terça-feira, 3 de dezembro de 2019

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Método Paulo Freire de alfabetização


    Método Paulo Freire de alfabetização

O método Paulo Freire estimula a alfabetização dos adultos mediante a discussão de suas experiências de vida entre si, através de palavras ‘geradoras’.

Aplicado há mais de 50 anos (1963), o método Paulo Freire de Alfabetização foi testado pela primeira vez na cidade de Angicos, Rio Grande do Norte. Recentemente tive a oportunidade de participar de um evento em Portugal, onde membros do Instituto Paulo Freire relataram com detalhes essa incrível experiência, o que me fez vir até aqui e compartilhar com vocês.
A experiência, inédita no Brasil, tinha uma meta ousada: alfabetizar adultos em 40 dias. Mas não era só isso. Paulo Freire pretendia despertar o ser político que deve ser sujeito de direito. Desafio lançado, Freire teve todo um contato prévio com os participantes, estudando suas realidades, as histórias de vidas e o contexto em que os aprendizes estavam inseridos.
Antes de tudo, é interessante ressaltar que naquela época, o nordeste que possuía aproximadamente 15 milhões de analfabetos (50% da população nordestina na década de 60). A primeira experiência foi realizada com 300 trabalhadores rurais, sem acesso à escola, e que formavam um grande contingente de excluídos da participação social.
“Já naquela época Paulo Freire defendia um conceito de alfabetização para além da decodificação dos códigos linguísticos, ou seja, não basta apenas saber ler e escrever, mas fazer uso social e político desse conhecimento na vida cotidiana”, explica Sonia, que é licenciada em Letras e Pedagogia, com mestrado e doutorado pela Faculdade de Educação da USP e coordenadora do Centro de Referência Paulo Freire (CRPF), entidade mantida pelo Instituto Paulo Freire.
O Patrono da Educação Brasileira desenvolveu um método de alfabetização baseado nas experiências de vida das pessoas. Em vez de buscar a alfabetização por meio de cartilhas e ensinar, por exemplo, “o boi baba” e “vovó viu a uva”, ele trabalhava as chamadas “palavras geradoras” a partir da realidade do cidadão. Por exemplo, um trabalhador de fábrica podia aprender “tijolo”, “cimento”, um agricultor aprenderia “cana”, “enxada”, “terra”, “colheita” etc. A partir da decodificação fonética dessas palavras, ia se construindo novas palavras e ampliando o repertório.
Método Paulo Freire de Alfabetização
O método Paulo Freire estimula a alfabetização dos adultos mediante a discussão de suas experiências de vida entre si, através de palavras presentes na realidade dos alunos, que são decodificadas para a aquisição da palavra escrita e da compreensão do mundo.
“A concepção freiriana procura explicitar que não há conhecimento pronto e acabado. Ele está sempre em construção”, explica Sônia, que continua: “Aprendemos ao longo da vida e a partir das experiências anteriores, o que faz cair por terra a tese de que alguém está totalmente pronto para ensinar e alguém está ‘totalmente’ pronto para receber esse conhecimento, como uma transferência bancária. Esse caráter político, libertador, conscientizador é o diferencial da metodologia de Paulo Freire dos demais métodos de alfabetização.”
Antes que você pergunte “Mas e aí, deu certo? Por que não continuamos aplicando o método?“, saiba que Freire foi convidado pelo presidente da época (João Goulart) e pelo Ministro da Educação (Paulo de Tarso Santos), para repensar a alfabetização de adultos em âmbito nacional. Em 1964, estava prevista a instalação de 20 mil círculos de cultura para 2 milhões de analfabetos, porém, devido ao golpe militar que iniciava neste ano, Paulo Freire foi preso e exilado, e infelizmente, teve seu trabalho interrompido.
Independentemente das questões políticas e partidárias, o método elaborado por Freire é muito interessante e de fácil aplicação. E sim, utiliza muitos conceitos andragógicos, os quais defendem muitos educadores que tiveram contato com Paulo Freire, como é o caso de Pierre Furter, colega na Universidade de Genebra durante a década de 70 e que veio posteriormente ao Brasil para estudar e conhecer o método freiriano.
Por curiosidade, saiba também que Paulo Freire voltou para a cidade de Angicos/RN, 30 anos. No dia 28 de agosto de 1993, Freire conversou com ex-alunos e monitores que o apoiaram durante a formação. Foram compartilhadas diversas histórias de pessoas que, inspiradas por Freire, voltaram a estudar, algumas inclusive, contaram que levavam seus filhos ou netos para o encontro com Freire, a fim de também serem alfabetizados. Apesar de aplicado entre jovens, adultos e idosos, o método também pôde ajudar na alfabetização e letramento de crianças.

