Comunicações Paulo Bernardo.
É preciso deixar claro, por exemplo, quantas pessoas vão poder acessar a internet ao mesmo tempo sem provocar falhas na conexão. Para o professor de engenharia elétrica da Universidade de Brasília (UnB), Ricardo Puttini, as empresas têm um desafio:
“Hoje a gente está realmente bastante atrasado, a gente tem um déficit bastante grande de infraestrutura e isso é um problema que precisa ser resolvido”, opina.

A meta do governo é levar a internet banda larga para 70% dos brasileiros, até 2014.
   

FONTE:http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/07/governo-lanca-plano-nacional-e-promete-banda-larga-r-35-por-mes.html

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