O Ciclo do Algodão no Brasil ocorreu entre a segunda metade do século XVIII e começo do século XIX. Neste período, a produção de algodão era quase toda voltada para o mercado externo, principalmente para a Inglaterra, que passava pelo auge da Revolução Industrial Inglesa. Portanto, o algodão brasileiro foi muito usado como matéria-prima para a indústria têxtil britânica.
Vale ressaltar que, nesta época, o algodão não era o único produto da economia brasileira. A economia era diversificada, embora centrada na produção de gêneros agrícolas.
Neste período, a principal região produtora de algodão do mundo era o sul dos Estados Unidos, cuja quase totalidade da produção também era destinada à indústria têxtil inglesa.
Principais característica
- Utilização, principalmente, de mão-de-obra escrava africana nas fazendas produtoras.
- Cultivo em grandes propriedades rurais (latifúndios).
- Produção voltada quase que totalmente para o mercado externo, principalmente para Inglaterra.
- A principal região de produção de algodão no período era o Maranhão. A Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e do Maranhão, criada em 1756, era a principal “empresa” responsável pela produção, obtenção de mão-de-obra escrava africana e comercialização do produto na Europa. O Ceará também se destacou na produção de algodão nesta fase.
Fim do ciclo
Com o avanço da cultura do café, a partir do começo do século XIX, o algodão deixou de ser um dos principais produtos exportado pelo Brasil. Porém, vale ressaltar que o cultivo e beneficiamento do algodão não deixaram de ser importantes atividades econômicas no Brasil. Até hoje, o cultivo de algodão é muito importante na economia brasileira.
História do Algodão
A cultura do algodão no Brasil teve início em meados do século XVIII, com a revolução industrial na Europa.
O primeiro grande produtor foi o Estado do Maranhão, que em 1.760 começou a produzir e exportar para Portugal, que por sua vez, exportava para a Inglaterra, centro da indústria têxtil na Europa.
O beneficiamento do algodão no Brasil tem seu início na mesma época. Contando com a mão de obra de escravos através de um método manual primitivo, utilizava um aparelho denominado “churka oriental” embora já existissem em outros países como Estados Unidos e Inglaterra, processos mecanizados.
São Paulo se firmaria depois como grande centro produtor com a vinda de alguns imigrantes norte-americanos. Eles traziam tecnologias mais avançadas de beneficiamento e também sementes de algodão herbáceo, de fibra mais curta que os do nordeste, porém, muito mais produtivos plantados anualmente.
De São Paulo o algodão expandiu-se para o Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, formando a zona meridional, responsável pela grande produção algodoeira do Brasil.
Com a expansão da cultura no Paraná na década de 80, as usinas que estavam desativadas no nordeste do Brasil e algumas em São Paulo, foram deslocadas para aquele estado, a fim de suprir a demanda de beneficiamento criada pelo crescimento.
A mesma coisa veio a acontecer quando, por problemas financeiros e de manejo fito-sanitário, ocorreu à migração da lavoura para a zona do cerrado brasileiro. Os produtores que empreenderam nessas regiões, trouxeram consigo as usinas que foram sendo desativadas no Paraná.
Em Mato Grosso do Sul, o cultivo do algodão começou pela região sul, com a implantação da Colônia Agrícola Federal de Dourados abrangendo os municípios de Naviraí, Fátima do Sul, Glória de Dourados e Deodápolis, entre outras. Inicialmente por intermédio de agricultores nordestinos e da migração de pequenos agricultores que já plantavam algodão em São Paulo e no Paraná.
Com o propósito de promover melhores condições de produção aos cotonicultores da região, foi criada em dezembro de 1978 a COPASUL, Cooperativa Agrícola Sul-mato-grossense que implantou em Naviraí, na década de 80, sua primeira usina de beneficiamento, tida como a mais moderna do Brasil.
Somente na década de 90 é que a planta passou a ser desenvolvida na região centro-oeste e norte do estado, especialmente nos municípios de Chapadão do Sul, São Gabriel do Oeste e Costa Rica, aonde o algodão se desenvolveu com seu novo perfil produtivo.
Você sabia?
- Atualmente, os maiores produtores de algodão do mundo são: China, Índia, EUA, Paquistão e Brasil.
- Grande parte do algodão produzido no Brasil, nos dias de hoje, é exportada. Os maiores compradores (importadores) do algodão brasileiro são: Indonésia, Coreia do Sul, Malásia e China.
- Os principais estados brasileiros produtores de algodão na atualidade são: Mato Grosso do Sul, Bahia, Paraná, Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Piauí.
FONTES:
http://www.ampasul.com.br/institucional.php?tag=6
http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/ciclo_algodao.htm
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