Como funciona o método Paulo Freire de Alfabetização?

método Paulo Freire de alfabetização é dividido em três etapas. Na etapa de investigação, aluno e professor buscam, no universo vocabular do aluno e da sociedade onde ele vive, as palavras e temas centrais de sua biografia. Na segunda etapa, a de tematização, eles codificam e decodificam esses temas, buscando o seu significado social, tomando assim consciência do mundo vivido. E no final, a etapa de problematização, aluno e professor buscam superar uma primeira visão mágica por uma visão crítica do mundo, partindo para a transformação do contexto vivido.
Método Paulo Freire de alfabetização
No método freiriano, segundo Moacir Gadotti, aprendiz de Freire e diretor do Instituto Paulo Freire, se decorria de um “processo de substituição de elementos reais por elementos simbólicos”, com a utilização de cartazes, discussões e leitura, “sequência inversa à utilizada para crianças, em que a leitura figura como elemento instrumental de construção e enriquecimento dos círculos de representação mentais”.
Gadotti ainda diz: “No pensamento de Paulo Freire, tanto os alunos quanto os professores são transformados em pesquisadores críticos. Os alunos não são uma lata vazia para ser enchida pelo professor.” Isso é incrível e faz todo o sentido, seja na pedagogia, na hebegogia ou na andragogia. Não podemos esperar que nossos alunos cheguem em sala de aula sem sentimentos, experiências, histórias, motivações pessoais, preconceitos, etc.

O reconhecimento

Freire ganhou 41 títulos de doutor honoris causa de universidades como Harvard, Cambridge e Oxford, morreu em maio de 1997, e em 2012 foi declarado patrono da educação brasileira. Recebeu também o Prêmio de Educação para a Paz da UNESCO, em 1986; está incluído no International Adult and Continuing Education Hall of Fame e no Reading Hall of Fame; além de diversos outros reconhecimentos. Muitas fontes afirmam que é o 3º autor mais citado nos artigos acadêmicos em todo o mundo.
“O legado que ele nos deixa, entre tantas contribuições, é de esperança”, destaca Sônia, que finaliza: “(…) um legado de entender a educação como espaço de transformação social, que nos ajuda não só a ler a história, mas sermos também escritores da história.”
Caso queira saber mais sobre o método Paulo Freire de alfabetização e teorias de outros educadores de adultos, sugiro o curso de Andragogia: https://ensinodeadultos.com.br/curso/andragogia/

Para referenciar o artigo, utilizar:
– Beck, C. (2016). Método Paulo Freire de alfabetização. Andragogia Brasil. Disponível em: https://andragogiabrasil.com.br/metodo-paulo-freire-de-alfabetizacao/

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

"130 ANOS DE REPÚBLICA"



Por Gazeta do Povo
14/11/2019] [18:00]



