segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

Vaidade, Fraternidade e Dever Maçônico

     Ednardo Sousa Bezerra Jr

O caminho maçônico se inicia no Grau de Aprendiz, quando o homem adentra o Templo trazendo consigo as marcas do mundo profano e uma pedra ainda bruta. Nesse primeiro passo, aprende que o silêncio, a humildade e a escuta são instrumentos indispensáveis. É ali que compreende que os vícios,  especialmente a vaidade,  precisam ser contidos, pois endurecem a pedra e impedem o trabalho. O Aprendiz é chamado a vigiar a si mesmo, a respeitar seus irmãos e a entender que o verdadeiro labor começa no interior.

No Grau de Companheiro, o obreiro já conhece melhor seus instrumentos e passa a compreender o valor do trabalho coletivo. Aprende que o crescimento individual só faz sentido quando contribui para a harmonia da Obra comum. Nesse estágio, a vaidade se manifesta de forma ainda mais sutil, pois o conhecimento adquirido pode iludir o espírito. Cabe ao Companheiro lembrar que saber não é dominar, mas servir; que caminhar mais adiante não significa caminhar acima. O cuidado e o companheirismo entre irmãos tornam-se sinais visíveis do progresso moral.

Ao alcançar o Grau de Mestre, o maçom é confrontado com a responsabilidade do exemplo. Já não basta aprender ou executar; é preciso sustentar a Obra com equilíbrio, justiça e fraternidade. O Mestre compreende que a vaidade, quando não vencida, pode comprometer toda a edificação. Por isso, seu maior ensinamento não está na palavra, mas na atitude serena, no acolhimento fraterno e na capacidade de unir, mesmo em meio às diferenças.

Em todos os graus, uma verdade permanece imutável: as dificuldades do mundo profano, por mais duras que sejam, não diminuem nem suspendem as obrigações maçônicas. Pelo contrário, é fora do Templo que os ensinamentos recebidos devem se manifestar com maior clareza. O compromisso assumido diante do Altar não se encerra com o fechar das Colunas; ele acompanha o maçom em sua família, em seu trabalho e em sua relação com a sociedade.

Ser maçom apenas em Loja é incompleto. Ser maçom na vida cotidiana é a prova real da iniciação. É no agir discreto, na ética diária, na mão estendida ao irmão e na postura justa diante do mundo que se confirma a autenticidade do caminho percorrido.

Que Aprendizes, Companheiros e Mestres jamais se esqueçam de que todos trabalham na mesma construção, cada qual em seu tempo e em sua função. Que a VAIDADE seja contida, que a fraternidade seja fortalecida e que a Luz recebida no Templo ilumine, sobretudo, os caminhos do mundo profano.

terça-feira, 18 de novembro de 2025

Liberdade Inacabada: Maçonaria, Abolição e a Luta Negra que Ainda Ecoa no Brasil



Ednardo Sousa Bezerra Jr

A história da liberdade no Brasil é marcada por avanços importantes, mas também por contradições profundas. A Maçonaria, com seus ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, teve papel significativo na luta abolicionista ao oferecer espaço para debates, articulações políticas e ações concretas em defesa da emancipação dos escravizados. Figuras como José Bonifácio, Luís Gama, Rui Barbosa e Joaquim Nabuco, todos ligados à Maçonaria, contribuíram decisivamente para que a Lei Áurea fosse possível.

No entanto, o fim formal da escravidão em 1888 não significou a eliminação imediata de práticas violentas ou discriminatórias. Um exemplo emblemático é o caso da Marinha brasileira, que, mesmo após a abolição, continuou a aplicar castigos físicos, prática autorizada durante o governo de Marechal Deodoro da Fonseca, ele próprio um maçom. Esse episódio revela a complexidade da história: homens que defendiam a liberdade em determinados contextos permaneceram, em outros, presos a estruturas autoritárias e desumanas herdadas do período escravocrata.

