sexta-feira, 26 de julho de 2013

Museu celebra 25 anos contando a história da vida do planeta Terra

Equipamento se tornou referência em todo o mundo nos estudos científicos da Paleontologia


Santana do Cariri. Considerado o maior espaço de salvaguarda de fósseis do período cretáceo do hemisfério sul, o Museu de Paleontologia de Santana do Cariri completa 25 anos. O local se tornou referência mundial na pesquisa paleontológica e já atraiu pesquisadores de todos os continentes, além de visitantes. Desde que foi inaugurado, já recebeu cerca de 320 mil pessoas, tendo se tornado o segundo espaço de visitação turística, depois do monumento do Horto, no Padre Cícero, no Cariri. O museu está inserido na área do Geopark Araripe como equipamento de maior destaque do projeto.

Uma alvorada com banda de música abriu os festejos na sede do município Fotos: Elizângela Santos
São quase 10 mil peças no museu, e 1.500 delas estão expostas para os visitantes. Por conta do grande potencial fossilífero da região da Bacia Sedimentar do Araripe, o Museu de Paleontologia, criado pela prefeitura de Santana do Cariri e, posteriormente, cedido à Universidade Regional do Cariri (Urca), passou por duas grandes reformas e ampliações, para adequar o espaço à coleção de peças das mais variadas espécies de animais pré-históricos, a exemplo dos pterossauros e dinossauros, aos vegetais e invertebrados. A última delas houve investimento de quase R$ 1 milhão, para a modernização do espaço e sua ampliação.

Educação
A comemoração dos 25 anos foi aberta na manhã de ontem, com o Simpósio Científico de Paleontologia, pela reitora da Urca, professora Otonite Cortez, que destacou a importância histórica e científica do museu, além do grande potencial turístico, econômico e social que representa para a cidade e a região.

"É o espaço de educação popular, onde as pessoas têm acesso a um material que conta a história da vida no planeta", diz. Ela esteve representando o secretário da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), René Barreira.

O museu foi criado em Santana do Cariri pelo sociólogo e ex-reitor da Urca, professor Plácido Cidade Nuvens, quando era prefeito da cidade, e atualmente está como coordenador do espaço, onde há a presença de 12 monitores mirins, capacitados para prestar esclarecimentos ao público que visita o museu sobre história e a importância das peças. Ele chegou a receber prêmios pela a criação do espaço, no centenário da cidade de Santana do Cariri, a exemplo do Sereia de Ouro, do Sistema Verdes Mares, e o Rodrigo de Melo Franco, do Ministério da Cultura (Minc).

O museu recebeu homenagem, em maio deste ano, pela passagem dos seus 25 anos, na Assembleia Legislativa do Estado. O Município de Santana do Cariri também recebeu do Legislativo estadual o título de "Capital da Paleontologia"´.

Mesmo sendo um grande atrativo para os pesquisadores, possibilitando o fortalecimento do turismo científico na região, o local recebe visitações diárias de estudantes de instituições da região e de vários estados do Brasil. Já registrou a passagem de turistas de todos os continentes do planeta. Os principais registros, inclusive de reportagens que proporcionou até os dias atuais, estão expostos em uma sala que expõe a própria história do equipamento. As pesquisas relacionadas aos fósseis no âmbito do Araripe foram iniciadas ainda no século XIX.

Para Plácido Cidade Nuvens, os 25 anos do Museu representam apoio e subsídio que a região oferece aos pesquisadores, e eles correspondem, porque ao longo desses anos já existem vários holótipos, unidades através das quais foram descobertas novas espécies e isso, conforme o coordenador, significa a valorização do museu. "O espaço que possui esse material tem prestígio, porque cada pesquisador tem que vir conhecer", afirma. Estudiosos, como Alex Kellner, com pesquisas relacionadas aos pterossauros; Diógenes de Almeida Campos, com os dinossauros; e Paulo Brito, com os peixes, segundo o professor Plácido, foram paleontólogos que fortaleceram o museu como centro de pesquisa e visitação.

Uma das grandes contribuições do museu, segundo o professor Plácido, foi possibilitar o controle da saída ilegal dos fósseis. "Havia uma sangria desatada, muito contrabando dos fósseis da nossa Chapada", diz ele, ao acrescentar que hoje se tem a alegria dos peixeiros, que antes vendiam as peças, trazerem para o museu as novidades e isso reforça o valor científico.

Para o professor Álamo Feitosa, que abriu o evento com palestra com Pesquisa Paleontológica da Bacia do Araripe - Estado da Arte , o museu é um formador de opinião e desperta vocações, não apenas na área da paleontologia, mas nas artes, conservação, defesa do ambiente e dos recursos naturais renováveis e não renováveis, além de criar uma identidade regional.