Neste 15 de novembro, a república presidencialista brasileira completa 130 anos desde sua proclamação em 1889, quando um golpe político e militar liderado pelo marechal Manuel Deodoro da Fonseca aboliu a monarquia parlamentarista, destituiu o imperador dom Pedro II e instaurou a república. O Brasil já havia decidido, 77 anos antes, tornar-se livre e responsável por seu destino com a declaração de independência em relação a Portugal, em 1822.
Desde então, o país aprovou sete constituições, a “Lei Fundamental” das bases, princípios e normas sob as quais o país e sua população decidem como querem existir e se desenvolver. A primeira Constituição data de 1824, logo após a independência; a segunda, de 1891, menos de dois anos após a proclamação da República; a terceira, de 1934, na chamada Segunda República; a quarta, de 1937, na época do Estado Novo, sob a ditadura de Getúlio Vargas; a quinta é de 1946, voltando às bases da Constituição de 1934, para eliminar os ditames do regime autoritário getulista; a sexta, de 1967, foi elaborada pelos militares que haviam assumido o poder em 1964, com o golpe que depôs João Goulart; por fim, a sétima – e que vigora até hoje – foi promulgada em 1988; apelidada de Constituição Cidadã, ela consolidou a redemocratização iniciada em 1985.
Essas sete constituições e suas emendas resultaram todas da promessa de criar as bases para o desenvolvimento nacional, superar a pobreza e oferecer um bom padrão de vida e de bem-estar social ao povo brasileiro. A Constituição atual, promulgada em 5 de outubro de 1988, já teve pouco mais de 100 emendas, entre as ordinárias e as emendas de revisão, e ainda terá várias outras, a julgar pela quantidade de PECs em tramitação no Congresso Nacional. Portanto, não é por falta de normas constitucionais que o Brasil continua com baixo crescimento econômico, elevado desemprego e altos índices de pobreza. O problema não reside na quantidade de normas, mas em seus princípios e sua qualidade.
As bases da república inaugurada há 130 anos ainda estão aí e não foram capazes de lançar a nação rumo ao grupo dos países desenvolvidos
Vários erros foram cometidos pelo país ao longo de sua história, e eles fazem parte da explicação sobre o atraso e a pobreza, a despeito das riquezas naturais abundantes. Sempre são invocadas causas como a formação nacional, a cultura, os hábitos e a mentalidade da população – temas que são objeto de profundas controvérsias –, aos quais se juntam erros conhecidos. Um deles, a industrialização tardia e a permanência do país dependente de um setor agrícola pobre e sem tecnologia, como resultado do fato de que, embora a independência tenha ocorrido em 1822, somente em 1844 foram instalados os primeiros pilares para a industrialização.
Outro erro foi a demora em abolir a escravidão, o que ocorreu somente em 1888, retardando o surgimento de uma classe de trabalhadores livres, necessários para o novo ciclo de desenvolvimento baseado na indústria e nas tecnologias surgidas a partir da Revolução Industrial décadas antes. Os trabalhadores livres teriam sido importantes para formar uma classe com renda capaz de significar uma nova classe de consumidores, necessária à formação de um mercado consumidor interno. Para agravar o quadro, o terceiro erro foi a não criação, junto com a declaração da independência, de um sistema de educação básica pública e gratuita para todos os brasileiros. A omissão do Estado em relação à educação, desde a expulsão dos jesuítas em meados do século 18, foi talvez o mais grave dos erros. No tempo da colônia, os jesuítas atuavam na educação brasileira, mas, após um longo histórico de problemas com a Coroa portuguesa, o rei dom José I, aconselhado pelo Marquês de Pombal, decidiu pela expulsão dos jesuítas do reino português e suas colônias em 1759, sem que o governo – seja o português, até a independência, seja o imperial, depois de 1822 – assumisse a tarefa de montar um moderno sistema educacional.
Embora a industrialização tardia, a demora em pôr fim à escravidão e a inexistência de um sistema educacional tenham dado causa à pobreza e ao baixo desenvolvimento que vigoram até hoje, esses fatos da vida nacional não respondem sozinhos pelo atraso do país. As bases da república inaugurada há 130 anos ainda estão aí e não foram capazes de lançar a nação rumo ao grupo dos países desenvolvidos. Um dos problemas é que, a cada Constituição implantada, aumentava o inchaço do setor estatal; mais o governo passava a interferir na vida dos indivíduos e nos negócios, mais a burocracia estatal se tornava cara, ineficiente, sufocante e corrupta, de forma que se acabou criando uma sociedade a serviço do Estado, e não o inverso, que seria o correto.
Ulysses Guimarães, presidente da Câmara e da Assembleia Nacional Constituinte na promulgação da Constituição de 1988, chamou a carta magna de “Constituição Cidadã” sob o argumento de que ela trouxe o cidadão para dentro da lei fundamental, alegando que isso iria servir aos pobres e melhorar as condições sociais. A intenção pode ter sido boa, mas o que se viu, ao longo desses 130 anos de República e 31 anos da Constituição de 1988, com suas mais de 100 emendas, foi um país amarrado, lento, fechado e pouco inovador.
O povo não foi trazido para dentro da Constituição: pelo contrário, o Estado subiu nos ombros do povo para tributá-lo e controlá-lo. O resultado é que nem os 130 anos de República, nem os quase 200 anos de independência (a completar em 2022), e muito menos a Constituição Cidadã foram suficientes para tirar o país do atraso, superar a pobreza e melhorar o padrão de bem-estar social médio dos 208,5 milhões de habitantes a ponto de tornar o Brasil um país desenvolvido. O desafio de cumprir os objetivos declarados na Carta Magna continua aberto, à espera das reformas que efetivamente coloquem o Estado para servir o cidadão."


