SOLIDARIEDADE NA MAÇONARIA

 SOLIDARIEDADE NA MAÇONARIA

Ednardo Sousa Bezerra Júnior.´.

“É fácil amar os que estão longe. Mas nem sempre é fácil amar os que vivem ao nosso lado.” (Madre Teresa de Calcutá)

Madre Teresa de Calcutá, foi uma religiosa católica de etnia albanesa naturalizada indiana, fundadora da congregação das Missionárias da Caridade, cujo carisma é o serviço aos mais pobres dos pobres por meio da vivência do Evangelho de Jesus Cristo. Teve o seu trabalho reconhecido ao longo da vida por instituições dentro e fora da Índia, recebendo o Prêmio Nobel da Paz em 1979.  Foi beatificada em 2013 pelo Papa João Paulo II e canonizada em 2016 pelo Papa Francisco.

A Santa Tereza de Calcutá defendia a importância do amor ao próximo principalmente se o próximo estiver ao nosso lado. Em suas palavras ela afirmava que, “o amor começa em casa. Primeiro está a família, depois a cidade. É fácil fingir amar as pessoas que estão longe; mas é muito menos fácil amar aqueles que vivem conosco ou que estão muito perto de nós. Desconfio dos grandes projetos impessoais, porque o importante são as pessoas. Para se amar alguém, é preciso estar perto dessa pessoa. Todas as pessoas precisam de amor. Todos nós precisamos saber que temos importância para os outros e que temos um valor inestimável aos olhos de Deus.” 

No Rito Escocês Antigo e Aceito é explicado ao aprendiz que o Tronco de Solidariedade arrecada dinheiro, que será distribuído depois aos necessitados. O obreiro coloca seu óbolo na mão e a fecha, coloca-a dentro da bolsa de coleta e lá dentro a abre e solta sua doação, depois fecha a mão e a retira fechada. Ao retirar a mão fechada significa que assim como ele pode colocar o que lhe ditar o coração, também poderá tirar quando necessidades o afligirem. Daí aduz-se que os necessitados a serem socorridos em primeira instância são os próprios irmãos do quadro.

Em um artigo publicado no dia 13 de janeiro de 2018 no jornal maçônico A folha do Litoral, há uma afirmação sobre as prioridades do tronco de solidariedade, o mesmo “tem uma única finalidade, (...) de socorro e assistência a Irmãos necessitados, suas viúvas e órfãos. Isso deve ser cumprido em primeiro lugar. 

O irmão que não consegue pagar suas contas tem direito ao uso destes recursos? 

Não! Isto não é situação válida para obter recurso deste fundo. O obreiro teve sua casa queimada ou uma doença grave sobre ele se abateu de forma inesperada, pode ser socorrido com recursos do Tronco de Beneficência? Sim! À critério do venerável mestre e da loja.

Sempre precisa haver razão válida, de real valor humanitário para se efetuar algum socorro. E esta ajuda é feita muitas vezes de tal maneira que o beneficiado sequer sabe de onde vem o recurso, é feita também de tal forma que não humilhe aquele; tem somente o objetivo de amenizar o sofrimento de quem realmente necessita. 

Por fim o maçom verdadeiro nutre um sentimento de fraternidade, solidariedade e companheirismo, entre todos irmãos. A capacidade de devolver empatia, o amor ao próximo, dentro e fora dos templos maçônicos, é primordial para o envolvimento e evolução do homem na subida da escada de Jacó.   

O amor é a capacidade de cuidar-se e de cuidar do outro, porém devemos aprender a não apenas sentir compaixão por aqueles que estão longe, e sim amar aqueles que estão perto, amar aqueles que nem sempre merecem ser amados, mas precisam do seu amor. (Mário Sergio Cortella)

Fonte: 

https://folhadolitoral.com.br/maconaria

http://segredomaconico.blogspot.com/2011/02/tronco-de-solidariedade.html 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Madre_Teresa_de_Calcut%C3%A1