"Nós éramos acusados pelos estrangeiros de não termos um espaço adequado, hoje permeado de holótipos. Temos onde guardar esse material, no mesmo nível de outras instituições da área", afirma.

A Bacia do Araripe é atualmente um dos locais de incidência dos répteis voadores, visados para estudos no mundo e onde foram encontrados os mais antigos pterossauros. Em março deste ano, foi apresentado no Museu Nacional do Rio de Janeiro, o mais recente deles, o ´Tropeognathus mesembrinus´. Para a comunidade científica mundial, o pterossauro foi encontrado em 2011, durante a maior escavação controlada do Nordeste, que está sendo realizada na região.

Mais informações:Geopark Araripe
Universidade Regional do Cariri (Urca)
Carolino Sucupira, S/N
Telefone (88) 3102.1237


quinta-feira, 25 de julho de 2013

12 Motivos para casar com um Historiador



1. Nunca vai faltar assunto.
Historiador sempre tem uma história pra contar, é legal quando você tem um “figura” do seu lado que tem a cabeça ampla pra as mais diferentes conversas, assuntos, papos, e uma opinião formada mesmo daquilo, ele nunca terá problemas em ser “social” mesmo que seja tímido, tem papo pra tudo.
O único problema é quando o historiador contrariar sua família toda naquele almoço de domingo dizendo que tudo que todo mundo disse tá absolutamente errado e estragar o almoço err…

2. Ele dificilmente irá julgar sua família, amigos, etc…
Estudamos todo tipo de civilizações e forma de viver dos seres humanos, então é mais fácil a gente se surpreender com eventos naturais óbvios do que com os “complexos” seres humanos, pra estudar todo tipo de forma de vida de um ser humano é necessário tentar compreender aquele estilo de vida.
Também jamais irá julgar você pela aparência, ainda mais se ele for fã da teoria da sociedade da imagem.
Então, por consequência quebramos preconceitos, se você namora um historiador fica tranquilo quanto a aquele primo anti-cristo, aquele amigo esquisito, normalmente nunca será julgado, agora quanto a parte de tirar sarro, er não garanto.

3. Todo tipo de regra imposta o historiador normalmente não dá a mínima.
Então se sua preocupação era quanto a onde vai ser o casamento, se você foi “crismada” ou não, que seja, pro historiador é o de menos, ele se importa com tudo menos com os esteriótipos, isso se ele não tiver umaalergia a catolicismo, então naturalmente o importante é que a união dê certo, então ele fará de tudo para que a união mesmo dê certo e dificilmente irá se importar com o preconceito do povo.

4. Se você acredita em outras vidas, o historiador já está pagando sua dívida.
Porque provavelmente ele é professor, então todos os atos ruins da vida passada provavelmente ele já está resgatando como uma boa pessoa.

5. Você será trocado, mas fique tranquilo.
Será no máximo por um livro do Karl Marx ou do Max Weber.

6. No natal, aniversário, dia dos namorados, etc, você não terá problemas em presenteá-lo.
Você sabe que se você der aquele livro que ele tava querendo DAQUELE AUTOR que ele adora provavelmente ele vai ter orgasmos múltiplos de felicidade.
Ou então dê uma estatuazinha do deus Osíris, ou de Afrodite, qualquer coisa relacionada a mitologia que vai ter um ar de “uma pessoa que ama história mora por aqui” também é legal.

7. Ele tem pose de nerd mas isso não quer dizer que seja um.
E principalmente não quer dizer que ele seja certinho, quanto mais se estuda a humanidade menos afim de ser correto nos padrões da sociedade você fica, ele pode ser um capeta, mas tem aquela cara de pessoa certinha e esforçada, o que te poupa explicações, e ele sabe muito bem o que é ridículo pra sociedade e vai te poupar de certas vergonhas alheias.

8. Até os programas de índio vão ser interessantes pra ele.
Nada mais legal do que sentir na pele o que é ser uma sociedade livre do estado, sem regras, sem leis, sem naaada.

10. Não sabe em quem votar na eleição, pede um palpite pra ele!
Só não espere que ele vá sugerir que você vote em partido de direita, aliás se você votar em partido de direita será um motivo pra união ser questionada.

11. Ele pode parecer revoltado, anarquista, socialista, mas no fundo ele só quer o bem de todos.
Então você jamais estará do lado de uma pessoa individualista, pois como estudante de humanas ele sempre pensará no todo e não somente nele mesmo.