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Mudança climática prejudicará saúde dos bebês nascidos agora para o resto da vida


Mudança climática prejudicará saúde dos bebês nascidos agora para o resto da vida

Por PAUL RICARD/AFP
19:50 | 14/11/2019


“Se a mudança climática não for freada, a saúde dos bebês que nascem agora estará ameaçada ao longo de suas vidas por doenças que vão desde asma até desnutrição”, alerta um estudo da revista médica The Lancet divulgado nesta quinta-feira, 14/11/2019.
"As mudanças climáticas definirão a saúde de uma geração inteira", afirma o médico Nick Watts, responsável por este informe médico.
"Se for mantido o status quo, com emissões de carbono elevadas e o mesmo ritmo de aquecimento, uma criança nascida agora viverá aos 71 anos em um mundo 4ºC mais quente em média. Isso ameaçará a saúde em todas as etapas de sua vida", escrevem os autores.
"As crianças são especialmente vulneráveis aos riscos de saúde ligados às mudanças climáticas. Seu corpo e sistema imunológico estão em desenvolvimento, o que as torna mais vulneráveis às doenças e aos poluentes", afirma Watts, do Instituto para a Saúde Mundial da Universidade de Londres.
As consequências sobre a saúde "persistem na idade adulta" e "duram a vida toda", aponta, defendendo uma "ação imediata de todos os países para reduzir as emissões de gases de efeito estufa".
O informe é a edição 2019 de um documento publicado anualmente pela The Lancet que mede 41 indicadores sobre saúde e mudanças climáticas e foi feito em colaboração com 35 instituições, incluindo a Organização Mundial da Saúde e o Banco Mundial.
Este ano, os pesquisadores se concentraram na saúde das crianças, com a poluição atmosférica como uma das maiores preocupações.
"Ao longo de toda sua adolescência e até a idade adulta, um bebê nascido agora respirará um ar mais tóxico, causado pelos combustíveis fósseis e agravado pelo aumento das temperaturas", prevê o estudo.
Os efeitos potenciais são muitos entre as crianças, cujos pulmões estão em desenvolvimento: "diminuição da função pulmonar, agravamento da asma e maior risco de crise cardíaca e de acidente vascular cerebral".

Bactérias e mosquitos

Segundo o informe, "as emissões mundiais de CO2 que procedem dos combustíveis fósseis continuam subindo", com um aumento de 2,6% entre 2016 e 2018, e as "mortes prematuras relacionadas com as (partículas finas) PM 2,5 permanecem em cerca de 2,9 milhões no mundo".

Outro efeito temido pela mudança climática é o aumento de epidemias de doenças infecciosas, às que as crianças são particularmente sensíveis.

Um clima mais quente e mais chuvoso favorece o desenvolvimento de bactérias responsáveis por doenças diarreicas e pela cólera, assim como a propagação de mosquitos vetores de infecções.
Devido às mudanças climáticas, "a dengue é a doença viral transmitida pelos mosquitos que se propaga mais rapidamente no mundo", segundo o informe.
"Nove dos 10 anos mais propícios para a transmissão da dengue ocorreram desde 2000, permitindo aos mosquitos invadir novos territórios na Europa", segundo os pesquisadores.
O informe ressalta também que o aumento das temperaturas poderia provocar fenômenos de desnutrição, devido à diminuição das colheitas e ao consequente aumento dos preços dos alimentos.
Globalmente, os autores apontam que a geração de nasce agora estará mais exposta aos fenômenos meteorológicos extremos, como canículas[1], secas, inundações e incêndios florestais.
Estes pesquisadores julgam crucial "limitar o aquecimento abaixo de 2ºC", como prevê o Acordo de Paris. E reivindicam que os impactos sobre a saúde estejam "na primeira linha da agenda da COP25", a conferência da ONU sobre o clima que começará em 2 de dezembro em Madri.





