sábado, 3 de agosto de 2013

Expectativa de vida tem aumento de 13,44 anos


Estado foi o 5º do País com o maior crescimento, conforme pesquisa divulgada ontem pelo IBGE
A expectativa de vida do cearense cresceu 13,44 anos entre 1980 e 2010. O crescimento entre as mulheres ficou em 14,38 anos, enquanto entre os homens a elevação atingiu 12,48 anos. No mesmo período, na comparação com o restante do Brasil, o Ceará foi o 5º estado que apresentou maior aumento, perdendo para Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas.

O avanço no Estado do Ceará segue a tendência registrada na região Nordeste, que teve um crescimento de 12,95 anos nesse mesmo período

Os dados são da pesquisa Tábuas de Mortalidade 2010 - Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação, divulgada, ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 1980, o cearense tinha uma das taxas mais baixas do País (58,96 anos). No período de 30 anos, houve a elevação e, em 2010, atingiu 72,40 anos. De acordo com o IBGE, o crescimento foi decorrente, principalmente, do aumento de 14,38 anos na expectativa de vida das mulheres, que passou de 62,02 anos em 1980 para 76,40, em 2010.

O avanço no Ceará segue a tendência registrada no Nordeste, que teve um crescimento de 12,95 anos nesse mesmo período. O aumento da expectativa de vida do cearense ainda foi maior do que a média brasileira, de 11,24 anos.

A pesquisa mostra também que a maior esperança de vida ocorre em Santa Catarina (76,8 anos), Distrito Federal (76,2 anos), São Paulo (76 anos), Rio Grande do Sul (75,9 anos) e Espírito Santo (75,6 anos).

Segundo o gerente de Componentes de Dinâmica Demográfica do IBGE, Fernando Albuquerque, o Nordeste representava, em 1980, a região com menor índice de expectativa de vida. Para ele, aplicação mais eficaz de programas sociais e de projetos de distribuição de renda favoreceram o crescimento da taxa da região.

"Todos os programas geraram impacto positivo na região: houve aumento na qualidade de atendimento de pré-natal, transferência de renda propiciada pelo Bolsa Família e melhor instrução. O Programa Saúde da Família não atinge só a mortalidade inicial, mas todas as faixas de idade. São programas importantes que representam forte impacto na redução da mortalidade. Há um aumento maior da expectativa de vida no Nordeste", explicou Albuquerque. Na análise por Estados, os piores resultados apresentados ocorrem no Maranhão (68,7 anos), Alagoas (69,2 anos), Piauí (69,8 anos), Roraima (69,9 anos) e Rondônia (70,3 anos).

"São regiões com baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), onde o acesso à saúde é mais complexo. São Estados que precisam mais urgentemente de investimentos em saúde pública", afirma Albuquerque. Outro problema, cita o gerente, é a baixa escolaridade.

Resultados

Apesar do aumento da expectativa de vida, o Nordeste tem um dos piores resultados entre as regiões do País (71,2 anos em 2010), atrás apenas da Norte (70,8 anos). No Brasil, a expectativa de vida passou de 62,5 anos, em 1980, para 73,8 anos em 2010 - acréscimo de 11 anos, dois meses e 27 dias no período.

Outra modificação importante se deu no cálculo da esperança de vida aos 60 anos. Em 1980, quem atingisse essa idade no País poderia esperar viver mais 16 anos, quatro meses e seis dias; em 2010, essa sobrevida se alargara para 21 anos, sete meses e seis dias, mais quatro anos, oito meses e 15 dias.

A sobremortalidade masculina em relação à feminina (probabilidade de um homem morrer em relação a uma mulher) continuou marcante em 2010, tendo aumentado em relação ao ano de 1980.

"Atinge o máximo no grupo de 20 a 24 anos, onde a probabilidade de um homem de 20 anos não atingir os 25 anos é 4,4 vezes, maior do que esta mesma probabilidade para a população feminina", analisa o estudo.

*Com informações da Redação Web do Diário do Nordeste
Mortalidade infantil diminui 76,68%
A taxa de mortalidade infantil no Ceará apresentou uma queda de 76,68% na faixa etária que compreende os recém-nascidos até um ano de idade. Em 1980, foram 111,15 mortes para cada 1.000 nascidos vivos, enquanto em 2010, os dados somam 19,7 óbitos neste mesmo universo de habitantes. Essa é a conclusão da pesquisa Tábuas de Mortalidade 2010 - Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a pesquisa do IBGE divulgada ontem, a redução da taxa indica que, para cada 1.000 bebês nascidos vivos, 91,8 deixaram de morrer no Ceará

Em 1980, o Ceará (11,15%) era o terceiro do Estado do Brasil com o maior índice de taxa de mortalidade, perdendo apenas para Paraíba, com 11,71%. Com a redução do número, a situação se inverteu, e o Estado (1,97%) passou a ocupar novamente a segunda colocação, mas no ranking de menor taxa de mortalidade infantil da região, ficando atrás apenas de Pernambuco, com 1,85%.

Regionalmente, o Ceará ficou à frente do Rio Grande do Norte (2,06%), Sergipe (2,26%), Paraíba (2,29%) e Bahia (2,31%), enquanto Alagoas figurou com o pior resultado (3,02%). A média do Brasil é 1,67%. No panorama nacional, a menor taxa foi registrada em Santa Catarina (0,92%), seguido do Rio Grande do Sul (0,99%) e Paraná (1,08%).

Crianças

Conforme a pesquisa, a redução da taxa nas últimas três décadas indica que 91,8 bebês - para cada 1.000 nascidos vivos - com até um ano de idade deixaram de morrer no Ceará.

O IBGE atribui o declínio na taxa a diversos fatores, como o aumento o aumento da escolaridade feminina, a elevação do percentual de domicílios com saneamento básico adequado, a diminuição da desnutrição infanto-juvenil e um maior acesso aos serviços de saúde, proporcionando uma relativa melhoria na qualidade do atendimento pré-natal e durante os primeiros anos de vida dos nascidos vivos.

Nacionalmente, conforme os dados apresentados pela pesquisa, a taxa de mortalidade caiu de 6,91% em 1980, para 1,67% em 2010. A pesquisa ainda revela que, na região Nordeste, para cada mil crianças nascidas em 1980, 120 não completariam o quinto ano de vida. Já em 2010, apenas 26 não chegariam aos cinco anos.



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