Essa contradição histórica evidencia que a abolição foi apenas um passo, e não a chegada ao destino final. Sem políticas de inclusão, reparação ou proteção, a população negra permaneceu vulnerável e marginalizada. Por isso, ainda hoje, o Brasil enfrenta as marcas profundas do racismo estrutural: desigualdade de oportunidades, discriminação cotidiana, violência e exclusão social.

É nesse contexto que o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, se torna essencial. A data, simbolizada pela resistência de Zumbi dos Palmares, nos lembra que a luta pela liberdade é contínua. Ela exige reflexão sobre o passado, reconhecimento das injustiças presentes e compromisso com a construção de uma sociedade verdadeiramente igualitária.

Assim, ao revisitar a atuação da Maçonaria na abolição, as contradições pós-1888 e o significado da Consciência Negra, reafirmamos que a verdadeira liberdade não é apenas a ausência de correntes, mas a presença de dignidade, respeito e equidade para todos. A história nos chama a agir, ontem, hoje e sempre,pela construção de um Brasil mais justo e humano.

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

A Escada de Jacó

Símbolo de ascensão espiritual



A Escada de Jacó é um dos símbolos mais enigmáticos e inspiradores das tradições bíblicas, teológicas e esotéricas. Sua origem encontra-se na narrativa do livro de Gênesis (Gn 28:10-19), quando Jacó, em sua jornada, adormeceu em Betel e teve um sonho no qual via uma escada erguendo-se da Terra até o Céu. Anjos subiam e desciam por ela, e, no alto, o Senhor reafirmava sua aliança com os patriarcas.

Essa visão tornou-se, ao longo dos séculos, uma fonte inesgotável de interpretações, tanto na teologia cristã quanto na filosofia espiritual e no simbolismo iniciático da Maçonaria.

Entre o humano e o divino

A escada simboliza a ligação entre o mundo terreno e o espiritual, o elo entre o finito e o infinito, entre a matéria e o espírito. Santo Agostinho, em suas “Confissões”, afirma que cada degrau dessa ascensão representa a superação de paixões e a conquista de virtudes, conduzindo a alma à união com Deus. Orígenes, por sua vez, interpretava a escada como um itinerário de purificação interior, no qual os anjos seriam símbolos das forças espirituais que auxiliam ou provam o homem em sua caminhada.

No campo da mística cristã, a Escada de Jacó inspirou obras como a “Escada do Paraíso”, escrita por São João Clímaco (século VII), que descreve trinta degraus espirituais de ascensão rumo à perfeição.

O olhar maçônico

Na Maçonaria, a Escada de Jacó é compreendida como alegoria da evolução humana. Cada degrau representa um estágio de progresso moral, intelectual e espiritual. O maçom, ao subir por essa escada simbólica, vai deixando para trás vícios e ilusões, aproximando-se da Luz e da Verdade. Como ensinam antigos rituais: “O caminho da perfeição é feito de degraus; cada virtude conquistada é um passo mais alto na escada da sabedoria”.

Assim, a escada torna-se também símbolo da própria condição humana: um ser em constante movimento, chamado a subir com perseverança, fé e disciplina.

A dinâmica da ascensão

Os anjos que sobem e descem a escada representam o intercâmbio contínuo entre Céu e Terra, lembrando-nos que a vida espiritual não é estática, mas dinâmica. Trata-se de um fluxo constante de aprendizado, queda, superação e crescimento. Tomás de Aquino já afirmava que a perfeição da vida cristã não está em nunca cair, mas em levantar-se sempre, com humildade e confiança na graça divina.

Conclusão: um convite à elevação

A Escada de Jacó nos recorda que todos estamos em uma jornada. Alguns em degraus mais baixos, outros mais altos, mas todos chamados a ascender em direção à luz. Esse símbolo nos ensina paciência, constância e fé, pois a verdadeira subida não acontece fora, mas no interior da alma.

Na perspectiva bíblica, teológica e maçônica, a escada é, sobretudo, um convite à elevação, um apelo à busca de sabedoria e à união com o Divino. Em cada degrau, um aprendizado; em cada passo, uma vitória sobre nós mesmos.

Referências

  • Bíblia Sagrada, Gênesis 28:10-19.

  • AGOSTINHO, Santo. Confissões.

