A Igreja Medieval representa a ascensão da Igreja Católica no período da Idade Média e seu envolvimento direto na história da sociedade.
Após a queda do Império Romano, é observada a Igreja como a fonte de disseminação e reflexão dos valores cristãos. No período que antecedia a consolidação da Igreja Medieval, outras religiões pagãs tentavam emergir.
Entretanto, foi Concílio de Niceia, no ano de 325 d.C., que estabelece as bases ideológicas religiosas da Igreja Católica Apostólica Romana. Graças à centralização da organização, e da formulação hierárquica estrutural renovada, que a Igreja estende seu campo de influência.
Igreja Medieval começa a se estabelecer
O estabelecimento da Igreja Medieval na sociedade se dá por meados do século V. Presente em diferentes extratos sociais, a Igreja fora capaz, inclusive, de influenciar na organização da época.
Dividida em sociedade medieval, esta abrangia o Clero, Nobreza e Servos. A tríade era o reflexo da Santíssima Trindade (o pai, o filho e o espírito santo) propagada pela Igreja.
Além dos reflexos da própria hierarquia social, havia uma valorização maior do póstero do que a vida terrena. Assim, esta última era desprezada, enquanto a vida nos céus seria o verdadeiro objetivo a ser alcançado.
Dessa maneira, muito dos valores sustentados pela sociedade à época estava diretamente ligados ao dilema do que viria no pós-morte. Os benefícios a quem se comportou da forma adequada, segundo a igreja. Os males àqueles que a rejeitavam.
Riqueza e poder
Não só de influência na sociedade vivia a Igreja Medieval da época. No campo das ideias, a Igreja Medieval se destacava pelo poderio material acumulado durante o período.
Com o controle de regiões feudais estratégicas, a Igreja passa ser a coordenadora de decisões no poder vigente à época. O crescimento deste enriquecimento foi uma controvérsia dentro da instituição, uma vez que causou adversas reações internamente.
Houve, então, um rompimento entre dois pensamentos internamente na própria Igreja. De um lado, os que viam como negativa a influência político-econômica crescendo, que delimitaram-se a assuntos de ordem religiosa.
Estes se abstinham do conforto proporcionado pela Igreja, dos luxos e, sobretudo, das decisões que transgrediam o campo da fé. Enquanto isso, outros viam como uma oportunidade de estabelecimento político no período.
O rompimento nas práticas refletiu na cisão e consequente subdivisão do clero. Agora, este concentrava-se em duas diferentes vertentes, tais como:
- Clero Secular: administração dos bens materiais acumulados pela Igreja e tomada de decisões de cunho político;
- Clero Regular: ordenados religiosos, voltados muito mais às práticas de cunho espiritual, com pregações e orientações;
O monopólio intelectual e influência social
Além de toda influência social, política e espiritual, o conteúdo intelectual também era exclusivo da Igreja. À exceção do grande escalão da Igreja Medieval, poucas pessoas eram letradas e/ou alfabetizadas.
A grande influência da Igreja se dava pelo fato de concentrarem a verdade absoluta. Isso porque, apesar de variadas interpretações de seitas e ritos pagãos, além de condenáveis, eram vigiadas de perto pela população.
Referências
AZEVEDO, Gislane e SERIACOPI, Reinaldo. Editora Ática, São Paulo-SP, 1ª edição. 2007, 592 p.
FONTE:https://www.todoestudo.com.br/historia/igreja-medieval
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