12. Quanto mais você estuda, mais medo de falar bobagem você tem.
Então pode contar com ele na hora de jogar na roda aquele assunto difícil, aquela lavação de roupa suja, normalmente ele vai ser bem cauteloso com as palavras, a não ser que você tenha testado demais o santo dele, ai eu já não garanto afinal, fazer história não é como fazer letras não é minha gente?

Café Miossi

Normas da ABNT para a Elaboração de Trabalhos Acadêmicos 2013


As Normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), tem  como objetivo a padronização na elaboração de trabalhos acadêmicos (TCC, dissertações, teses, artigos e pôsteres). Lidar com essas normas é comum na vida acadêmica, universitária e de alguns cursos técnicos, porém sua aplicação demanda tempo e paciência. Encontrar tais Normas disponíveis de forma organizada na internet é um ponto negativo considerável e o outro é a constante adequação destas Normas de acordo com a sua necessidade. O primeiro obstáculo está resolvido nesta postagem na qual elas estão compiladas. Já o segundo depende exclusivamente da dedicação e vontade de fazer um trabalho padrão, zelando pela qualidade e consequentemente uma aprovação teórica do conteúdo.

Para visualizar e baixar a Norma basta clicar no título correspondente:
  • ABNT NBR 15287 de 2006 – Projeto de Pesquisa
  • Estabelece os princípios gerais para apresentação de projetos de pesquisa.

  • ABNT NBR 14724 de 2011 – Trabalhos Acadêmicos
  • Especifica os princípios gerais para a elaboração de trabalhos acadêmicos (teses,  dissertações e outros), visando sua apresentação à instituição (banca, comissão examinadora de professores, especialistas designados e/ou outros) e aplica-se, no que couber, aos trabalhos acadêmicos e similares, intra e extraclasse.
  • ABNT NBR 6027 de 2012 – Sumário (Observação: este link fará o download automático do arquivo)
  • Especifica os princípios gerais para a elaboração de sumários em qualquer tipo de documento.
  • ABNT NBR 6024 de 2012 – Numeração progressiva das seções de um documento
  • Especifica os princípios gerais de um sistema de numeração progressiva das seções de um documento, de modo a expor em uma sequência lógica o inter-relacionamento da matéria e permitir sua localização. Se aplica à redação de todos os tipos de documentos, independentemente do seu porte, com exceção daqueles que possuem sistematização própria (dicionários, vocabulários, etc.) ou que não necessitam de sistematização (obras literárias em geral).
  • ABNT NBR 6023 de 2002 – Referências
  • Estabelece os elementos a serem incluídos em referências; fixa a ordem dos elementos das referências e estabelece convenções para transcrição e apresentação da informação originada do documento e/ou outras fontes de informação; destina-se a orientar a preparação e compilação de referências de material utilizado para a produção de documentos e para inclusão em bibliografias, resumos, resenhas, recensões e outros; não se aplica às descrições usadas em bibliotecas, nem as substitui.
  • ABNT NBR 6034 de 2004 – Índice
  • Estabelece os requisitos de apresentação e os critérios básicos para a elaboração dos índices. Ela aplica-se, no que couber, aos índices automáticos.
  • ABNT NBR 12225 de 2004 – Lombada
  • Estabelece os requisitos para a apresentação de lombadas e aplica-se exclusivamente a  documentos em caracteres latinos, gregos ou cirílicos. Tem por finalidade oferecer regras para a apresentação de lombadas para editores, encadernadores, livreiros, bibliotecas e seus clientes e aplica-se, no que couber, a lombadas de outros suportes (gravação de vídeo, gravação de som etc.).