  • ORÍGENES. Homilias sobre o Gênesis.

  • CLÍMACO, São João. A Escada do Paraíso.

terça-feira, 2 de setembro de 2025

Modernização e Inovação na Maçonaria: Um Chamado ao Presente

 




Profº Ednardo Sousa Bezerra Júnior


A Maçonaria é uma instituição antiga, repleta de símbolos e tradições que atravessaram séculos. Essa herança é o que lhe dá identidade, força e permanência. Mas, ao mesmo tempo, é preciso reconhecer que o mundo mudou e continua mudando em um ritmo acelerado. Diante disso, surge a pergunta: como a Maçonaria pode continuar viva e relevante sem perder a sua essência?

Modernizar não é romper com o passado, mas sim reinterpretá-lo à luz dos novos tempos. Durante muito tempo, as mudanças dentro da Ordem se limitaram a ajustes nos rituais ou na administração. Esse modelo funcionou no passado, mas hoje já não basta. Vivemos em um mundo conectado, diverso, tecnológico e repleto de novos desafios sociais e culturais. Se a Maçonaria quiser continuar sendo um espaço de reflexão e crescimento humano, precisa se abrir a essas transformações.

Isso significa, por exemplo, usar melhor a comunicação digital  não para expor segredos, mas para mostrar à sociedade a importância de valores como fraternidade, liberdade e solidariedade. Significa também acolher a diversidade, permitindo que pessoas de diferentes gerações, culturas e trajetórias possam encontrar na Maçonaria um espaço de diálogo e aprendizado.

Outro caminho é reforçar a presença social da Ordem. A Maçonaria sempre teve em sua essência o compromisso de contribuir para uma sociedade mais justa. Hoje, isso pode se traduzir em projetos comunitários, ações educativas e iniciativas de solidariedade que mostrem, na prática, que os princípios defendidos em loja também se realizam no mundo lá fora.

Modernizar, portanto, não é abandonar os rituais, os símbolos ou as tradições. Pelo contrário: é garantir que eles continuem tendo sentido para as novas gerações. É dar vida ao que já existe, adaptando a linguagem sem perder a mensagem.
Em um mundo de tantas mudanças, a Maçonaria tem diante de si uma oportunidade única: mostrar que seus valores, mesmo antigos, são atemporais e continuam sendo faróis para a construção de um futuro mais humano e fraterno.
 
Para refletir
Referências
“A tradição não é adoração às cinzas, mas a preservação do fogo.” — Gustav Mahler

 

 


terça-feira, 15 de julho de 2025

Livrarias em declínio no Brasil e o sucesso das livrarias em Buenos Aires: o que explica esse contraste?

Ednardo Sousa Bezerra Jr



     Nos últimos anos, o cenário das livrarias no Brasil tem chamado a atenção por um motivo preocupante, o número de estabelecimentos vem diminuindo progressivamente (G1, 2019). Ao mesmo tempo, basta caminhar pelas ruas de Buenos Aires, na Argentina, para se deparar com livrarias cheias de leitores, visitantes e apaixonados por livros. O que explica esse contraste entre dois países vizinhos, com culturas semelhantes em tantos aspectos?

      Neste artigo, analisamos as razões para o enfraquecimento do mercado livreiro brasileiro e os fatores que fazem das livrarias argentinas, especialmente as de Buenos Aires, verdadeiros polos culturais.

Por que o número de livrarias no Brasil está diminuindo?

     O fechamento progressivo de livrarias no Brasil tem múltiplas causas, que envolvem fatores econômicos, sociais e estruturais. A crise econômica e o aumento do custo de vida tornam os livros cada vez menos acessíveis para grande parte da população (SNEL, 2021). Com isso, muitas famílias deixam de priorizar a compra de obras literárias, enxergando o livro como um item supérfluo diante de outras necessidades básicas.

     Além disso, o hábito da leitura ainda é pouco incentivado desde a infância. Em muitas escolas públicas, o acesso à leitura não ocorre de forma prazerosa ou frequente, e o papel das bibliotecas escolares tem se enfraquecido com o tempo (IBGE, 2020). Sem estímulo consistente, o livro não se torna um companheiro cotidiano da maioria dos brasileiros.

