O diário da primeira viagem de Vasco da Gama à Índia, de 1497 a 1499, está entre os 84 pedidos de inscrição no Registo da Memória do Mundo, que serão analisados pela UNESCO entre 18 e 21 de Junho deste ano.
Café Portugal/Lusa | terça-feira, 11 de Junho de 2013
Os pedidos serão analisados pelo Comité Internacional do Programa Memória do Mundo, que se reúne, em Gwangju, na Coreia do Sul.
O Comité faz as recomendações, cabendo depois a decisão de classificação à directora-geral da UNESCO, Irina Bokova.
Propriedade da Biblioteca Municipal do Porto, o original do diário da viagem de Vasco da Gama à Índia, em 1497, é atribuído a Álvaro Velho, do Barreiro, e esteve exposto naquela biblioteca em 2008. A Faculdade de Letras da Universidade do Porto disponibiliza-o online, na colecção Gâmica da Biblioteca Digital, numa leitura crítica do investigador José Marques.
O texto «fornece testemunho da viagem marítima pioneira (…), um dos momentos decisivos que mudaram o curso da história», refere o texto, na lista de pedidos à UNESCO.
Criado em 1997 para proteger o património documental mundial, o Registo Memória do Mundo integra actualmente 245 itens, três dos quais são portugueses e fazem parte do Arquivo Nacional da Torre do Tombo (ANTT).
São estes a carta de Pêro Vaz de Caminha ao rei de Portugal D. Manuel I (Terra de Vera Cruz, Brasil, 1 de Maio de 1500), sobre a chegada ao Brasil, o Tratado de Tordesillas (versão castelhana), de 7 de Junho de 1494, e um conjunto de 83.212 documentos (1161-1699), cujo interesse, segundo o ANTT, «reside na informação e esclarecimento sobre as relações entre os europeus, sobretudo as dos portugueses com os povos africanos, asiático e latino-americanos».
Na reunião do comité da UNESCO será analisada também a inclusão no registo do arquivo do arquitecto Oscar Niemeyer (com 8.927 documentos) e de documentos relativos às viagens do imperador D. Pedro II no Brasil e no exterior, pedidos pelo Brasil, assim como da colecção de documentos audiovisuais de Max Stahl, sobre o nascimento da nação de Timor-Leste.
A colecção de manuscritos originais da juventude de Ernesto ‘Che’ Guevara, o património do Festival de Jazz de Montreux, o conjunto de testemunhos do museu do Holocausto em Israel e a colecção de manuscritos do Corão mameluco, da Biblioteca Nacional do Egito, são outros documentos que poderão ser classificados pela UNESCO.
Café Portugal/Lusa | terça-feira, 11 de Junho de 2013
Os pedidos serão analisados pelo Comité Internacional do Programa Memória do Mundo, que se reúne, em Gwangju, na Coreia do Sul.
O Comité faz as recomendações, cabendo depois a decisão de classificação à directora-geral da UNESCO, Irina Bokova.
Propriedade da Biblioteca Municipal do Porto, o original do diário da viagem de Vasco da Gama à Índia, em 1497, é atribuído a Álvaro Velho, do Barreiro, e esteve exposto naquela biblioteca em 2008. A Faculdade de Letras da Universidade do Porto disponibiliza-o online, na colecção Gâmica da Biblioteca Digital, numa leitura crítica do investigador José Marques.
O texto «fornece testemunho da viagem marítima pioneira (…), um dos momentos decisivos que mudaram o curso da história», refere o texto, na lista de pedidos à UNESCO.
Criado em 1997 para proteger o património documental mundial, o Registo Memória do Mundo integra actualmente 245 itens, três dos quais são portugueses e fazem parte do Arquivo Nacional da Torre do Tombo (ANTT).
São estes a carta de Pêro Vaz de Caminha ao rei de Portugal D. Manuel I (Terra de Vera Cruz, Brasil, 1 de Maio de 1500), sobre a chegada ao Brasil, o Tratado de Tordesillas (versão castelhana), de 7 de Junho de 1494, e um conjunto de 83.212 documentos (1161-1699), cujo interesse, segundo o ANTT, «reside na informação e esclarecimento sobre as relações entre os europeus, sobretudo as dos portugueses com os povos africanos, asiático e latino-americanos».
Na reunião do comité da UNESCO será analisada também a inclusão no registo do arquivo do arquitecto Oscar Niemeyer (com 8.927 documentos) e de documentos relativos às viagens do imperador D. Pedro II no Brasil e no exterior, pedidos pelo Brasil, assim como da colecção de documentos audiovisuais de Max Stahl, sobre o nascimento da nação de Timor-Leste.
A colecção de manuscritos originais da juventude de Ernesto ‘Che’ Guevara, o património do Festival de Jazz de Montreux, o conjunto de testemunhos do museu do Holocausto em Israel e a colecção de manuscritos do Corão mameluco, da Biblioteca Nacional do Egito, são outros documentos que poderão ser classificados pela UNESCO.
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