[1] é um termo que designa períodos de ondas de calor em geral associadas à presença circulações atmosféricas anticiclônicas quase estacionárias, encontradas durante eventos de bloqueio atmosférico. A população mais vulnerável constituída por idosos e doentes mentais sem assistência em ambientes insalubres sob altas temperaturas, das regiões atingidas, sofrem com problemas associados ao desconforto térmico, hipertermia, desidratação em diferentes graus de severidade e aumento da mortalidade.

quinta-feira, 27 de junho de 2019

TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO.


Ednardo Sousa Bezerra Júnior
Licenciado em História
Especialista em História do Brasil
Especialista em Gestão Escolar e Coordenação Pedagógica



É visível as mudanças no comportamento humano em virtude do advento da informática e o uso desta tecnologia contemporânea em todos os segmentos laborais e culturais de sociedade atual.
O uso de eletrônicos como ferramenta educacional vem ocupando todos os espaços: na educação, no lazer, na cultura e no trabalho. Entretanto, a tecnologia nem sempre é sinônimo de equipamentos eletrônicos, podemos dar como exemplo as tábuas dos dez mandamentos redigidas por Moisés, no qual tiveram ação de uma tecnologia educacional, pois através delas se pôde ensinar a lei mosaica aos hebreus.    
O avanço da tecnologia na sociedade contemporânea anda de forma extremamente rápida, hoje o uso de smartphone possibilita que tenhamos um mundo de informações na palma da mão. As redes sociais ganharam a simpatia de indivíduos de diferentes classes sociais e culturais. Portanto, falar ao telefone, ver TV ou fazer uma transferência bancária pode ser feito em um único aparelho, o telefone celular. As metodologias educacionais vêm acompanhado as diversas mudanças da atualidade, o exemplo mais recente é o grande aumento de cursos em EAD.
A educação a distância dispõe hoje na sociedade do conhecimento diversos meios de transmissão de informação, para concretização dos princípios básicos, que possibilita uma politica que defende a igualdade de direitos e oportunidades de educação para todos. A educação a distância promove aos estudantes a oportunidade de se desenvolver intelectualmente na impossibilidade da educação presencial.
O professor, por sua vez, deve seguir os avanços tecnológicos, caso contrário, certamente será substituído.   Enquanto alguns professores ainda desenterram velhas desculpas para não utilizarem os computadores e a Internet como ferramentas úteis no processo de ensino aprendizagem, outros já se lançam a uma nova geração de tecnologias que chegaram e emplacaram. Portanto surge assim um novo perfil do profissional da educação é a que chamamos de “Professor 2.0”.   
O avanço do processo tecnológico no período contemporâneo deu início com revolução industrial, com isso houve mudanças no sistema educacional. Existe agora a necessidade de especializar a massa proletariada para preencher as vagas que surgiram em um novo modo de produção.    
No século XXI a educação escolar é vista como a grande chave para a evolução humana. A função social da escola é vista como instrumento que possibilita o desenvolvimento das potencialidades físicas, cognitivas e afetivas do indivíduo, capacitando-o a tornar um cidadão, participativo na sociedade em que vivem.
A função básica da escola é garantir a aprendizagem de conhecimento, habilidades e valores necessários à socialização do indivíduo sendo necessário que a escola propicie o domínio dos conteúdos culturais básicos da leitura, da escrita, da ciência das artes e das letras, sem estas aprendizagens dificilmente o aluno poderá exercer seus direitos de cidadania.
O processo de globalização intensificou-se em meados dos anos 1990 e início dos anos 2000. O estudante de hoje tem fácil acesso as chamadas tecnologias digitais de informação e comunicações (TDIC’s), não é apenas a internet, são equipamentos tecnológicos que facilitam o cotidiano das pessoas e contribuem para o ensino e aprendizagem.  
Segundo o Dicionário Online da língua Português, Globalização é o processo que ocasiona uma integração, ou ligação estreita, entre economias e mercados, em diferentes países, resultando na quebra das fronteiras entre eles. A partir dessa realidade, podemos afirmar que a educação, também perpassa por esse fenômeno da globalização, e que acaba sendo, usualmente, discutida com propósitos políticos, econômicos e sociais, sob a perspectiva de amplos desafios.
Nesta era digital não há como dissociar a tecnologia da educação contemporânea, visto que, o aluno atual tem livre acesso a conteúdos e informações, facilitando as ideologias democráticas como também a formação cidadão.
A educação promove a inclusão social, como o auxilio da tecnologia, estudantes e professores podem estar em contato a partir de qualquer lugar. A capacidade de inclusão que a tecnologia traz para as instituições de ensino é ampla, dá acesso ao conhecimento, ao relacionamento interpessoal e a convívio.
Por fim, esta analise deixa claro que as novas tecnologias estão presentes na vida do homem atual, seja no mundo do trabalho, social, cultural e principalmente educacional. Desta forma, o professor deve absorver-se de metodologias inovadoras, afim de criar pontes entre o conhecimento significativo e o educando.    