     Outro fator determinante é a ascensão do comércio em plataformas digitais. Sites como Amazon, com preços baixos e frete gratuito, dominaram o mercado, deixando as livrarias físicas em desvantagem competitiva (CartaCapital, 2021). Isso contribuiu para o fechamento de várias lojas.

     A situação se agrava com a baixa distribuição de livrarias em nível nacional. Mais da metade dos municípios brasileiros não possui sequer uma livraria, o que torna o acesso ao livro ainda mais restrito para quem vive fora dos grandes centros urbanos (Instituto Pró-Livro, 2020). Todo esse contexto reflete uma realidade preocupante, em que o livro vai perdendo espaço não apenas no comércio, mas também na vida cotidiana das pessoas.

     Grandes redes como Saraiva e Livraria Cultura, que já dominaram o mercado nacional, enfrentaram falência e reduziram drasticamente sua presença física no país (Folha de S.Paulo, 2018). A falta de acesso físico aos livros é uma barreira real, especialmente em regiões mais afastadas dos grandes centros.

Por que as livrarias de Buenos Aires são tão movimentadas?

     Enquanto o Brasil enfrenta a retração do setor livreiro, Buenos Aires vive uma realidade totalmente oposta. A capital argentina é considerada a cidade com mais livrarias por habitante no mundo (The Guardian, 2015).

     Buenos Aires é repleta de livrarias pequenas, especializadas, charmosas e acessíveis. Algumas se tornaram pontos turísticos, como a famosa El Ateneo Grand Splendid, localizada dentro de um antigo teatro. O jornal britânico The Guardian elegeu-a como a segunda livraria mais bonita do mundo (Aguiar Buenos Aires, 2021).


 El Ateneo Grand Splendidlocalizada na cidade de Buenos Aires, 
foi eleita pelo jornal britânico The Guardian como a segunda livraria mais linda do mundo
FONTE: https://aguiarbuenosaires.com/livraria-el-ateneo/


     A Argentina possui uma tradição literária muito forte. Escritores como Jorge Luis Borges, Julio Cortázar e Ernesto Sábato são ícones da cultura nacional. A leitura é vista não apenas como aprendizado, mas como parte da identidade cultural do país (La Nación, 2019).

     O governo argentino investe com mais frequência em cultura, editoras locais, feiras de livros e programas de incentivo à leitura (UNESCO, 2022). Para muitos argentinos, visitar livrarias é uma atividade de lazer, como ir a um café ou a uma exposição. As livrarias oferecem ambientes aconchegantes e são pontos de encontro, não apenas de consumo.

     Também é comum encontrar em Buenos Aires livrarias com livros novos e usados, além de edições populares e baratas, o que facilita o acesso a todas as classes sociais (Clarín, 2020).

O consumo de vinil nas livrarias argentinas

     O consumo de discos de vinil, em um mundo digital, chama a atenção. Segundo dados da Cámara Argentina de Productores de Fonogramas y Videogramas (CAPIF), o vinil representa cerca de 50% de todas as vendas físicas de música no país, empatando com o CD (CAPIF, 2022). Entre 2018 e 2021, sua participação subiu de 15% para 61%, revelando um renascimento do formato.

     O consumo de vinil em Buenos Aires, especialmente em livrarias como El Ateneo, é forte. Iniciativas como a Vinyl Night (noite do vinil), que une literatura e música, têm demonstrado como as livrarias se envolvem diretamente com esse segmento.

 Comparativo entre Brasil e Argentina

     No Brasil, o incentivo à leitura ainda é limitado. São poucas as políticas públicas consistentes que estimulem o hábito de ler desde a infância. Isso contrasta com a realidade argentina, onde há um esforço mais constante e articulado para valorizar o livro e a leitura (UNESCO, 2022).

     Outro ponto importante é o preço dos livros. No Brasil, eles costumam ser caros, dificultando o acesso para grande parte da população (SNEL, 2021). Na Argentina, por outro lado, é comum encontrar edições populares e livros usados, o que contribui para uma maior democratização.