MORRE CANDEEIRO, ÚLTIMO CANGACEIRO DE LAMPIÃO


Morreu nesta quarta-feira (24/07/2013) o último cangaceiro do bando de Lampião, Manoel Dantas Loiola, de 97 anos, mais conhecido como Candeeiro. Ele faleceu na madrugada de hoje no Hospital Memorial de Arcoverde onde estava internado desde a semana passada, após sofrer um derrame. O sepultamento está marcado para as 16h, no cemitério da cidade de Buíque.
Pernambucano de Buíque (a 258 quilômetros do Recife), Manoel ingressou no bando de Lampião em 1937, mas afirmava que foi por acidente. Trabalhava em uma fazenda em Alagoas quando um grupo de homens ligados ao famoso bandido chegou ao local. Pouco tempo depois, a propriedade ficou cercada por uma volante e ele preferiu seguir com os bandidos para não ser morto.
No final da vida, atuava como comerciante aposentado na vila São Domingos, distrito de sua cidade natal. Atendia pelo nome de batismo, Manoel Dantas Loyola, ou por outro apelido: seu Né. No primeiro combate com os “macacos”, quando era chamado de Candeeiro, foi ferido na coxa. O buraco de bala foi fechado com farinha peneirada e pimenta.
Teve o primeiro encontro com o chefe na beira do Rio São Francisco, no lado sergipano. “Lampião não gostava de estar no meio dos cangaceiros, ficava isolado. E ele já sabia que estava baleado. Quando soube que eu era de Buíque, comentou, em entrevista concedida ao Diario: ‘sua cidade me deu um homem valente, Jararaca’”.
Candeeiro dizia que, nos quase dois anos que ficou no bando, tinha a função de entregar as cartas escritas por Lampião exigindo dinheiro de grandes fazendeiros e comerciantes. Sempre retornava com o pedido atendido. Ele destacou que teve acesso direto ao chefe, chegando a despertar ciúme de Maria Bonita. Em Angicos, comentou que o local não era seguro. Lampião, segundo ele, reuniria os grupos para comunicar que deixaria o cangaço. Estava cansado e preocupado com o fato de que as volantes se deslocavam mais rápido, por causa das estradas, e tinham armamento pesado.
No dia do ataque, já estava acordado e se preparava para urinar quando começou o tiroteio. “Desci atirando, foi bala como o diabo”. Mesmo ferido no braço direito, conseguiu escapar do cerco. Dias depois, com a promessa de ser não ser morto, entregou-se em Jeremoabo, na Bahia, com o braço na tipóia. Com ele, mais 16 cangaceiros. Cumprindo dois anos na prisão, o Candeeiro dava novamente lugar ao cidadão Manoel Dantas Loyola. Sobre a época do cangaço, costumava dizer que foi “história de sofrimento”.
Fonte: Diário de Pernambuco

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Dica de filme

"O ano em que meus pais saíram de férias"

(2006) Direção de Cao Hamburger
A lista começa com esta produção nacional que foi indicada ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. A sugestão é do professor de História do GPI, Cesar Menezes. O filme narra a história de uma criança de 12 anos, que adora futebol e, na Copa de 1970, vê o seus pais, militantes políticos, terem que fazer uma "viagem forçada". Como define Cesar, é uma bela e comovente narrativa sobre uma criança em meio ao duro regime militar no Brasil.

Pesquisadores paulistas iniciarão teste de vacina oral contra hepatite B, mais barata e eficaz

O combate e prevenção à hepatite B deve ganhar mais um aliado no Brasil. Pesquisadores do Instituto Butantan devem iniciar testes de uma vacina oral contra a doença, que deve ser mais barata e de fácil aplicação, mantendo a eficácia da imunização injetável.
De acordo com o cientista Osvaldo Sant’Anna, outra vantagem da nova vacina é a menor possibilidade de reações adversas. “A vacina é importante mundialmente por mudar um paradigma de vacinação. O organismo não dispensa tanta energia ao receber umavacina pela via oral. Além disso, a boca é a via natural da instalação de uma infecção. É, portanto, o canal propício para ações de vacinação”, explicou durante conferência na 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Recife (PE)..
Estima-se que mais de 300 mil pessoas, no Brasil, tenham sido infectadas por formas virais de hepatite, somente entre 1999 e 2010                                                                                              Foto: Neysla Rocha                                                                                                   

Um dos desafios para se administrar vacinas por via oral é fazer com que os antígenos(responsáveis pela imunização) cheguem ao sistema imune, localizado fundamentalmente no intestino. A dificuldade ocorre porque é difícil para qualquer medicamento atravessar a acidez e enfrentar o ataque de enzimas do suco gástrico e chegar à cavidade intestinal. Aliás, um dos únicos exemplos de vacina oral utilizada em larga escala no mundo é a Sabin, utilizada para imunizar crianças contra a poliomielite.
Mas a técnica desenvolvida por Sant’Anna e pela pesquisadora Marcia Fantini, do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP), faz o encapsulamento dos antígenos, com o uso denanotubos de sílica, o segundo elemento mais presente na natureza. Com isso é possível à vacina atravessar a barreira gástrica e chegar intacta ao intestino. Os primeiros testes da vacina com sílica (mas ainda na forma injetável) foram realizados  em camundongos, entre 2001 e 2002,  e foi feita a partir de vírus geneticamente manipulados.
Em 2007, foram iniciados testes de administração por via oral, também em animais. “Constatamos que a vacina oral com sílica melhorou muito a resposta imunológica dos animais. Ela realmente os imunizou efetivamente contra a hepatite B”, afirmou Sant’Anna. A previsão é de que os testes com humanos sejam concluídos entre 2018 e 2020. A nova vacina chegue ao mercado em um prazo de dez anos. O protocolo para a realização desses testes está sendo montado pelo Instituto Butantan em parceria com a empresa farmacêutica Cristália.


