Prof. Ednardo Júnior
A construção de identidades pessoais e sociais está relacionada à memória, já que tanto no plano individual quanto no coletivo ela permite que cada geração estabeleça vínculos com as gerações anteriores. Os indivíduos, assim como as sociedades, procuram preservar o passado como um guia que serve de orientação para enfrentar as incertezas do presente e do futuro.
O encino de história local apresenta-se como um ponto de partida para a aprendizagem histórica, pela possibilidade de trabalhar com a realidade mais próxima das relações sociais que se estabelecem entre educador / educando / sociedade e o meio em que vivem e atuam.
Ao priorizar o meio cultural e suas manifestações como forma de conhecimento de uma cultura de grupo familiar e comunitário, o estudo da cultura local visa a compreensão, o significado e a importância das ações humanas, que são consideradas também culturais. Ao inserir no estudo as práticas culturais dos grupos familiar e comunitário, objetiva-se, provocar no estudante universitário, um “abrir-se a alma” da cultura de um grupo, como cita Freire (1995, p.110). Portanto, envolver-se no cotidiano nas mais diferentes formas, constitui uma forma de compreender a História e a trajetória de vida de seu povo. Para Bittencourt (2004, p. 172)
A história do “lugar”
como objeto de estudo ganha necessariamente, contornos temporais e espaciais.
Não se trata, portanto, ao de proporem conteúdos escolares da história local,
de entendê-los apenas na história do presente ou de determinado passado, mas de
procurar identificar a dinâmica do lugar, as transformações do espaço, e
articular esse processo às relações externas, a outros “lugares”.
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