     O Brasil possui um número reduzido de livrarias, mal distribuídas. Buenos Aires, em contraste, abriga uma impressionante quantidade de livrarias, sendo considerada a cidade com mais livrarias per capita do mundo (The Guardian, 2015). A leitura, para os argentinos, é uma prática cultural e de lazer; no Brasil, ainda não está plenamente integrada à rotina da maioria.

Conclusão

     Enquanto o Brasil vê suas livrarias desaparecerem, a Argentina, especialmente sua capital, prova que é possível manter a leitura viva com políticas públicas, apoio cultural e valorização da literatura como parte da vida cotidiana.

     Mais do que uma comparação, este cenário é um convite à reflexão: o que podemos aprender com o exemplo argentino? Incentivar a leitura é mais do que vender livros, é construir uma sociedade mais crítica, informada e conectada com sua cultura.


REFERÊNCIAS

  • AGUIAR BUENOS AIRES. Livraria El Ateneo Grand Splendid. Disponível em: https://aguiarbuenosaires.com/livraria-el-ateneo/. Acesso em: 14 jul. 2025.

  • CAPIF – Cámara Argentina de Productores de Fonogramas y Videogramas. Informe Anual 2022. Disponível em: https://www.capif.org.ar/

  • CARTACAPITAL. Por que tantas livrarias estão fechando no Brasil? 2021.

  • CLARÍN. Las librerías más emblemáticas de Buenos Aires. 2020.

  • FOLHA DE S.PAULO. Saraiva e Cultura entram em recuperação judicial. 2018.

  • G1. Número de livrarias no Brasil cai pela metade em uma década. 2019.

  • IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios: Práticas de Leitura, 2020.

  • INSTITUTO PRÓ-LIVRO. Retratos da Leitura no Brasil – 5ª edição. 2020.

  • LA NACIÓN. Borges, Cortázar y Sábato: el alma literaria argentina. 2019.

  • SNEL – Sindicato Nacional dos Editores de Livros. Panorama do Setor Livreiro no Brasil, 2021.

  • THE GUARDIAN. Top 10 bookstores around the world. 2015.

  • UNESCO. World Book Capital Cities and Reading Promotion Strategies, 2022.


quarta-feira, 18 de junho de 2025

A História da Maçonaria (Cordel)


A História da Maçonaria


Na sombra de um tempo antigo,
Surgiu uma irmandade,
De homens justos, fraternos,
Com saber e lealdade.

Das pedras erguidas no chão,
Da arte do construtor,
Nasceu uma tradição
De justiça e de valor.

Foi templo, foi catedral,
Foi ciência, foi saber,
E entre lendas e segredos,
Veio a Ordem florescer.

De mestres pedreiros sábios
A um grupo mais ideal,
Que busca a luz da verdade
No caminho espiritual.

A Maçonaria cresceu,
Com seu rito e tradição,
Sempre pregando o respeito,
A paz e a união.

Suas colunas se erguem
Sobre fé e caridade,
Com estudo, liberdade,
E a busca da igualdade.

Com o esquadro e o compasso,
Simboliza a retidão,
Cada símbolo nos guia
Na reforma do coração.

É discreta, não secreta,
Como muitos vão falar,
Mas guarda com reverência
O que é pra se revelar.

Homens livres, bem formados,
De coragem e de valor,
Se unem com compromisso
De fazer o mundo melhor.

Da Inglaterra ao Brasil,
Sua luz veio brilhar,
Inspirando até heróis
Que lutaram sem cessar.

Foi presente na história,
Na Independência, ali,
Com Tiradentes sonhando
Um Brasil justo e porvir.

Assim segue a Maçonaria
Em sua nobre missão:
Luz, saber, fraternidade
E a paz como direção.


Vaidade, Fraternidade e Dever Maçônico

      Ednardo Sousa Bezerra Jr O caminho maçônico se inicia no Grau de Aprendiz, quando o homem adentra o Templo trazendo consigo as marcas ...