segunda-feira, 22 de julho de 2013

Visita Virtual aos Campos de Concentração


Um dos assuntos mais polêmicos dos últimos 70 anos é o holocausto. Como esquecer a morte de milhões de judeus, ciganos, homossexuais e inimigos do estado nazista que, enclausurados em campos de concentração, nunca mais teriam liberdade? Relembrar é preciso! Por este motivo, estou disponibilizando esta visita virtual a campos de concentração. Mas atenção! As imagens são fortes. Portanto, navegue com cautela!

Campos de Concentração

Auschwitz I: Polônia. É um campo de concentração, símbolo do Holocausto perpetrado pelo nazismo. Criado em 1940, inicialmente, o campo foi utilizado para trabalho forçado e execução de judeus, prisioneiros de guerra da União Soviética, prisioneiros comuns alemães, elementos anti-sociais e homossexuais.
Auschwitz II-Birkenau: Polônia. Campo de concentração onde foram executados mais de um milhão de judeus e ciganos. O objetivo principal do campo era o extermínio. Para cumprir esse objetivo, equipou-se o campo com quatro crematórios e câmaras de gás. Cada câmara de gás podia receber até 2.500 prisioneiros por turno.

sábado, 20 de julho de 2013

A antologia poética de Vinícius de Moraes


Antologia é uma coleção de textos selecionados de forma que melhor representem a obra de um autor, ou um tema comum a vários autores ou a uma época
Publicado em 1954 pela editora "A noite", no Estado do Rio de Janeiro, O livro "Antologia poética", de Vinicius de Moraes, reúne a maior e a melhor parte da obra de um dos grandes poetas do Brasil. Tem como constante um lirismo de grande força, no qual se destacam, entre tantos, poemas como "Soneto do amor maior": (Texto I)

O poeta, compositor e diplomata Vinícius de Moraes não só aproximou a poesia do grande público como recuperou a forma soneto, então desprezada pelos modernistas

O termo "amor maior" não é aquele que se satisfaz ao fim da conquista da amada. Há um toque de paixão, de conquista e de contraste por parte desse amor, no qual as formas opositoras se harmonizam dentro do poema, dando um efeito semelhante ao usado pelos barrocos com o uso de antíteses( alegre - triste ; descontente - risada). Ao ritmo do soneto, o autor dá um realce ao prazer que não fica restrito aos sentidos, tampouco à beleza física, mas, o compartilhamento com a amada da sua própria inquietação.

Recursos expressivos
A primeira e segunda estrofes têm um esquema de rima: ABAB; nos tercetos, os dois primeiros versos de cada um rimam entre si. Os últimos versos de cada terceto apresentam uma rima em eco. As rimas pobres e rimas ricas se alternam dentro do poema . Todas as rimas encontradas são consoantes, ou seja, têm harmonia completa no som. Nos quartetos, elas ocorrem de forma cruzada; nos tercetos, de forma emparelhada. Os versos utilizados são , na maioria, decassílabos com impulsos rítmicos que sofrem variações. As sílabas tônicas que encontramos na primeira estrofe são as seguintes: 1-Maior amor nem mais estranho existe (4 - 8 - 10); 2-Que o meu, que não sossega a coisa amada (2 - 6 - 10); 3- E quando a sente alegre, fica triste (4 - 6 - 10); 4- E se a vê descontente, dá risada. ( 3 - 6 - 10). Nos versos 3, 4 e 5, observa-se a ocorrência da anáfora, uma vez que a conjunção e aparece no início de cada um deles, sendo retomada na metade do sexto verso e no início do décimo. Existe o uso de aliterações, nos versos 9, 10, 11 e 12. A anáfora e a aliteração, somadas ao recurso da rima, contribuem para evidenciar a sonoridade deste poema.