quinta-feira, 23 de maio de 2019

liderança sistêmica e trabalho em equipe


LIDERANÇA E TRABALHO EM EQUIPE: A IMPORTÂNCIA DE TRABALHAR EM CONJUNTO

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O trabalho em equipe é algo extremamente importante e eficaz para as empresas, desde que seja conduzido da maneira correta. Uma equipe mal orientada, desmotivada, sem estímulos, pode levar projetos por água abaixo e até arruinar organizações.
O segredo de um trabalho em conjunto está na delegação de responsabilidades e não de tarefas, onde cada profissional, dentro de seus conhecimentos e capacidades, possa desenvolver a etapa do processo que lhe é designada. E a condução desse processo deve ser realizada por um líder que enxergue não apenas os conhecimentos técnicos dos profissionais e, sim, que saiba trabalhar as habilidades e competências de cada um.
Liderança e trabalho em equipe estão diretamente ligados, onde o líder é o profissional que conduz os demais nos processos de trabalho. Além disso, hoje ele é o responsável pelo desenvolvimento dos colaboradores e equipes a fim de explorar o máximo de suas competências e conhecimentos.

Trabalho em equipe, a solução do estresse dos profissionais brasileiros

Uma pesquisa realizada pela Robert Half em 12 países, com mais de 1.500 diretores de Recursos Humanos, apontou que os brasileiros são os profissionais mais estressados do mundo. 52% dos entrevistados em nosso país afirmaram que a principal causa do estresse no trabalho é a sobrecarga de serviço e o acúmulo de funções, seguindo pela falta de reconhecimento, 44%. O estudo revelou ainda que 60% acreditam que o trabalho em equipe minimiza os fatores de estresse e, ainda, 51% sugerem uma reestruturação das funções e tarefas.
O que podemos analisar com esse estudo é que os profissionais brasileiros prezam e necessitam do trabalho em equipe, dividindo suas responsabilidades, diminuindo estresse e entregando o resultado esperado pela organização.


quinta-feira, 11 de abril de 2019

Bolsonaro assina projeto de lei sobre educação domiciliar


Saiba como é o ensino em casa, uma das propostas do governo Bolsonaro
Medida Provisória deve regulamentar o 'homeschooling' nos próximos dias. Veja o que os especialistas dizem a respeito

