Nos primórdios da humanidade, o homem, assim como os
demais animais vivia em bandos. Desta forma, os rebanhos e seres humanos
deslocavam-se na busca de pastagens e clima mais propícios conforme as estações
do ano e de suas necessidades de sobrevivência, este movimento migratório era a
relação entre a vida e a morte.
Segundo Hamilton Werneck (2008, p.15), “estávamos diante
de uma estrutura social em que homens e mulheres conviviam sem a perspectiva da
hierarquia entre eles. O controle e a autonomia dão lugar à confiança”.
Portanto uma sociedade igualitária onde o bem comum era regra e não
exceção.
Com a evolução dos hominídeos, surgiu a agricultura, a
escrita e tantos outros confortos, de
modo que o homem deixou a sua condição de nômades e passar a vida sedentária, e
mais tranquila.
Chega o momento em que humanos constrói as primeiras civilizações, surgindo os clãs e tribos tipicamente patriarcais. Agora os rebanhos tinham dono, estavam cercados ou eram vigiados.
Chega o momento em que humanos constrói as primeiras civilizações, surgindo os clãs e tribos tipicamente patriarcais. Agora os rebanhos tinham dono, estavam cercados ou eram vigiados.
O bicho homem passa a ter agora a preocupação de ser
dono, de mandar e esta no nível mais alto da estrutura hierárquica de sua
comunidade. O poder de controlar os seus iguais passar a ser uma constante
entre os rebanhos de homem que na pré-história viviam em uma sociedade
primitiva e socialista.
Na nossa atualidade estamos cercados e vigiados por
devoradores de homens, que vivem do suor das classes dominadas. Estes dominadores
que jogam migalhas ao povo, que na maioria das vezes são analfabetos políticos,
integrantes de uma sociedade que priva o cidadão de uma educação libertadora e
crítica, a fim de produzir cópias humanas como em modo de produção fordista, que
refere-se aos sistemas de produção em massa ou também chamado de linha de produção.
Até mesmo as ideologias teológicas foram
distorcidas em prol do controle da massa, “a religião, antes uma evocação
mística de deuses e deusas que refletiam o equilíbrio do universo, dá lugar a
deuses que surgem como autoridades normativas, arbitrárias e que exigem total
submissão e obediência”. (MATURANA, 1993)
Destarte, quando
Zé Ramalho canta Admirável Gado Novo, gravado pela primeira vez em 1979, percebemos que fazemos
parte de uma massa popular que
trabalha duro em nossa caminhada, e
damos muito mais do que recebemos.
Podemos concluir que vivemos em uma política arcaica e
somos vigiados feitos gado constantemente a fim de não atrapalhar as metas traçada
para o povo pela elite dominante que além de ser detentora da maior parte das
riquezas materiais, também é proprietária do voto do povo, afinal, é esta mesma
elite que decide quem deve ou não pastorear
o rebanho.
Prof. Ednardo Sousa Bezerra Jr.
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