Leitura do poema
O soneto tem sua voz centrada no discurso do eu lírico que exprime seus sentimentos em tempo imediato, como se observa em dá risada, toca, fere, prefere, etc. Na primeira estrofe, temos uma combinação de contrastes : sente alegre e fica triste; vê descontente e dá risada. Esse embate entre alegria-tristeza venha destacar a afirmação feita pelo poeta nos dois primeiros versos, de que não existe amor maior e nem mais estranho do que o seu. Na segunda estrofe, a expectativa é feita entre eterna aventura e uma vida sem um rumo certo. A repetição da conjunção "e" nos versos 3, 4 e 5 fortalece o caráter contraditório do sentimento descrito pelo poeta: um amor diferente, que sente tristeza ao ver a "coisa amada" alegre, ri se a vê descontente e fica em paz se resiste ao amado coração. São atitudes que refletem às mudanças inesperadas em relação ao amor, que em geral causa o oposto do que foi descrito pelo poeta: se uma das partes está descontente, a outra também o está; e assim também para a alegria; e não há resistência, pois o amor é "entrega", "rendição".

Daí o conceito de um amor de certo modo "egoísta", que prefere aventurar-se, viver sem um rumo certo, ser "fiel à sua lei de cada instante" a murchar, mesmo que para isso seja necessário ferir, como está explícito na sequência de aliterações que se inicia no verso 9 e finda no verso 12. O último verso resgata tudo o que foi dito antes, quando diz "numa paixão de tudo e de si mesmo", notamos mais uma vez, o caráter egoísta do sentimento do poeta. Todos os aspectos que foram mencionados, tanto os materiais quanto os expressivos, são típicos da lírica. A forma em que o poeta se expressa, a sonoridade, a conjugação dos verbos, o sentido que os verbos assumem: tudo dirigindo o poema a uma forma elaborada e inusitada de descrever o amor.

A sensação da perda
No poema "Soneto de separação" encontraremos o sentimento de perda da pessoa amada que transforma a vida do poeta em um momento marcante de dor. A separação que torna o modo diferente de ver as coisas que antes estavam no lugar, tornando o poeta sensível às mudanças bruscas causadas pelo desencontro com a amada. O instante psicológico em que o poeta percebe a desordem causada pela separação o leva a uma análise da dor retratada nos desarranjos que transformaram o belo em melancolia:. (Texto II)

Vinícius de Moraes escreveu o poema "Soneto de separação" adaptando-o a uma forma fixa e regular. É um poema decassílabo heroico, com acentuação forte na sexta e na décima silabas em cada verso. É rimado, nos quartetos as rimas são interpoladas (ABBA) e alternadas (CDCD), enquanto que nos tercetos são misturadas (EFE) e (FFE).

Possui rimas pobres com os substantivos, pranto / espanto; bruma / espuma; vento / pressentimento; chama / drama; e rimas ricas com: de repente (locução adverbial) / contente (adjetivo) e amante (adjetivo) / distante (advérbio) / errante (adjetivo); também possui rima interna como pressentimento / momento. A reiteração da conjunção "e" que é usada nos versos 3, 4 , 7 , 8 e 11 que enfatizam as mudanças observadas pelo "Eu lírico".O soneto tem como temática a separação, que leva o poeta a ver seu mundo se desarmonizar com a separação da amada.

FIQUE POR DENTRO
Um breve retrato do artista e de sua obra
Vinícius de Moraes (RJ, 1913; RJ, 1980) em sua poética distingue duas fases: a princípio, de tendência simbolista, seu poema assume um tom metafísico ao travar um conflito entre os desejos do espírito e os da carne; mas reduz o confronto do dualismo homem versus Deus à coexistência paralela das duas partes, convivendo, assim, com a culpa, uma vez que preserva a fé em Deus como uma verdade interior, sem remorso ou arrependimentos, tudo através de uma linguagem nebulosa, hermética; num segundo momento, aproxima-se do cotidiano, desenvolve temáticas de natureza social e política e, principalmente, canta o amor erotizado, num lirismo de exaltação da mulher como figuração plástico-sensual, em sua irresistível sedução.

Trechos
TEXTO I

Maior amor nem mais estranho existe / Que o meu, que não sossega a coisa amada / E quando a sente alegre, fica triste / E se a vê descontente, dá risada. / / / E que só fica em paz se lhe resiste / O amado coração, e que se agrada / Mais da eterna aventura em que persiste / Que de uma vida mal-aventurada. / / / Louco amor meu, que quando toca, fere / E quando fere vibra, mas prefere / Ferir a fenecer - e vive a esmo / / / Fiel à sua lei de cada instante / Desassombrado, doido, delirante / Numa paixão de tudo e de si mesmo.

TEXTO II
De repente do riso fez-se o pranto / Silencioso e branco como a bruma / E das bocas unidas fez-se a espuma / E das mãos espalmadas fez-se o espanto. / / / De repente da calma fez-se o vento / Que dos olhos desfez a última chama / E da paixão fez-se o pressentimento / E do momento imóvel fez-se o drama./ / / De repente, não mais que de repente / Fez-se de triste o que se fez amante / E de sozinho o que se fez contente. / / / Fez-se do amigo próximo o distante / Fez-se da vida uma aventura errante / De repente, não mais que de repente.