A regulamentação do 'homeschooling' ou educação domiciliar é uma das metas do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) para os 100 primeiros dias de seu governo. Essa regulamentação deve vir por meio de uma Medida Provisória editada pelo Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos.
De acordo com a Aned (Associação Nacional de Educação Domiciliar) mais de 7 mil famílias brasileiras ensinaram seus filhos em casa em 2018. A prática foi considerada ilegal pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em setembro do ano passado. Os ministros entenderam que por falta de regulamentação não era possível garantir às crianças o direito à educação.
O que é o homeschooling, a educação domiciliar?
Na educação domiciliar a responsabilidade da escola é transferida para a família. Crianças e jovens são educados em casa com o apoio de adultos responsáveis, sejam eles familiares ou tutores. O tema é polêmico, em alguns países como Estados Unidos e Canadá a prática é adota, em outros como a Suécia, é considerado crime.
Como funciona na prática?
Não existe um modelo único. Há casos em que os próprios pais assumem o papel de ensinar os filhos. Em outros, professores particulares são contratados como tutores desse processo. Cursos complementares também podem ser usados como ferramentas para a aprendizagem. Para Ricardo Dias, presidente da Aned, “educar em casa é treinar o filho para aprender.  Os pais não precisam saber todo o conteúdo para educar em casa, e sim saber ajudar seus filhos a buscarem o conhecimento”.
Com relação ao conteúdo, as crianças e os jovens que estudam em casa, por não ter uma regulamentação nesse sentido, não seguem necessariamente o conteúdo das escolas. A aprendizagem também varia conforme os assuntos de interesse das crianças e jovens.
O que diz a lei?
A legislação brasileira não proíbe, mas também não regulamenta o ensino em casa. Tanto a Constituição como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) garantem o direito à educação e definem como um dever do Estado e da família. O Código Civil também assegura aos pais essa responsabilidade. Já o Código Penal criminaliza os pais que não matriculam seus filhos na escola.
As famílias que optam pelo homeschooling podem entrar na Justiça para ter autorização para educar os filhos em casa, não tendo garantias que terão o pedido aceito.
Em 2018, o STF decidiu que o ensino domiciliar só poderá ser aceito se houver uma lei que regulamente esse modelo. Cabe ao Congresso criar uma lei ou proibir o homeschooling.
O atual governo colocou como meta para os 100 primeiros dias de governo o ensino em casa. O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos edita uma Medida Provisória com uma proposta de regulamentação.
“Esse é um tema muito complexo, que não deve ser colocado por meio de uma Medida Provisória, deve ser debatido com diferentes setores da sociedade”, avalia Gabriel Barreto Correa, Gerente de Políticas Educacionais do Todos pela Educação.
O que as famílias que optam pelo homeschooling defendem?
“Não somos contra a escola. Lutamos pela autonomia educacional da família. Entendemos que a família é que tem a prioridade de escolher o gênero de instrução a ser ministrado aos seus filhos. Sugerimos uma legislação com bastante liberdade para os pais e pouca interferência estatal”, diz Ricardo Dias, presidente da Aned.
E quais são os pontos contrários ao ensino em casa?
Esse tema passa longe dos problemas que devem ser discutidos sobre educação no Brasil. Se comparado com o número de estudantes no país, essa MP atende poucas famílias. O risco da educação em casa começa pelo Estado, que não tem como garantir a qualidade e se essas crianças vão desenvolver competências sócio educacionais. Também abre espaço para o abandono da escolarização e, sim, algumas crianças ficam sujeitas ao trabalho infantil. É um tema polêmico, que precisa ser debatido com a sociedade.

FONTE: https://noticias.r7.com/educacao/saiba-como-e-o-ensino-em-casa-uma-das-propostas-do-governo-bolsonaro-16022019

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Dia Internacional do Maçom



O Maçom, por princípio, não deve ter um dia específico para agir maçônicamente. Todos os dias são Dias do Maçom, pois a construção do Templo Interior é um trabalho árduo, diuturno e que leva uma vida para ser concluído.
No entanto, existem datas festivas que são comemoradas em homenagem aos Maçons, quer em âmbito Nacional, quer em âmbito Internacional, como veremos a seguir:
No Brasil, comemoram-se também o DIA NACIONAL DO GRANDE ORIENTE DO BRASIL, em 17 de Junho e o DIA “NACIONAL DO MAÇOM “, em 20 de agosto.
A criação do dia 22 de fevereiro como “DIA INTERNACIONAL DO MAÇOM”, representa uma justa homenagem a um grande maçom, que antes de tudo, após a sua luta pela Independência de seu país, preferiu como forma de governo, uma República Democrática, transformando-se num dos Grandes vultos da História Universal.
O GOB – Grande Oriente do Brasil, através do Decreto Nº: 003, de 10/02/95, seu Grão-Mestre Francisco Murilo Pinto, atendeu à recomendação da reunião das mais importantes potências Maçônicas do mundo, e passa a comemorar o DIA INTERNACIONAL DO MAÇOM, no dia 22 de fevereiro, com plenas justificativas maçônicas e históricas.

