A Política no Nordeste do Brasil é bem assim.
“Indústria
da seca” é um termo utilizado para designar a estratégia de alguns
políticos que aproveitam a tragédia da seca na região nordeste do Brasil para ganho próprio. O termo começou a
ser usado na década de 60 por Antônio Callado que já denunciava no Correio da Manhã os problemas da região do semi-árido brasileiro.
Os
problemas sociais no chamado “polígono da seca” são bastante conhecidos
por todos, mas nem todos sabem que não precisava ser assim. A seca em si, não é
o problema. Países como EUA que cultivam áreas imensas e com sucesso em regiões
como a Califórnia, onde chove sete vezes menos do que no polígono da seca, e
Israel, que consegue manter um nível de vida razoável em um deserto, são provas
disso.
A seca é um fenômeno natural
periódico que pode ser contornada com o monitoramento do regime de chuvas,
implantação de técnicas próprias para regiões com escassez hídrica ou projetos
de irrigação e açudes, além de outras alternativas. Estes últimos, porém, são
frequentemente utilizados para encobrir desvios de verbas em projetos
superfaturados ou em troca de favores políticos.
Os “industriais da seca” se utilizam da calamidade para
conseguir mais verbas, incentivos fiscais, concessões de crédito e perdão de
dívidas valendo-se da propaganda de que o povo está morrendo de fome. Enquanto
isso, o pouco dos recursos que realmente são empregados na construção de açudes
e projetos de irrigação, torna-se inútil quando estes são construídos em propriedades
privadas de grandes latifundiários que os usam para fortalecer seu poder ou
então, quando por falta de planejamento adequado, se tornam imensas obras
ineficazes.
Fontes
http://www.fundaj.gov.br/notitia/
http://super.abril.com.br/superarquivo/1994/conteudo_114129.shtml
http://www.manuelzao.ufmg.br/
http://www.fundaj.gov.br/notitia/
http://super.abril.com.br/superarquivo/1994/conteudo_114129.shtml
http://www.manuelzao.ufmg.br/
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