FRANCISCO IVANÊ FERNANDESCOLABORADOR

*Do Curso de Letras da Uece

sexta-feira, 19 de julho de 2013

De Fé Engenheiros do Hawaii



Sempre que eu preciso
Me desconectar
Todos os caminhos
Levam ao mesmo lugar
É meu esconderijo
O meu altar
Quando todo mundo
Quer me crucificar...
Eu só quero estar
Com você!
Ficar com você!...
Quando o tempo fecha
E o céu quer desabar
Perto do limite
Difícil de agüentar
Eu volto prá casa
E te peço prá ficar...
Em silêncio
Só ficar...
Eu tenho muitos amigos
Tenho discos e livros
Mas quando eu mais preciso
Eu só tenho você...
Tenho sorte e juízo
Cartão de crédito
E um imenso disco rígido
Mas quando eu mais preciso
Eu só tenho você
Quando eu mais preciso
Eu só tenho você...
Tenho a consciência em paz
(Só tenho você)
Tenho mais do que eu preciso
(Só tenho você)
Mas, se eu preciso de paz
Eu só tenho você
Tenho muito mais dúvidas
Do que certezas
Hoje, com certeza
Eu só tenho você...
Eu tenho medo de cobras
Já tive medo do escuro
Tenho medo de te perder...

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Vidas em trânsito e perseguição

Com uma trajetória marcada historicamente pelo preconceito, os ciganos conseguem despertar sentimentos dúbios
Diferentemente de como são apresentados na moda, em festas representadas pela exuberância das cores, sensualidade das danças e da música, os ciganos, na vida real, são bem diferentes. E foi essa realidade que pudemos constatar ao entrar no universo de um povo marcado pelo preconceito, daí a desconfiança. Mas quando percebem que o visitante tem uma outra visão sobre eles, abrem as suas tendas e falam de suas necessidades e anseios. E entre xícaras e mais xícaras de café, revelam mais sobre a sua cultura.

O sofrimento é a marca do povo cigano, em quase todos os lugares
Foto: Cid Barbosa

Para alguns, não passam de trapaceiros, espertalhões, gente perigosa; enquanto, para outros, são portadores de um saber sobrenatural, principalmente as mulheres. A maior parte delas dedica-se à quiromancia, adivinhação pelas linhas da palma das mãos. Enquanto os homens são exímios comerciantes. Mas, quem são essas pessoas? São vítimas de um preconceito "globalizado". No mundo todo a rejeição acompanha esses povos ao longo da história.

Na Idade Média, eram queimados em fogueiras; sentiram na pele os horrores da perseguição de Hitler junto com os judeus. Em pleno século XXI, são cidadãos indesejáveis na Europa. Portadores de uma história que ninguém sabe ao certo onde começou, possuem linguagens próprias, uma cultura que mistura traços de povos de diversos países e continentes, marcada pela oralidade.

São escassos os registros ou documentos oficiais sobre esses povos. Eles próprios constituem registros vivos dessa história, pontuada por perseguições. No Brasil, existem poucas obras escritas sobre eles. Um dos documentos mais antigos (1574) trata da chegada de João Torres, com sua família, como degredado. Sabe-se que chegaram aqui à época do descobrimento e que ocuparam o litoral nordestino.

Comum em todas as denominações, tanto a Calon, quanto a Rom, originária do leste europeu, o desprezo acompanha essas populações desde que foram expulsas da Europa, por atrapalharem o projeto de modernidade, entre os séculos XV e XVIII, marcado pelo culto exacerbado ao progresso científico.

Respeito aos mais velhos, casamentos familiares e supremacia do homem frente à mulher são elementos dessa cultura que possui códigos éticos próprios. Ainda são chamados de bruxos ou malfeitores por onde passam. No Nordeste, os Estados da Bahia, Piauí, Pernambuco, Paraíba e Ceará concentram algumas comunidades do grupo dos Calon, primeiro a chegar ao Brasil, após ser expulso de Portugal. Muitos não têm sequer registro civil, impedindo o acesso à educação e à saúde. Dentre as minorias étnicas no Brasil, são as menos favorecidas. 
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26 mil vagas estão ociosas no Ceará


Dilma Rousseff e Cid Gomes participam hoje da formatura de 2.500 jovens do Pronatec para incentivar prefeitos