HISTÓRIA

Nos dias 20, 21 e 22 de fevereiro de 1994, realizou-se em Washington, nos Estados Unidos, a Reunião Anual dos Grãos-Mestres das Grandes Lojas da América do Norte (Estados Unidos, Canadá e México).
Estiveram presentes como Obediências Co-Irmãs, a Grande Loja Unida da Inglaterra, a Grande Loja Nacional Francesa, a Grande Loja Regular de Portugal, a Grande Loja Regular da Itália, O Grande Oriente da Itália, a Grande Loja Regular da Grécia, a Grande Loja das Filipinas, a Grande Loja do Irã (no exílio); além do Grande Oriente do Brasil, a delegação chefiada pelo Grão-Mestre Francisco Murilo Pinto, que ali estava como observador.
Ao encerramento dos trabalhos, o Grão-Mestre da Grande Loja Regular de Portugal, Ir. Fernando Paes Coelho Teixeira, apresentou uma sugestão aprovada pelos Grãos-Mestres de todas as Grandes Lojas dos Estados Unidos e mais as do México e Canadá, no sentido de fixar o dia 22 de fevereiro como o DIA INTERNACIONAL DO MAÇOM, a ser comemorado por todas as Obediências reconhecidas, o que foi aprovado.
Por que 22 de fevereiro?

No dia 22 de fevereiro de 1732, no estado de Virginia (EUA), nasceu GEORGE WASHINGTON, o principal artífice da independência dos Estados Unidos. Nascido pouco depois do início da Maçonaria nos Estados Unidos – Vale ressaltar que a Maçonaria nos Estados Unidos teve início em 23 de abril de 1730, no estado de Massachussets.
George Washington foi iniciado em 04 de novembro de 1752, na “Loja Fredericksburg Nº: 04″, de Fredericksburg, no estado da Virginia; elevado ao grau de Companheiro em 1753, e exaltado a Mestre em 04 de agosto de 1754.
Representante da Virginia no 1º Congresso Continental (1774) e Comandante das forças coloniais (1775) dirigiu as operações, durante os cinco anos da Guerra de Independência, após a declaração de 1776. Ao ser firmada a paz em 1783, renunciou à chefia do Exército, dedicando-se então aos seus afazeres particulares.
Em 1787, reunia-se, em Filadélfia, a Assembléia Constituinte, para redigir a Constituição Federal e Washington, que era um dos Delegados da Virginia; é eleito por unanimidade para presidi-la. Depois de aprovada a Constituição, havendo a necessidade de se proceder à eleição de um Presidente, figura nova na política norte-americana, Washington, pelo seu passado, pela sua liderança, e pelo prestígio internacional de que desfrutava, era o candidato natural e foi eleito por unanimidade, embora desejasse retornar à vida privada e dedicar-se às suas propriedades.
O Primeiro Presidente Norte-Americano GEORGE WASHINGTON, sendo um forte defensor da democracia, permitiu que o seu país emergisse como uma nação verdadeiramente voltada aos interesses do povo. Foi eleito por mais duas vezes ao cargo, mas após o final de seus mandatos, ele não tentou permanecer no poder. Então estabeleceu a organizada e pacífica passagem de poder de um líder eleito para outro – um precedente que sempre permaneceu em vigor em toda a história dos Estados Unidos.
Segundo alguns biógrafos de George Washington, este não era um grande pensador ou orador, assim como outros líderes americanos anteriores tais como Thomas Jefferson, James Madison ou Benjamin Franklin.
O legado do primeiro presidente norte-americano continua até hoje. A capital do país, Washington D.C. (Distrito de Colúmbia), recebe seu nome. Uma nação agradecida reconhece que sua grandeza se deve em grande parte a homens como Washington, que lutaram para criar um país baseado nos ideais de “vida, liberdade e a busca pela felicidade”. Mesmo que a história americana não seja impecável, a nação provou ser uma fonte de liberdade, oportunidade e riqueza para norte-americanos e imigrantes de outras nações do mundo.
Como Presidente da República norte-americana, nunca esqueceu a sua formação maçônica: ao assumir o seu primeiro mandato, em abril de 1789, prestou o seu juramento constitucional sobre a Bíblia da “Loja Alexandria Nº: 22″, da qual fora Venerável Mestre em 1788; em 18 de setembro de 1783, como Grão-Mestre pro-tempore da Grande Loja de Maryland, colocou a primeira pedra do Capitólio – o Congresso norte-americano – apresentando-se com todos os seus paramentos e insígnias de alto mandatário Maçom.
Faleceu em sua casa em 14 de dezembro de 1799, seu sepultamento ocorreu no dia 18, em sua propriedade de Mount Vernon, numa cerimônia fúnebre Maçônica, dirigida pelo Reverendo James Muir, capelão da “Loja Alexandria Nº: 22″, e pelo Dr. Elisha C. Dick, Venerável Mestre da mesma Oficina.

Fontes:

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