As vagas são concedidas e a procura tende a crescer, mas a educação profissional ainda encontra impasses para chegar à população de baixa renda. No Estado do Ceará, um dos problemas é a subutilização de iniciativas responsáveis por oferecer cursos de capacitação gratuitos, - a exemplo do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) - que está dificultando a oportunidade de jovens e adultos de obter melhores qualificações e se destacar no mercado de trabalho.
O principal desafio para ampliar o desempenho da iniciativa, segundo Robson Veras, coordenador de Promoção de Trabalho e Renda da STDS, é superar a falta de condições dos municípios para realizar os cursos e engajar a população

Conforme dados da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS), no início de 2013, 42.786 vagas para formações profissionalizantes foram disponibilizadas no Estado através do programa federal. Contudo, até agora, apenas 16 mil pessoas estão matriculadas nas turmas, número que corresponde a pouco mais de 37% da oferta. Portanto, cerca de 63% das oportunidades ainda não foram ocupadas.

Para incentivar o preenchimento de vagas ociosas, a presidente Dilma Rousseff e o governador Cid Gomes participam, hoje, no Centro de eventos, da formatura de 2.500 jovens do programa Pronatec BSM - Brasil Sem Miséria, em dez municípios da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Dentre as cidades que possuem turmas formadas, estão Aquiraz, Caucaia, Cascavel, Eusébio, Maranguape, além de São Gonçalo do Amarante.
Municípios
O principal desafio para ampliar o desempenho da iniciativa, segundo Robson Veras, coordenador de Promoção de Trabalho e Renda da STDS, é superar a falta de condições dos municípios para realizar os cursos e engajar a população. Conforme ele, após as mudanças de gestão no início de 2012, muitas cidades ainda não reestruturaram totalmente os Centros de Referência Assistência Social (Cras), encarregados de executar as formações. São 373 unidades no Estado.

Embora o interesse dos gestores em aderir ao programa tenha crescido nos últimos meses, passando de 68 municípios, no início do ano, para 165, atualmente, Robson Veras destaca que a carência de equipes que façam o trabalho de articulação dos cursos é um dos principais motivos do atraso no preenchimento das vagas. "Além da adesão municipal, é preciso estruturar uma equipe com capacidade de convencimento para que a população perceba a importância de fazer o curso. A mudança das administrações municipais atrapalhou o ritmo do programa", afirma o coordenador.

Robson Veras explica que as ações dos Cras são determinantes na tarefa de mobilizar as comunidades, a qual, segundo ele, é outro impasse para o andamento do Pronatec no Ceará. Por ser de baixa renda e precisar trabalhar em tempo integral para garantir o sustento, boa parte do público alvo do programa não pode se dedicar inteiramente aos cursos.

Na Capital, fazer com que a população tenha acesso ao Pronatec também é um desafio, como afirma Priscilla Borges, coordenadora da Gestão Integrada do Trabalho e Qualificação Profissional da Secretaria Municipal de Trabalho, Desenvolvimento Social e Combate à Fome (Setra). Segundo ela, apesar de possuir estrutura maior que no Interior do Estado, os Cras de Fortaleza ainda têm dificuldade de levar informações sobre as formações às comunidades.

Construção

Além disso, algumas qualificações esbarram na resistência da população e acabam tendo menor procura. Exemplos disso são cursos nas áreas de construção civil e transportes. "Esses setores não geram muita identificação por parte das pessoas e temos percebido que as vagas ficam ociosas", afirma Priscilla.

Robson Veras pontua que, para tentar contornar os empecilhos, a STDS realizou, no último mês de maio, um seminário com o intuito de incentivar os municípios a participarem mais ativamente do Pronatec. Conforme ele, o evento teve resultados positivos, e a expectativa do órgão é que, até o fim do ano, todas as vagas desocupadas sejam preenchidas. Outra medida é a ampliar os aportes municipais necessários para oferecer e divulgar os cursos.

"Não é tarefa simples. Depende de uma série de fatores, desde o trabalho das equipes até o desejo das pessoas de participar. Nossa proposta é chegar às autoridades da assistência social nos municípios e fazer discussões locais para suprir a demanda de qualificações", diz o coordenador.

FIQUE POR DENTRO
Treinamento para o mercado de trabalho

Promovido pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), o Pronatec é um projeto do governo federal de capacitação de mão de obra para pessoas carentes.

São ofertados cursos de formação inicial e continuada voltados para a inserção no mercado, com duração entre 160 e 400 horas. As formações são realizadas por meio de parcerias com unidades do sistema nacional de aprendizagem.

VANESSA MADEIRAREPÓRTER 

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